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#236: como perder a insegurança comunicando com a liderança

e transmitir a sua mensagem

👋 Boas-vindas às novas 185 pessoas que se inscreveram no the jobs na última semana! Agora, somos 112.924 leitores na maior comunidade de futuros&novos líderes do Brasil.

RESUMO DOS ASSUNTOS DE HOJE PRA QUEM TÁ NA CORRERIA:

👉️ 4 perguntas pra avaliar sua comunicação executiva;

👉️ 4 estratégias práticas pra você aplicar imediatamente e mudar a percepção que a liderança tem sobre seu trabalho;

👉️ 3 prompts de inteligência artificial pra subir o nível da sua comunicação no trabalho.

👉️ E mais novo vídeo no nosso canal do YouTube sobre as 3 principais mudanças de chave que tive na carreira (e quase um desabafo pra mim mesmo que pode ser útil pra você).

Fala, Jobs!

Você já reparou que algumas pessoas sempre conseguem aprovação para suas ideias, enquanto outras, igualmente competentes, vivem "batendo na trave"?

Uma verdade que poucas pessoas admitem é que não importa se sua ideia vale milhões. Se você não sabe comunicar essa ideia, ela vale zero.

Não é porque você não sabe do que está falando.
Não é porque sua estratégia não é boa.
É porque você não entendeu as regras do jogo da comunicação executiva.

Essa semana, mergulhei em uma belíssima entrevista (link está nas indicações da semana, caso queira aprofundar) que gerou a base dessa edição.

Essa foi a frase que me convenceu a fazer uma edição completa sobre esse tema:

"A maioria das pessoas espera que os outros entrem no seu mundo. Mas se você quer que alguém compre sua ideia, você precisa entrar no mundo dessa pessoa."

É aí que está o X da questão: enquanto você se prepara para apresentar sua ideia, quem realmente convence é quem se prepara para facilitar a decisão da outra pessoa.

Por isso, antes de aprofundar esse conceito, vamos fazer algumas reflexões e, assim, ter um diagnóstico de onde estamos.

Por que isso? Porque só conseguimos melhorar aquilo que primeiro reconhecemos que precisa ser ajustado.

Antes de mergulhar nas estratégias, vamos fazer uma pausa honesta. Essas são perguntas que todo profissional ambicioso deveria se fazer e que vão revelar oportunidades sobre como melhorar sua comunicação

1️⃣ Você consegue explicar sua ideia principal em 30 segundos ou sempre precisa de "mais alguns minutos" pra contextualizar tudo?

2️⃣ Você costuma começar apresentações explicando como chegou na conclusão ou vai direto ao que precisa ser decidido hoje? Ou você nunca nem reparou em como você começa apresentações?

3️⃣ Você já saiu de reuniões com a sensação de que sua ideia "não foi entendida" mesmo tendo explicado tudo nos mínimos detalhes?

4️⃣ Quando alguém questiona sua proposta, sua primeira reação é explicar por que está certo ou é perguntar qual a preocupação da pessoa?

Se você também leu a edição passada, você já tem um cheiro do que essas perguntas podem revelar sobre você…

Essas perguntas são sintomas reais de profissionais competentes e ambiciosos, mas que ainda se sentem travados na hora de dar o próximo passo.

E o motivo disso é que esses profissionais entregam resultados, mas não conseguem "vender" suas ideias para liderança.

Se você já viveu pelo menos uma dessas situações, seu desafio não é "não ser bom o suficiente". Seu desafio provavelmente é falta de estratégia para transformar sua comunicação em influência, protagonismo e avanço real na carreira.

A melhor notícia é que criamos uma trilha específica de aprendizado pra te guiar nessa transformação e vamos dar o primeiro passo ao vivo com executivos que dominaram essa arte (spoiler: um deles liderou vendas no Google e o outro se tornou sócio de uma das maiores empresas de delivery do Brasil 👀).

Eles vão mostrar como deixaram de ser "aquela pessoa que tem boas ideias mas não consegue explicar direito" pra se tornarem referência dentro de cada uma das suas áreas.

Nessa 4ª-feira, estaremos ao vivo no Zoom, mais precisamente às 20h.

💭 Momento transparência: a próxima edição é a última que terá um aviso da 4ª turma do jobs club.

Como passar a melhor impressão ao se comunicar com seus líderes.

Aqui vai uma realidade brutal sobre reuniões: 92% das pessoas fazem multitasking durante chamadas online.

Enquanto você apresenta sua ideia genial, a pessoa do outro lado está checando Slack, respondendo email ou pensando na próxima reunião. Isso gera um desperdício de U$ 37 bilhões por ano com reuniões improdutivas.

A verdade é que cada um na sala tá jogando seu próprio jogo, com suas próprias pressões e interesses.

E se você não entender isso, suas melhores propostas vão continuar morrendo em reuniões que "diz a lenda que correram bem", mas não geraram resultado nenhum.

E existe um método legal pra você mudar esse jogo e ser a pessoa que gera resultados concretos nas reuniões de trabalho — são 4 estratégias principais:

1️⃣ Entre no mundo da outra pessoa.

Aqui está o primeiro erro que quase todo mundo comete: a gente prepara apresentações pensando no que nós queremos falar, não no que a outra pessoa precisa ouvir.

Leia novamente essa frase acima. É um dos principais pontos dessa edição.

Resultado? Você passa 20 minutos explicando como chegou na sua conclusão, enquanto quem está do outro lado só quer saber: "Isso resolve meu problema ou não?".

Antes de apresentar qualquer coisa, faça essas reflexões:

  • Qual é o contexto atual dessa pessoa? (pressões, metas, prioridades)

  • Que tipo de informação ela precisa pra tomar uma boa decisão?

  • Como ela prefere receber informações? (dados, histórias, comparações)

  • Qual é o maior risco que ela pode enxergar nesse tipo de proposta?

Exemplo prático:

Se você vem de um contexto técnico, não adianta ficar falando "tecniquês" para o CFO. Ele não quer saber sobre arquitetura de sistema — ele quer saber sobre ROI, redução de custos e impacto no budget.

❌ Versão técnica: "Vamos migrar para uma arquitetura de microserviços para melhorar a escalabilidade horizontal."

✅ Versão estratégica "Essa mudança vai reduzir nossos custos de infraestrutura em 30% e permitir que suportemos 3x mais usuários sem contratar mais desenvolvedores."

A regra é simples: traduza sua expertise para a linguagem dos problemas que eles precisam resolver.

Se você está falando com vendas, foque em como sua proposta impacta conversão, tempo de fechamento ou satisfação do cliente.

Se você está falando com RH, conecte com retenção de talentos, cultura ou produtividade da equipe.

Se você está falando com a diretoria, traduza tudo para crescimento, competitividade e resultados financeiros.

A pergunta que muda tudo: 
"Se eu fosse essa pessoa, qual seria minha maior preocupação neste momento?"

Responda isso antes de falar qualquer coisa e você já está à frente de 90% dos profissionais.

2️⃣ Reduza a carga cognitiva.

Lembra dos 92% fazendo multitasking?

Então… Isso significa que quem está te ouvindo não tem 100% da capacidade mental disponível — as pessoas estão processando outras informações, outras preocupações, outras urgências.

Sua missão é tornar impossível te ignorar, reduzindo o esforço mental necessário para entender você.

Na prática, isso significa: pare de fazer a pessoa trabalhar para decifrar sua mensagem.

Estrutura que funciona:

✅ Contexto em 10 segundos: "Estamos aqui para decidir se aprovamos R$ 200mil para o projeto X."

✅ Recomendação primeiro, explicação depois: "Minha recomendação é aprovar. Aqui está o porquê..."

✅ Organize hierarquicamente: "Vou abordar 3 pontos: ROI, riscos e timeline."

✅ Ofereça níveis de profundidade: "Posso detalhar qualquer um desses se você quiser."

Exemplo de abertura eficaz:

"Recomendo implementar o novo CRM. Investimento de R$ 200 mil, retorno de R$ 400 mil em 12 meses. Principais riscos: integração e treinamento, já temos plano para ambos. Agora vou detalhar o racional por trás do ROI e como vamos mitigar os principais riscos.”

Pronto. Em 20 segundos, a pessoa já sabe: o que você quer, quanto custa, qual o benefício, que você pensou nos problemas.

A atenção não está disponível, então você precisa fisgar logo nos primeiros segundos o porquê essa decisão é importante para ela.

O maior erro é começar pelos detalhes. Isso gera confusão, perda de foco e, no final, aquele olhar de quem não está mais acompanhando.

3️⃣ Colabore, não tente convencer.

Essa é talvez a mudança de postura mais importante de todas.

A maioria das pessoas entra em reuniões tentando convencer. O problema é que isso cria uma dinâmica de vendedor vs. comprador e gera resistência automática.

O que funciona é colaborar na construção da melhor decisão.

A diferença prática:

Abordagem de convencimento:

  • Você só apresenta os pontos positivos

  • Fica defensivo quando questionado

  • Quer um "sim" a qualquer custo

  • Trata objeções como ataques pessoais

Abordagem colaborativa

  • Você apresenta prós, contras e alternativas

  • Vê questionamentos como oportunidades de melhorar a ideia

  • Quer a melhor decisão para o negócio

  • Trata objeções como contribuições valiosas

Exemplo na prática:

Quando alguém questionar sua proposta, em vez de se defender, diga:

"Ótima pergunta. Eu também pensei nisso. Na verdade, isso me fez considerar duas alternativas..."

"Você está certo em questionar isso. Qual seria sua maior preocupação se seguíssemos por esse caminho?"

Essa abordagem transforma você de "pessoa tentando vender algo" para "parceiro ajudando a tomar uma boa decisão".

Um pitstop para darmos uma descontraída e já voltamos com a big idea.

Voltando à big idea:

4️⃣ Como reduzir riscos.

(Para continuar lendo e acessar também a seção “fluêncIA” com os prompts personalizados de inteligência artificial dessa edição, você precisa ser assinante do the jobs.)

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