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#235: o livro que Harvard deu pros formandos do MBA

e por que ele importa pra você

👋 Boas-vindas às novas 197 pessoas que se inscreveram no the jobs na última semana! Agora, somos 112.739 leitores na maior comunidade de futuros&novos líderes do Brasil.

RESUMO DOS ASSUNTOS DE HOJE PRA QUEM TÁ NA CORRERIA:

👉️ Uma introdução ao livro do conselheiro de carreira de Harvard;

👉️ 7 perguntas de autoconhecimento na prática sobre o tema de hoje;

👉️ Como moldar a percepção que as pessoas têm de você e, com isso, se vender melhor;

👉️ Como construir relações sólidas que vão sustentar a sua reputação e, assim, criar spontors no seu trabalho;

👉️ Como sinalizar que você está pronto/a para o próximo nível;

👉️ O “hábito” de executar com excelência seu trabalho;

👉️ Um novo vídeo no YouTube sobre 5 pilares pra aumentar sua senioridade (assista depois de ler a newsletter, vai complementar bem).

Fala, Jobs!

Pra edição de hoje, nós fomos buscar um conteúdo diretamente de Harvard pra você.

Sabe o que fez a gente decidir que esse seria o tema de hoje?

Em 2021, a Universidade de Harvard decidiu dar esse livro pra todas as pessoas que se formaram no MBA. O livro se chama The Unspoken Rules do Gorick Ng.

Esse cara juntou insights de mais de 500 pessoas (ele conta isso no LinkedIn dele) por anos e entendeu que existe um framework pra crescer na carreira.

⚠️ Quando eu li isso, eu fiquei meio cético (talvez você fique também), mas não entenda isso como um passo a passo ou uma fórmula pronta. Não é isso.

Pensa comigo: se você fosse dizer quais são os principais pilares que todas as pessoas de alto crescimento na carreira têm em comum, quais você diria que são?

É difícil chegar em uma resposta.

Mas o Gorick chegou (depois de entrevistar e estudar por muito tempo centenas de pessoas).

Cresce quem é bom e faz bem seu trabalho consistentemente” é uma meia verdade.

Unspoken rules significa regras não escritas. A principal provocação dele nesse livro é que tem muita gente “jogando o jogo da carreira” sem saber de todas as regras.

Um jeito fácil de mostrar isso: você pode trabalhar 10 ou 12 horas por dia, mas se ninguém souber do impacto que você gerou, você será visto como esforçado, não como estratégico.

Outro exemplo: a maioria das promoções são decididas bem antes do momento da avaliação de desempenho, quando seus líderes entenderam seu posicionamento e sua influência.

Essas regras do livro do Gorick são regras do que chamamos de "o jogo invisível” da carreira.

O jogo visível é “trabalhar e fazer sua entrega”.
O jogo invisível é “fazer sua entrega percebida e influenciar as pessoas à sua volta”.
👉️ O jogo invisível é o que te diferencia e faz crescer.
Afinal, o mercado não premia competência — ele premia competência percebida.

Introduzimos esse conceito na última newsletter e vamos aprofundar nele hoje.

Hoje, vamos introduzir uma novidade aqui, um jeito diferente de trazer o conteúdo do nosso 1:1.

Quando falamos que o the jobs é pra ser o seu 1:1 semanal, é porque realmente queremos que a leitura desse email seja um momento de crescimento.

E os momentos de crescimento surgem quando recebemos respostas e orientações — mas também quando nos fazem boas perguntas.

Essas são as perguntas de hoje, diretamente relacionadas ao tema dessa edição. Pegue seu papel e caneta para refletir:

1️⃣ Você se sente à vontade pra discordar de alguém mais sênior ou prefere ficar quieto e depois comentar algo com seus colegas/amigos?

2️⃣ Você já sentiu que outra pessoa foi promovida no seu lugar só porque se expressava com mais clareza e firmeza?

3️⃣ Você sente que já perdeu oportunidades, porque sua ideia era boa, mas não conseguia explicar ela bem? Ou até por ter deixado que alguém falasse primeiro e depois deram sua ideia?

4️⃣ Você sabe “vender” seu trabalho e falar dos seus resultados sem parecer arrogante ou uma pessoa forçada?

5️⃣ Você já saiu de conversas importantes com a sensação de que “deveria ter falado isso ou aquilo”?

6️⃣ Você consegue adaptar seu jeito de falar pra conversar com “estagiários a diretores” sem travar ou parecer forçar?

7️⃣ Você costuma ser interrompido/a antes de concluir seu ponto e não sabe como retomar o controle da conversa?

Por que essas perguntas são importantes?

Porque essas perguntas são sintomas reais de profissionais competentes e ambiciosos que se sentem travados na hora de crescer — que sentem que falta algo.

Esses podem muito bem ser os principais pontos onde você está “esbarrando” e que atrasam seu crescimento na carreira.

Se você já viveu pelo menos uma dessas situações, seu desafio não é “não ser bom o suficiente” — seu desafio provavelmente é falta de estratégia para transformar sua comunicação em influência, protagonismo e avanço real na carreira.

Mas o que posso fazer a partir disso, então?

Priorizar as mais relevantes; identificar os padrões de quando cada uma dessas situações acontece; e agir em cima delas.

A melhor notícia é que nós criamos uma metodologia própria pra te guiar e te acompanhar a fazer isso e vamos fazer uma aula ao vivo com líderes e executivos pra eles contarem as estratégias e táticas de como resolveram essas dificuldades (spoiler: um deles liderou equipes de vendas por quase 10 anos no Google e o outro recentemente se tornou sócio de uma das maiores empresas de delivery do mundo, que é do Brasil 👀 sem mais spoilers).

Pra reservar seu lugar na aula ao vivo, é só clicar nesse botão abaixo.

Se você já reservou sua vaga, aproveite para já começar a sua reflexão — e nos encontramos na aula ao vivo.

PS: vai ser a primeira vez que vamos fazer isso (e vai ser muito diferente daquelas lives de venda de curso horríveis que existem por aí).

O framework do conselheiro de carreira de Harvard.

Essa é uma newsletter prática. Pegue seu papel e caneta e vamos juntos aos 4 pilares que, de acordo com a pesquisa do Gorick e experiência das centenas de líderes e executivos com quem ele conversou, te guiam a dar seu próximo passo na carreira…

🎥 Depois de ler a news, lembre de assistir o vídeo do YouTube que complementa esse texto. É só dar play enquanto está no café da manhã ou no caminho pro trabalho — talvez até na academia.

1️⃣ Moldando a percepção que as pessoas têm de você.

Esses dias, conversando com um amigo que acabou de assumir um cargo de liderança, fiz uma pergunta que mexeu com ele:

“Se você tivesse que escolher a primeira palavra que as pessoas pensam quando seu nome é citado, qual seria?”

Eu fiz essa pergunta, porque também me fizeram quando trabalhava em uma multinacional.

Ele ficou em silêncio por alguns segundos (e depois confessou que não fazia ideia — assim como eu, lá atrás, também tinha falado que não sabia).

Olha que doido: a maioria das pessoas trabalha duro pra ser competente (a gente se mata no trabalho, se esforça absurdo), mas a gente nunca para pra moldar a percepção que os outros têm sobre nós.

Só que, como o Gorick fala no livro, competência não é suficiente se ninguém enxerga você como competente.

Aqui entra um conceito poderoso: a narrativa profissional.

Essa narrativa tem duas camadas:

👉 A interna, que é a história que você conta pra si mesmo sobre por que faz o que faz, o que busca, o que te motiva.

👉 A externa, que é a história que você conta para os outros e que precisa transmitir competência, compromisso e compatibilidade com o time e os objetivos do projeto.

Se você domina essa narrativa externa, você constrói ativamente a percepção que os outros têm de você.

Se você não dá atenção pra isso, você deixa que a percepção seja formada pelo acaso (ou pior, pelas conversas de corredor).

Um exercício prático pra começar a criar essa sua narrativa:

  • Passado: o que você já fez que te trouxe até aqui e que é relevante para o contexto atual.

    📝 Exemplo:Nos últimos 3 anos, atuei como analista de supply chain e implementei um sistema de rastreamento de pedidos que reduziu o tempo médio de entrega em 18%, melhorando o NPS de 72 para 86.”

  • Presente: o que você está fazendo hoje e como isso agrega valor ao time ou projeto.

    📝 Exemplo:Hoje, como coordenador de logística, lidero um time de 12 pessoas responsável por otimizar a malha de distribuição, economizando cerca de R$ 200 mil por trimestre em custos com transporte.”

  • Futuro: o que você quer conquistar ou onde quer chegar, mostrando ambição com propósito.

    📝 Exemplo:Nos próximos meses, quero assumir projetos de maior impacto estratégico para desenvolver minhas habilidades de liderança e contribuir ainda mais para os resultados da empresa.”

E agora um ponto super relevante aqui:

A forma como você comunica essa narrativa importa tanto quanto o conteúdo.

Comunicar confiança sem parecer arrogante.
👉️ Fale com calma, sem atropelar palavras, e olhe nos olhos.

Comunicar animação sem parecer imaturo.
👉️ Use variação no tom de voz, gesticule moderadamente, enfatize o que importa.

Comunicar direção sem parecer frio.
👉️ Seja breve, objetivo e organize a hierarquia das suas ideias antes de começar a falar. Pergunte se alguém tem alguma dúvida antes de prosseguir para o próximo tópico.

No fim, moldar a percepção é muito mais do que autopromoção: é construir, de forma intencional, a história que faz as pessoas lembrarem de você do jeito certo, antes que te rotulem do jeito errado.

Tudo isso pode ser usado em entrevistas ou ao assumir novos cargos, mas também pode ser usado quando você começa a interagir com uma área nova ou um fornecedor novo no trabalho, pode ser usado quando você fala com seu líder no 1:1 sobre resultados que colheu ou até pra se posicionar com mais autoridade em reuniões, dependendo do momento.

2️⃣ Construindo relações sólidas que sustentam sua reputação.

Muita gente acha que networking começa sendo “a pessoa da resenha”, sempre extrovertida e pronta pra puxar papo.

Na lata, já tá aí o primeiro aprendizado:

Na prática, construir boas relações não começa falando, mas observando:

Entender o ambiente, perceber o perfil das pessoas, identificar seus interesses e como elas se conectam entre si.

Esse olhar atento permite agir com inteligência, em vez de ansiedade, e criar vínculos verdadeiros que vão ser fundamentais na sua carreira.

Todo ambiente de trabalho tem um mapa, não importa se sua empresa tem 10, 100, 1.000 ou 10.000 colaboradores — e "ler” esse mapa é fundamental para você conseguir navegar do jeito certo.

✅ Descubra quem lidera quem:
Entenda a cadeia de comando e respeite a hierarquia, mesmo quando ela não é óbvia: “Percebi que a Ana sempre dá a palavra final nesses pontos. Faz sentido alinhar direto com ela quando precisar destravar algo?”

✅ Reconheça as fronteiras de atuação:
Saiba quem é responsável por cada parte do trabalho e, em caso de dúvida, peça permissão antes de se antecipar e "roubar” tarefas fora da sua equipe: “Posso apoiar nessa parte ou alguém do seu time já está tocando? Quero evitar atropelar.”

✅ Observe as lealdades:
Descubra quem é leal a quem e onde estão as panelinhas; isso ajuda a evitar gafes e a construir alianças estratégicas: “Será que esse projeto faz sentido?”, pergunte-se: “Essa pessoa tem envolvimento ou lealdade com quem estou prestes a questionar?”

✅ Entenda as zonas de conforto:
Perceba quais comportamentos, piadas, expressões e assuntos são bem-vistos, ou completamente fora de tom no seu time, ajustando sua comunicação para ser compatível:
“Notei que o time é mais sério nas reuniões de resultados, mas mais descontraído no café, então adapto meu jeito em cada contexto.”

3️⃣ Sinalizar que você está pronto para o próximo nível.

Na nossa carreira sempre vão existir dois momentos:

⏸️ O momento pause, de esperar, mostrar nosso trabalho e desenvolver competências.
▶️ O momento play, de pedir passagem e deixar claro que etá pronto para ser promovido.

O maior erro que vejo (e, confesso, que também já cometi 😅) é se esconder atrás da falsa segurança de “ainda não estou pronto”.

É mais confortável achar que falta algo, que outros são mais preparados e que “uma hora vão perceber meu esforço”.

Mas a verdade é mais simples que isso (e dura):

Enquanto você não se convencer de que está pronto, ninguém vai se convencer por você.

E pior: ninguém vai oferecer algo que você mesmo não demonstra querer.

Essa, inclusive, é a nossa frase da semana.

No livro The Unspoken Rules, o Gorick também explica que as promoções não acontecem só por performance, mas sim pela combinação de performance e potencial.

Performance é sua competência hoje. Potencial é a confiança que passam a ter de que você vai mandar bem no próximo nível (e isso surge - obviamente - de quão bem você se comunica).

A maioria das empresas (mesmo que não falem abertamente) usa esse filtro: quem está no quadrante de alta performance + alto potencial é quem ganha investimento, visibilidade e oportunidades.

❓️ Como, então, começar a sinalizar que estou pronto?

Em resumo, você sinaliza isso quando você para de esperar que alguém te dê permissão pra agir e começa a assumir o protagonismo. Vamos ilustrar:

✅ Quando você faz perguntas que ninguém fez.
Em vez de aceitar o briefing como veio, pergunte: “Esse é o principal objetivo ou existem outras prioridades que precisam ser atendidas com essa entrega?

✅ Sugere melhorias fora do óbvio.
Por exemplo, você percebe que todos estão relatando problemas no processo de aprovação e propõe um fluxo mais simples em vez de só reclamar dos atrasos.

✅ Constrói pontes com outras áreas.
Por exemplo, você assume a responsa do seu time X pra conversar com o time marketing e entender se sua entrega de produto está alinhada com as campanhas que vão acontecer em breve.

E, principalmente, quando você comunica tudo isso com clareza e senioridade.

“Assumir o protagonismo” é o que separa quem faz bem o trabalho de quem é visto como pronto para liderar.

Isso se aprende praticando — e só quero reforçar rapidamente aqui que no dia 16/07 nós vamos mostrar na aula ao vivo como líderes e executivos de destaque aplicam isso na prática.

🚨 Clique aqui pra reservar sua vaga na aula ao vivo, porque o mercado não promove quem espera — promove quem mostra que já age como se estivesse um passo à frente.

Uma pausa rápida pras recomendações da semana antes de continuar:

Agora sim, continuando:

4️⃣ Executando com excelência.

Se eu pudesse resumir em uma frase o que é excelência de uma forma prática seria essa: entender o que é esperado de você e estar um passo à frente.

Executar com excelência começa por assumir a responsabilidade do seu trabalho. Não espere instruções perfeitas como na faculdade (isso é básico, mas precisamos falar).

O ponto mais importante aqui é entender que executar com excelência não é só entregar, mas também gerenciar expectativas, reduzir ambiguidades e facilitar o caminho para quem depende do seu trabalho.

É assim que as pessoas passam a confiar em você. E a confiança é a ponte do seu próximo nível.

Esse é um checklist do que fazer antes de começar qualquer atividade no trabalho:

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