- the jobs 📠
- Posts
- #231: como ter ideias 100x melhores no trabalho
#231: como ter ideias 100x melhores no trabalho
um método que vai deixar o brainstorming no chinelo
👋 Boas-vindas às novas 132 pessoas que se inscreveram no the jobs na última semana! Agora, somos 111.971 leitores na maior comunidade de futuros&novos líderes do Brasil.
💡 Novidade pra você que ainda não assina o the jobs: as edições vão ficar mais completas agora.
🎥 Outra novidade: tem vídeo novo no nosso YouTube. Nesse vídeo, eu conto meu processo de decisão que usei pra grandes transições de carreira (sem me arrepender depois).
Fala, Jobs!
A cena você conhece:
Quadro branco, post-its coloridos, café na mesa. 15 minutos depois, alguém solta:
“Vamos pensar fora da caixa.”
😆 uma resposta engraçada pra dar: se você precisa avisar que vai pensar fora da caixa… já tá dentro da caixa, risos.
Brincadeiras à parte — o problema não é o brainstorming em si. É que 90% das empresas gastam tempo pedindo e pensando em novas soluções antes de entender o problema.
E é sobre isso que a gente vai falar hoje:
Como usar uma estratégia simples (e poderosa) pra gerar ideias realmente criativas no ambiente de trabalho.
Por que?
Porque trazer novas ideias à mesa te diferencia.
Esse é o nosso 1:1 de hoje.
Mas antes, uma novidade:
A edição completa de hoje leva cerca de 14 minutos pra ler. Se você quiser uma versão pocket, com os principais aprendizados em 2 minutos, é só clicar nesse botão:


Essa frase eu vi nesse Insta, que por sinal traz umas provocações muito legais (algumas concordo, outras não).
Às vezes, a gente entra num modo automático de "subir".
Entrega, entrega, entrega. Mais meta, mais projeto, mais pressão.
E aí a gente nem percebe que está subindo com a cabeça baixa, sem ver o que já foi conquistado.
É aí que contemplar a vista faz toda a diferença.
Porque quando você levanta a cabeça, algumas coisas mudam:
Você percebe que algumas coisas que pareciam essenciais… já não são.
Você vê que certos atalhos estão ali, mas não tinham aparecido antes.
Você entende que talvez a próxima subida não precise ser tão pesada se o caminho for melhor escolhido.
Criatividade, estratégia, clareza. Tudo começa pela perspectiva.
E o primeiro passo pra ajustar a perspectiva é o seguinte:
parar de só subir, e olhar de verdade pra onde está indo.

APRESENTADO POR RANDONCORP
Essa é, se podemos chamar assim, uma nova seção de indicações de vagas.
Mas antes, pensando na liderança do futuro: será que ela realmente existe — ou é só mais uma ideia bonita?
A verdade é que tudo muda muito rápido e não tem modelo certo.
Mas o líder do futuro precisa se adaptar como nunca. E ninguém nasce pronto pra isso.
O Leading The Future é a grande oferta da Randoncorp para líderes. A multinacional está presente em mais de 125 países, com frentes em mobilidade, automação, serviços financeiros e inovação industrial.
Esse programa de aceleração de carreira oferece dois anos de desenvolvimento com mentorias, job rotation, projetos práticos e vivência.
Pra quem se formou entre 2021 e 2024, com no mínimo dois anos de experiência e inglês avançado. As inscrições vão até 25/06 e o salário é de R$ 13 mil. 😉
Liderança do futuro existe, sim. Aqui você se inscreve pra vaga. 👇🏽

Seu problema não precisa de uma nova ideia (e sim de uma nova pergunta).

Deixa eu te contar uma história legal (que vai introduzir um exercício prático bem legal pra você logo depois com a nossa nova seção da newsletter: “usando inteligência artificial aplicada à carreira”).
Estamos em 1997 e um cara chamado Reed Hastings, teve uma experiência frustrante: precisou pagar uma multa de US$ 40 por devolver o filme “Apollo 13” atrasado na Blockbuster.
Ele ficou indignado. Não só com a multa, mas com o modelo todo: filas, prazos rígidos, cobrança por atraso. Ali surgiu a semente da Netflix.
Corta para alguns anos depois. A empresa cresceu como um serviço de aluguel de DVDs pelo correio, o que já era uma inovação frente às lojas físicas.
Mas em 2005, o time da Netflix enfrentava uma nova encruzilhada.
O streaming começava a surgir no horizonte.
O modelo de DVDs pelo correio começava a ser questionado.
E a pergunta que a empresa toda fazia era: como podemos criar uma locadora online melhor?
Mas essa não era a pergunta certa a se fazer.
Porque isso ainda os mantinha presos no mesmo modelo mental da Blockbuster. Aluguel por filme. Controle de prazos. E um modelo de negócio que tinha prazo de validade.
Foi quando Reed Hastings e o time de produto reformularam a pergunta: e se a Netflix funcionasse como uma academia digital?
Com um modelo de assinatura; com acesso ilimitado; sem multas; e sem controle de devolução.
Essa mudança de pergunta abriu um novo mercado — e eles não se inspiraram em um concorrente.
Foram buscar um precedente em um mercado completamente distinto.
E esse precedente foi o que originou o modelo de assinatura que a Netflix usa até hoje e que acabou levando a Blockbuster à falência.
Moral da história:
Ideias criativas não surgem de respostas melhores.
Surgem de perguntas melhores.
Pensamento por precedente.
Esse tipo de abordagem tem nome: pensamento por precedentes (Precedents Thinking).
Foi estruturado por pesquisadores de Stanford e hoje é usado de forma para explorar abordagens criativas tanto em startups quanto em grandes empresas.
O mais legal é que você pode usar esse método para qualquer tipo de desafio:
um novo produto a ser lançado;
um processo interno que precisa ser redesenhado;
uma experiência de cliente que você quer melhorar;
até mesmo problemas de altíssimo nível, como um artigo de Stanford que mostra o uso desse framework para discutir novas soluções para o sistema de saúde dos EUA.
Ou seja: não é um método de "criatividade solta", aquele tipo de brainstorming que termina com post-it colorido na parede e ninguém sabe o que fazer na outra semana (risos).
É uma abordagem que gera ideias aplicáveis de verdade, porque parte da premissa mais inteligente (e humilde) que você pode ter ao tentar resolver um problema:
Provavelmente, alguém em algum lugar já resolveu um desafio parecido.
Seu trabalho não é inventar do zero, é encontrar e combinar essas soluções.
Para aplicar essa estratégia vamos seguir 3 passos (e você vai ver ao final da newsletter como aplicar isso à sua realidade):
👉️ Formulação (formular o problema certo).
👉️ Busca (buscar precedentes relevantes).
👉️ Combinação (unir elementos para gerar soluções novas).
1️⃣ Formulação.
Vamos dizer que você trabalha em uma empresa que produz e vende café artesanal para o consumidor final e seu principal problema é a entrega do produto (muitos atrasos, Reclame Aqui bombando).
O diretor tranca as principais liderança em uma sala e coloca em um quadro:
“Como melhorar a entrega?”
Desculpe, diretor, mas essa é a forma preguiçosa de pensar.
Normalmente, a primeira pergunta que surge em relação à solução de um problema é a pior forma de encarar o problema.
Ao invés disso, use a seguinte técnica: "por que em camadas".
“Por que precisamos de entregas mais rápidas?”
Porque nossos clientes reclamam da demora.“Por que nossos clientes valorizam velocidade?”
Porque compram itens para necessidades imediatas.“Por que a experiência atual frustra?”
Porque o cliente não tem visibilidade de quando o produto vai chegar.
O objetivo é chegar na causa raíz (ou o mais próximo possível).
Cada camada revela um ângulo diferente do problema real — e conforme você avança no exercício, melhor se torna a formulação do problema:
Repare, a pergunta inicial era: “Como melhorar a entrega?”.
Mas o problema real que surgiu foi: “Como dar previsibilidade e controle para o cliente no processo de entrega?”.
Repare que essa pergunta final é muito mais acionável: muito mais rica para gerar soluções relevantes.
2️⃣ Busca.
Vamos voltar no exemplo inicial. “Como melhorar a entrega?”.
Uma vez que formulamos a pergunta certa, que é “Como dar previsibilidade e controle para o cliente no processo de entrega?”, devemos fazer a parte mais importante da nossa pesquisa:
Trocar o como pelo quem.
Quem já resolveu problemas de logística com alto nível de previsibilidade?
Quem já criou experiências de rastreamento transparentes?
Quem já desenhou jornadas que dão mais controle para o cliente?
Aqui é onde a maioria dos times erra: fica buscando só dentro do seu próprio setor.
Mas os melhores precedentes normalmente estão em outros contextos.
👉️ Empresas de delivery como iFood ou Rappi que mostram o status da entrega em tempo real, com etapas bem definidas. Previsibilidade é um supertrunfo. Pensa no motivo que você usa o Waze pra ir pro trabalho. Você já sabe o caminho, mas quer saber a hora exata que vai chegar.
👉️ Uber que criou um modelo de tarifa dinâmica de forma a organizar a demanda de motorista e corridas para horários de pico.
👉️ Amazon Prime que notifica proativamente mudanças no status do pedido, além de atualização por SMS ou email.
Nenhuma dessas empresas talvez esteja no seu nicho, mas cada uma delas traz elementos que você pode e deve adaptar.
E como aqui no the jobs a gente come da própria comida, deixa eu dar um aviso rápido mas super importante:
Muita gente que lê essa newsletter já nos mandou mensagem dizendo: “minha empresa precisava disso.”
Nós ouvimos e estamos justamente estruturando uma nova frente para levar o the jobs pra dentro das empresas (comunicação + desenvolvimento + cultura).
Estamos criando um modelo inspirado em programas que já funcionam lá fora, adaptado pro nosso contexto.
Ou seja: precedentes (assunto dessa edição) na prática! 😉
Se você acha que faria sentido levar o jobs pra sua empresa, estamos montando uma lista de espera para as primeiras conversas B2B.
Se quiser colocar seu nome empresa na lista, é só preencher esse formulário rápido e eu mesmo vou te chamar pra conversar.
3️⃣ Combinação.
Chegou a hora da parte mais legal.
Hora de mostrar como todo esse exercício se traduz em ideias mais criativas dentro da sua empresa — e também como você pode contar com ajuda para realizar esse processo e obter melhores referências com IA.
Aliás, esse é um dos exemplos perfeitos de como inteligência artificial se torna inteligência aumentada: quando você sabe conversar com ela no idioma certo.

Essa é a proposta dessa nova seção premium que você vai encontrar daqui pra frente: fluência em IA (inteligência artificial).
Um espaço exclusivo para os assinantes focado em:
👉️ Traduzir o conceito da edição em prática,
👉️ trazer prompts e estratégias que estamos usando nos bastidores,
👉️ e fazer do the jobs não só uma newsletter que você lê, mas um conteúdo com o qual você conversa, aplica e vê resultado imediatamente.
Porque tudo indica que fluência em IA será tão ou mais importante que o inglês, e, assim como o inglês, você precisa saber conversar com as novas ferramentas do jeito certo.
A partir de hoje, vamos ter uma seção fixa só sobre isso.
E pra começar, nada melhor do que te mostrar como usar IA para aplicar o próprio pensamento por precedentes que vimos aqui na edição.
Seguindo o passo a passo abaixo, você consegue estruturar esse processo com mais eficiência e profundidade, gastando menos de 30 minutos da sua agenda.
Aliás, é uma baita oportunidade de se vender seu trabalho sem ser um mala (risos). Você se destaca entregando resultado, mostrando pensamento de dono e sendo proativo.
Vamos pro passo a passo?
PS: se você ainda não é assinante, acho que hoje é um ótimo dia pra você conhecer. 👀
Vamos começar a seção fluêncIA😀