como acelerar seus resultados

👋 Você está recebendo a edição exclusiva para assinantes. Boas-vindas às novas 511 pessoas que se inscreveram no the jobs desde a última segunda-feira! Agora, somos 42.286 leitores na maior comunidade de futuros&novos líderes do Brasil.

Fala, Jobs!

Chegou a hora do nosso 1:1 favorito. A pauta da nossa conversa de hoje vai cobrir os seguintes assuntos:

  1. Um princípio básico — e muitas vezes esquecido — que acelera o crescimento e a evolução dos melhores profissionais;

  2. Um depoimento e história real da batalha de insegurança e ansiedade que passa dentro da mente de um grande empreendedor.

  3. Além desses pontos, obviamente teremos os insights, provocações e respostas aos desafios dos assinantes do the jobs.

PS: A partir dessa edição, vamos trazer nossa seção mais instagramável de todas: a frase da semana. Prepare seus prints e poste marcando @thejobs.cc — vamos aumentar cada vez mais a nossa comunidade ;)

Uma enquete diferente para os assinantes:

O time de mentores do the jobs atualmente conta com as seguintes pessoas:

  • Rodrigo Maroja, cofundador do App Daki, uma das últimas startups brasileiras a atingir status de unicórnio (valuation acima de US$ 1 bilhão);

  • Julia Pedroso, Director of Talent Acquisition no BTG Pactual;

  • Hernane Ferreira Jr, fundador e CEO do grupo waffle, empresa dona do the news, the jobs e várias outras marcas;

  • Vladimir Silvano Jr, Head de Expansão Comercial no iFood;

  • Lucas Barbosa, Gerente de Marketing na Heineken;

  • Rodrigo (Digo) Lemos, Sócio na Link School e Head do MI5 Ventures, a aceleradora de startups da Link.

Qual pergunta você faria para esses mentores?

Vamos selecionar as melhores e respondê-las nas próximas edições, mesclando também com os desafios que vocês nos trouxeram em todas as últimas semanas.

A insegurança e ansiedade na cabeça de uma pessoa muito bem-sucedida

Uma vez, conversando com um grande mentor e uma pessoa que teve muito sucesso na vida profissional (e eu diria também na vida pessoal com a família que construiu e pelo que conheço), ouvi uma frase que me marcou:

“Digo, o mundo é cheio de pessoas super realizadoras e, ao mesmo tempo, inseguras.”

E isso tem tudo a ver com o texto de agora.

Eu gosto muito de ler — sou super curioso. Parte de tudo que trazemos aqui no the jobs é o que nós fazemos de “trabalho sujo” de ler MUITA coisa e trazer aqui para você, filtrado, os principais insights.

Mas, no caso dessa edição, quero trazer aqui integralmente uma referência que encontrei entrando no “buraco negro” de tweets antigos de pessoas que admiro. Uma dessas pessoas se chama Alex Lieberman, um empreendedor americano que fundou e vendeu a Morning Brew por 75 milhões de dólares.

Encontrei no Twitter/X uma thread do Alex de novembro de 2023 na qual ele desabafa sobre “a história que ele sempre contou para si mesmo sobre si mesmo”.

Vou deixar o texto completo aqui, que você pode encontrar originalmente em inglês nesse link, porque, por vezes, uma história bem contada pode ensinar muita coisa:

Nos últimos 8 anos, criei uma história sobre mim mesmo, uma história que repeti tantas vezes que esqueci que era uma história. Tornou-se minha verdade inevitável.

A história é a seguinte:

Eu não sou um empreendedor talentoso.

Tomei uma boa decisão, trazer meu cofundador @austin_rief, mas, fora isso, toda minha jornada empreendedora foi sorte.

Minha falta de foco, disciplina, empolgação e incapacidade de pensar em sistemas ou processos me tornaram inútil ao construir o Morning Brew.

Dei poder a essa história, o que me deixou impotente.

Enquanto o mundo me celebrava por meu sucesso como empreendedor e pela ascensão meteórica do Morning Brew, eu me criticava por ser um fardo para meu negócio e meu cofundador.

E quando saí do negócio em 2021, apenas 6 meses após vender a empresa e ter um resultado que mudou minha vida...

Um momento em que a maioria se sente mais bem-sucedida, confiante e capaz... eu me sentia mais vulnerável.

Após a aquisição, eu dizia a mim mesmo...

"Alex, proteja seu dinheiro a todo custo, porque este será seu único grande resultado financeiro. Você só teve sorte. Agora você precisa jogar na defesa."

E, ao escrever isso, não consigo deixar de sentir tristeza pelo jovem Alex.

Que maneira solitária, limitada e pequena de ser.

Um jovem de 28 anos com a vida inteira pela frente, o privilégio do tempo e opções ilimitadas, mas que só vê um futuro de aposentadoria parcial, insegurança financeira e sentimentos profundos de inadequação.

Felizmente, a história melhora.

Um dia, estava conversando com meu coach, @davekashen, e compartilhei com ele a história que acabei de compartilhar com vocês.

Ele ouviu. Acenou. Sentiu minha dor. Respirou fundo. E fez uma pergunta simples.

"Alex, você já compartilhou essa história com seu cofundador?"

"Não."

"Bem, vou pedir que você compartilhe essa história com seu cofundador. Até quando você pode fazer isso?"

"Vou falar com ele antes da nossa próxima reunião."

"Ótimo. Vamos ver se ele concorda com sua história."

O que diabos eu acabei de concordar? Esse foi meu primeiro pensamento.

Meu segundo pensamento foi: como não pensei nisso sozinho?

Logo após a sessão de coaching terminar, mandei uma mensagem para Austin. Ele rapidamente disse sim e concordamos em um horário.

Queria garantir que ele tivesse a oportunidade de refletir sobre anos de gerenciamento do negócio juntos, então enviei as perguntas que compartilharia na chamada.

Quatro dias depois, chegou o momento da verdade.

O que Austin diria? Minha história era verdadeira? Ele me via como um parceiro valioso ou um peso morto? Estava nervoso, mas também animado para aprender com alguém que me conhecia tão bem.

Conversamos ao telefone por 2,5 horas e eu tive minhas respostas...

Aqui está o ponto principal:

Minha história, a história que eu convenci a mim mesmo ser realidade por 8 anos, na verdade... não era verdade.

Agora, vou acrescentar que havia verdade em partes da minha história, mas a história estava longe de ser a verdade completa.

Aprendi com Austin que eu era inestimável nos primeiros anos do negócio.

Sem minha tenacidade para transformar esta empresa em realidade por qualquer meio necessário.

Sem minha crença inabalável em nossa visão do que o Morning Brew poderia se tornar.

Sem minha capacidade de construir relacionamentos com marcas, investidores e funcionários.

Sem minha obsessão pelo nosso produto e nosso conteúdo.

Nunca teríamos tido a oportunidade de transformar o Morning Brew em uma empresa de 200 pessoas e US$ 75 milhões por ano.

Aprendi que Austin aprendeu muitas coisas comigo... algo que nunca considerei porque sempre pensava no quanto estava aprendendo com ele.

Ele aprendeu como ser infinitamente engenhoso e transformar uma ideia em um ótimo produto que resolvia um problema muito real.

Contratar um editor de voz da trupe de improviso de Michigan para criar o tom conversacional e espirituoso pelo qual nosso conteúdo se tornou conhecido.

Transformar uma rejeição do Discover Card em uma oportunidade de falar 1:1 com seu CMO e transformar isso em um relacionamento que levou ao nosso primeiro contrato de publicidade de 6 dígitos.

Ele aprendeu o que significava ser implacável, parando em nada para obter o que precisávamos para avançar nos negócios.

Procurar anunciantes pela 20ª vez, receber um não e encontrar uma maneira de transformar esse não em um sim.

Editar linha por linha o boletim do dia seguinte até 2 da manhã para garantir que os 5 minutos que as pessoas passavam lendo nosso boletim fossem pura alegria.

Encher as áreas comuns de Michigan com milhares de panfletos 2x2, só para ter funcionários removendo-os e eu voltando e fazendo a mesma coisa no dia seguinte.

E ele aprendeu o que é a curiosidade genuína pelas pessoas e suas histórias e como isso leva a relacionamentos autênticos.

Não vou mentir... foi muito bom ouvir isso.

Saber verdadeiramente o que alguém que eu prezo tanto e valorizo profundamente pensa de mim...

E saber que de fato impulsionei este negócio...

Deu peso ao meu valor e me ajudou a perceber como nossas histórias podem ser poderosas e muitas vezes destrutivas.

Mas mencionei que havia alguma verdade na minha história, então seria negligente não compartilhar isso também.

Em 2019, o Morning Brew precisava mudar.

Tínhamos uma dúzia de funcionários.

O negócio era altamente lucrativo e estava em um ritmo de crescimento de 8 dígitos.

E tínhamos ambições de ser mais do que apenas uma empresa de boletins.

No entanto, as rachaduras começaram a aparecer.

Não tínhamos metas concretas.

Não tínhamos líderes seniores.

E não tínhamos comunicações que pudessem sustentar uma equipe que não cabia mais ao redor de uma mesa de jantar.

Para operar e escalar o negócio de maneira eficaz, precisávamos trabalhar o negócio em vez de no negócio, e para isso precisávamos de um sistema operacional organizacional e de um CEO que pudesse impulsionar esse sistema.

Eu não era esse cara. Um fato com o qual estou em paz hoje, mas por anos foi o ÚNICO fato em que eu conseguia focar.

E agora entendo por que eu não poderia ser o cara naquele momento.

Faltava-me a urgência de reconhecer que havíamos entrado em uma nova era do Brew.

Uma era definida por processos, planejamento e operações, não por astúcia, vendas e obsessão pelo produto.

E eu não tinha as habilidades e o interesse para fazer o que era necessário para construir esse sistema e nos conduzir graciosamente para essa nova era.

Mas ao refletir sobre essa experiência, não posso deixar de me sentir imensamente grato.

Sinto-me grato por ter sido levado a uma conversa muito necessária com meu cofundador que talvez eu nunca tivesse iniciado por conta própria.

Sinto-me grato por ter um cofundador e grande amigo que pôde conduzir a próxima era do Morning Brew, para que eu não atrapalhasse seu crescimento na época.

E sinto-me grato por não acreditar mais na história ruim que contei a mim mesmo por quase uma década.

Tenho uma nova história que agora sei ser verdadeira.

Que tenho o poder, as habilidades e a capacidade de criar o que eu quiser neste mundo.

Realmente, uma boa história pode ensinar muita coisa. Uma pérola quase perdida no Twitter.

O que pode acelerar o seu crescimento?
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Acho que vai ser muito difícil encontrar entre as mais de 42.000 pessoas que lêem o the jobs alguém que não tenha uma vontade grande de crescer profissionalmente.

E quanto maior essa vontade, mais facilmente ela se traduz em “pressa”.

A pressa pode ser traiçoeira.

Lembro sempre de uma mensagem que o Abílio Diniz, um dos maiores empresários da história do Brasil, escreveu na parede de autógrafos que temos aqui no escritório: 

A letra não está das melhores (o Abílio escreveu essa mensagem poucos meses antes de falecer), mas o recado é dos bons: eu nunca tenho pressa, mas ando em alta velocidade

Andar em alta velocidade sem pressa” tem relação direta com aquela edição que escrevemos sobre o princípio dos Navy SEALs de “devagar é suave e suave é rápido”.

E isso não é uma coincidência. 

Mas o principal ponto aqui é que existe um jeito simples de acelerar a curva de aprendizado e resultados que colhemos — e esse é o intuito desse primeiro texto dessa edição.

“Testar mais” inevitavelmente leva a “falhar mais”.

“Falhar mais” leva a “aprender mais”.

“Aprender mais” inevitavelmente nos leva a melhorar.

Quer uma inspiração rápida?

É só assistir a essa entrevista com o criador da marca Dyson (marca premium de aspiradores de pó, secadores de cabelo e outros eletrônicos que faturou em 2023 mais de £ 7 bilhões), James Dyson, falando de como tentou por 5.126 vezes (literalmente) criar um produto e falhou. 

Acho que ele testou bastante, né?

Falhou bastante também… Obviamente, aprendeu bastante e melhorou demais — até chegar onde chegou. 

Essa foto a seguir é uma foto real desse final de semana em um encontro com Uri Levine, fundador do Waze, encaminhada por um empreendedor e grande amigo, além de assinante do the jobs, Rafael Coelho:

10 anos é somente o começo” é o que diz no início do slide, que mostra que apenas 4% do valor de algumas das maiores empresas do mundo foi criado entre os anos 0 e 10. 

Dá pra imaginar o quanto essas empresas “testaram”, certo?

Além de empresas que crescem muito, existem pessoas que crescem muito. Elas também testam muito — testam áreas de atuação, testam formatos de trabalho; testam approaches diferentes à resolução de problemas; e testam até trabalhar com pessoas diferentes.

E a curva de crescimento dessas pessoas, embora não haja nenhum estudo (mas é só ler biografias para confirmar esse fato), é muito parecida com a curva que o Uri mostrou ali no slide acima: ela demora pra acontecer na grande maioria das vezes.

As pessoas precisam de muitos erros acumulados, consequências de diferentes testes, para aprender mais e “virar o jogo”.

Eu poderia usar exemplos de pessoas, falando dos arremessos do Michael Jordan, das faltas do Rogério Ceni e por aí vai…

Até um exemplo mais legal e menos conhecido: Maya Angelou, uma das mais relevantes mulheres escritoras da história (veja a página do Wikipedia dela para entender a quantidade de obras que ela já produziu), dizia que “aproveitava 2 ou 3 de cada 9 páginas que escrevia”.

É muito “teste”.

E a provocação que queremos deixar aqui é: quantas vezes você acha que essas pessoas testaram/treinaram até terem uma boa taxa de acerto e “darem certo”?

Não tem como chegarmos a esse número real, mas pelo bem dessa edição, vamos supor que sabemos qual é esse número e que você precisa, por exemplo, cometer exatamente 644 erros para ter sucesso depois.

Independentemente do que você faz, você precisa cometer 644 erros para ter sucesso.

Nesse cenário, o seu objetivo, então, seria errar 644 vezes para acertar na 645ª, certo?

Colocando de outro modo: é como se você soubesse que, depois de 644 testes que deram errado, executar o teste de número 645 te faria ter um super sucesso.

Se isso fosse verdade, o que você faria diferente nesse caso?

Provavelmente, você começaria a testar coisas muito rápido.

Dezenas de testes por mês.

Ok…

Agora, vamos voltar para a vida real:

Nós não sabemos se o número é 6, 64, 644, 6.444 ou qualquer outro.

Mas é aí que vem a provocação: o que muda saber o número?

Se é 6 ou 644 — por que isso deveria mudar nossa estratégia de testar tudo que pudermos?

Não muda nada, o caminho é o mesmo: muitos testes para acelerar nosso crescimento.

Testou e deu errado? Bom, continua testando outros.

Testou e deu certo? Ótimo.

Ok, e como posso aplicar isso para o meu dia a dia?

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As perguntas de assinantes que abordamos ao final dessa edição são:

  • O que fazer quando trabalho duro, mas sinto que o reconhecimento não vem?

  • Comecei a liderar uma equipe remota e sinto muitas dificuldades comparado ao presencial. Como lidar com isso?

  • Fui promovida e assumo uma equipe no próximo semestre, mas não me sinto preparada e tenho medo de me queimar. O que fazer?

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Nos encontramos do outro lado! 😉 

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