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#240: muita inteligência emocional no trabalho
cada dia mais necessária
👋 Boas-vindas às novas 178 pessoas que se inscreveram no the jobs na última semana! Agora, somos 113.641 leitores na maior comunidade de futuros&novos líderes do Brasil.
RESUMO DOS ASSUNTOS DE HOJE PRA QUEM TÁ NA CORRERIA:
Nessa edição:
👉️ A gestão emocional vai muito além de “só sentir raiva”;
👉️ Você é (querendo ou não) emocionalmente influenciado pelo seu líder;
👉️ Como a raiva se manifesta de diferentes maneiras no dia a dia de todos nós;
👉️ Emoções influenciam narrativas na nossa mente e isso provavelmente está te atrapalhando;
👉️ A gestão emocional só é bem feita quando um outro primeiro passo é bem feito: autoconhecimento;
👉️ Prompts de Inteligência Artificial pra ajudar na prática da sua Inteligência Emocional.
Fala, Jobs!
Quando falamos que construímos o the jobs junto com vocês, é porque é verdade.
Hoje, você vai poder ajudar a escolher os próximos passos do the jobs nessa pesquisa super rápida aqui:
Nesse botão acima, você vai poder falar tudo que gosta ou não gosta por aqui e nós vamos ler 100% das respostas. Estamos muito animados pra te ouvir!
PS: vamos abrir uma vaga pra quem gosta de trabalhar com conteúdo. O escopo é ajudar a destravar a produção de conteúdo nas redes sociais (até porque aqui na news tá bem constante kkk), principalmente com carrosséis e vídeos.
Se você conhece alguém que quer ajudar a construir uma empresa que vai fazer a diferença no Brasil, é só mandar um email pra [email protected]. Dica extra: você pode só compartilhar seu currículo ou pode usar sua criatividade pra enviar um email e se destacar no processo… 👀
Agora sim, vamos nessa.
Quero começar a edição de hoje contando uma história rápida (e meio vergonhosa que eu passei quando trabalhava em uma das maiores multinacionais de alimentos do mundo):
Era final de mês e eu gerenciava uma equipe de 12 vendedores.
Nós tínhamos uma meta pra bater, mas estávamos indo bem mal nesse mês...
Quando digo “indo mal”, quero dizer mal a ponto de correr o risco de não alcançar nem 75% da meta.
Eram quase 18h, eu tinha acabado de sair de uma visita a um cliente especial que poderia ter comprado um pedido grande e que nos ajudaria — esse cliente optou, nesse mês, por não fazer a compra maior (isso significa que nosso número ainda estava muito distante, praticamente inatingível).
Meu chefe me liga: “Rodrigo, tudo bem?”
Eu: “Opa, na correria e por aí? Em que posso ajudar?”
Ele responde: “Preciso de uma previsão de fechamento do mês. Seu time bate quanto da meta?”
Eu: “Chefe, tá difícil, [insira aqui uma tentativa de contextualização que, para ele, só pareceu justificativa].”
Ele: “Preciso de um número.”
Eu: “Acho que batemos 80%”.
Ele: “Quanto vocês vão bater?”
Eu: “Acho que 80%, chefe.”
Ele: “Quanto vocês vão bater, Rodrigo?”
Nesse momento, eu comecei a ficar mais incomodado. Imaginei que a ligação estivesse ruim, mas pra mim não estava. Era a terceira vez que ele perguntava.
Achei estranho e respondi, mais uma vez: “80% chefe, você está me ouvindo bem?”
Ele, depois de um silêncio de 5 segundos: “Rodrigo, perguntei quanto vocês vão bater.”
Aí, quando ele repetiu pela 4ª vez, caiu a minha ficha: ele queria que eu falasse 100% (ou, pelo menos, mais que 80%).
Eu, já irritado com a situação, além de irritado com o fato de eu saber que não ia bater a meta do mês e receber a comissão, respondi na lata com um certo deboche: “Entendi. Você quer ouvir 100%? Pode colocar aí, uai — mas já te falei que estamos longe e buscando 80%.”
Vou te poupar do tanto de esporro e xingamento que levei depois dessa resposta. Esse meu chefe tinha 33 anos de empresa, entrou como motoboy e virou Gerente Nacional, old school dos bons.
Eu ouvi ele me xingar e desligar na minha cara, falando que depois faríamos uma rota em conjunto no sábado (fazer uma rota significa que passaria o dia com ele visitando clientes e que tudo deveria estar em ótimas condições: preços alinhados ao padrão, materiais de comunicação no ponto de venda, portfolio de produtos bem distribuídos etc. = caos).
Eu era um cara esquentado e vivia irritado. Nunca tinha dado muita atenção pra inteligência emocional, achava papo de coach.
Vacilei feio.
“Mas eu não sinto essa raiva no trabalho” você pode estar pensando.
Esse meu caso aconteceu em 2017. Em 2024, contei essa história pra uma pessoa que eu liderava em um 1:1, já em outra empresa, e essa pessoa me falou: “Mas eu não tenho esses problemas de raiva”.
➡️ Se você também acha que não tem “esses problemas de raiva”, permita-me discordar e explicar na edição de hoje por que é importantíssimo falarmos sobre isso:
Raiva não é só dar chilique no telefone como eu fiz, socar a mesa ou xingar alguém.
Muito do que nós sentimos com ciúmes, inveja, ressentimento, frustração etc. tem sua base, muitas vezes, na raiva. Vou te dar uma lista de coisas que eu apostaria que já aconteceram com você:
Seu chefe resolveu descontar a frustração (ou o dia ruim) dele em você;
Seu colega de trabalho entendeu errado o que você falou (mesmo você tendo comunicado com clareza) e agora o clima ficou estranho. Você precisa decidir se vai abordar o assunto e como ter essa conversa difícil;
Você achou que levaria três meses para contratar um novo membro para o time. Já se passaram oito… E você está se perguntando por que, de vez em quando, as coisas não podem simplesmente funcionar;
Seu liderado disse que ia cuidar do assunto. Não cuidou — e o pior: você só descobriu porque precisou cobrar para saber que não estava resolvido;
Um cliente importante mandou e-mail para metade da liderança da empresa insinuando que o seu time não está fazendo o trabalho direito;
Você rodou um experimento de crescimento que todo mundo concordou que provavelmente iria falhar, mas que teria um alto potencial de retorno se desse certo. Agora, estão chocados que não funcionou — e querem saber o porquê;
Seu gestor passou o ano inteiro elogiando seu trabalho incrível, mas o último projeto foi um fiasco. O problema? As avaliações de desempenho são mês que vem e você tá com um incômodo enorme de que isso fale mais alto que o restante do ano;
Eu poderia continuar e ir muito além, mas acho que você entendeu o ponto.
Mais importante que tudo isso: ter esses “problemas de raiva” não depende só de você.
Existem estudos que mostram que os nossos chefes impactam nossa saúde mental mais do que psicólogos e terapeutas. Foda, né?
Isso, obviamente, também pode jogar pro lado positivo: quando os líderes gerenciam bem suas emoções e do ambiente/time, a produtividade, moral, retenção e relacionamentos melhoram.
Mas o ponto da edição de hoje é falar sobre quando isso não acontece:
Em resumo, na edição de hoje, vamos aprofundar sobre como usar a inteligência emocional a nosso favor.
Talvez lá atrás, raiva no ambiente de trabalho se manifestava rosnando ou socando a mesa.
Hoje, a raiva se disfarça. Vem como ressentimento. Como silêncio forçado. Comentários que diminuem o outro ou ridicularização. Vem como culpa jogada de um lado para o outro. Como uma frustração totalmente desproporcional ao que aconteceu de fato.
👉️ É mais sutil, mas não menos importante de ser enfrentada.
Essa é uma edição pra quem entende não só que precisa gerenciar suas próprias emoções, mas pra quem também entende que gerenciar suas emoções vai muito além do que o que é externalizado.
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A base da inteligência emocional.

Olha só que curioso isso: a ansiedade, o estresse e a autocobrança que você, eu e todo mundo sentimos podem desenhar narrativas enormes nas nossas mentes — e o pior: com pouquíssima base na realidade.
Na verdade, não é que “podem desenhar narrativas”… Elas com certeza vão criar essas narrativas.
Você já se preocupou muito sobre coisas que não aconteceram, certo?
Eu também.
Isso acontece por um motivo fácil de entender:
Uma emoção forte é capaz de se agarrar a um pedacinho minúsculo de informação e construir uma história inteira em cima disso.
E pior: essa emoção, ao fazer isso, alimenta ainda mais a história.
É rapidinho pra nossa mente imaginar uma série de coisas… E no meio de toda essa turbulência, a nossa mente literalmente desliga o botãozinho do raciocínio lógico.
Existe uma explicação técnica pra isso envolvendo o córtex pré-frontal (a parte mais racional do nosso cérebro), mas nada ilustra melhor que “desligar o botãozinho do raciocínio lógico”.
E aí, o que acontece depois das emoções criarem essas narrativas?
Caos, né?
O medo cresce.
E com ele, a sensação de que o mundo inteiro vai rir da sua cara, que seu chefe vai achar que você não é confiável ou que seu projeto vai ser um desastre.
No mundo corporativo, isso pode aparecer em situações como:
Receber um feedback atravessado na frente do seu time;
Ter que apresentar resultados ruins para o chefe;
Estar numa reunião e sentir a tensão subir porque alguém distorceu seu ponto etc.
O medo alimenta a preocupação. A preocupação alimenta o medo. É um loop mental de tensão cada vez maior.
E aqui vai um fato muito relevante: isso também acontece com 100% das pessoas bem-sucedidas que você conhece.
A diferença é que algumas aprenderam a lidar melhor com isso — por isso que estamos escrevendo essa edição.
Por que isso acontece (e por que é tão perigoso pra nossa carreira)?
Esse padrão é reforçado pela nossa necessidade de sobrevivência e fuga de qualquer perigo ou incerteza.
Lembra do cenário catastrófico na sua mente? Então…
A parte emocional do seu cérebro não consegue distinguir aquilo da realidade.
Quem pode fazer isso é o lado racional — sim, aquele cujo botãozinho foi desligado, risos.
E o custo real de não gerenciar as emoções no trabalho é minar sua credibilidade; fazer o seu líder questionar se você está pronto para mais responsabilidades; e seu líder travar promoções ou projetos estratégicos por receio de que você “não segure a pressão”.
Estou assumindo que você não quer isso.
É agora que o mundo acaba?
Pra quem não leva gestão emocional a sério, infelizmente sim.
Mas não precisa ser o seu caso.
Inteligência emocional não é abraçar árvore. Estamos falando de gerenciar suas emoções para direcionar comportamentos melhores.
E existe uma coisa extremamente importante que pouca gente entende sobre isso — e é simples:
A gestão emocional só acontece depois de autoconsciência (ou autoconhecimento, se preferir). São 2 passos diferentes e um precisa acontecer depois do outro:
Só dá pra melhorar seu comportamento se você criar consciência (com especificidade) sobre o que está rolando.
Existe um passo a passo simples pra resolver isso:
Reconheça o que você sente no meio da turbulência. Nomear a emoção tira parte do poder dela.
Identifique o gatilho real. Seja específico: a reunião com o cliente X ou a apresentação sobre um tema que você não domina, por exemplo.
Defina uma resposta padrão. É algo que você pode fazer imediatamente para interromper o loop (respirar, anotar fatos, pausar antes de responder). Falaremos mais sobre isso ao final da news.
Um exemplo pra ilustrar de maneira bem prática:
❌ Resposta ruim: “Meu trabalho me faz uma pessoa ansiosa.”
✅ Resposta boa 1: “Ter que apresentar um resultado negativo para a diretoria, sabendo que vão fazer perguntas difíceis, me deixa ansioso(a).”
✅ Resposta boa 2: “Receber um feedback atravessado na frente do meu time me deixa travado(a) e com vergonha.”
✅ Resposta boa 3: “Estar numa reunião e perceber que alguém distorceu o que eu falei me deixa frustrado(a) e me faz perder o foco.”
Percebe a diferença de especificidade?
Quanto mais específico, mais fácil agir — e mais rápido você consegue quebrar o loop emocional.
Consciência é a luz que quebra padrões inconscientes (os jeitos ruins de reagir).
E todos nós precisamos ficar cada vez mais confortáveis em olhar para dentro, se quisermos melhorar qualquer comportamento.
Quando a gente começa a perceber seus altos e baixos, fica mais fácil entender se é você mesmo quem está se atrapalhando.
E — na maioria das vezes — somos nós mesmos que nos atrapalhamos.
Esse é, pelo que eu já estudei sobre o tema, um dos jeitos mais simples de explicar inteligência emocional. Não significa que seja fácil — significa que é possível.
Agora, vamos para a prática: nós vamos usar prompts de inteligência artificial para te ajudar na sua inteligência emocional. Sim, é isso mesmo.
Uma pausa rápida pra te lembrar de responder a nossa pesquisa: clique aqui nesse link e ajude a construir o the jobs.

Os prompts de hoje são sobre:
Como fazer um bom diagnóstico de gatilhos emocionais no trabalho;
Como definir boas respostas para cada um desses gatilhos;
E um exercício para gerar bom autoconhecimento.