👋 Boas-vindas às novas 201 pessoas que se inscreveram no the jobs na última semana! Agora, somos 113.125 leitores na maior comunidade de futuros&novos líderes do Brasil.

RESUMO DOS ASSUNTOS DE HOJE PRA QUEM TÁ NA CORRERIA:

Fala, Jobs!

Nós sempre falamos aqui que o the jobs é construído pra ser como uma reunião 1:1 (“one on one” ou “um pra um”):

É pra ser um momento entre nós focado 100% no seu desenvolvimento como profissional:

• aqui, você conhece novas ideias e conceitos;

• você ouve referências nacionais e globais;

• e você replica boas práticas de executivos incríveis.

Mas aí no seu trabalho é diferente do que aqui por email: o 1:1 é um dos principais momentos onde você tem a atenção plena do seu líder (e se você for o líder da reunião, é onde tem a atenção plena do liderado também).

Vocês podem falar sobre como se desenvolver, sobre alinhamento de expectativas, sobre feedbacks. Podem falar também sobre destravar algo e resolver algum problema ou até de repriorizar as coisas…

O 1:1 também é um baita momento de construção de relacionamento.

Particularmente, eu acredito que o 1:1 é uma das ferramentas mais subestimadas na “caixa de ferramentas” de um líder.

👉️ No papel de líder, é onde você alinha e influencia comportamentos; entende o progresso do indivíduo em relação a um objetivo; ajuda na resolução de dificuldades antes que se tornem grandes problemas — e muito mais. Tudo isso em um período relativamente curto de tempo.

👉️ No papel de liderado, é onde você tem a chance de identificar o que está na mente do seu líder; como ele/a acredita que você pode se destacar; pedir opiniões pra destravar projetos…

Mas existe um grande problema: muita gente desperdiça os seus 1:1s.

E vou começar confessando: por um bom tempo, eu não via sentido em reunião 1:1.

Achava um negócio chato, improdutivo, um daqueles rituais corporativos que a gente participa só porque alguém disse que é importante.

E isso acontece, porque muitas delas realmente não serve pra muita coisa (pelo menos as que eu participei no início da minha vida).

• Pode ser que você tenha um gestor old school que não curta fazer 1:1 (ou que não acredita);

• Pode ser que você tenha um gestor despreparado;

• Pode ser que a empresa onde você trabalha não tenha a cultura de fazer 1:1 (o que significa que provavelmente as pessoas não sabem como fazer um 1:1);

• Pode até ser que algum gestor tenha visto um vídeo do CEO da NVIDIA falando que não faz 1:1 e, por isso, decidiu não fazer (mas esse gestor “esqueceu” que não é o CEO da NVIDIA e, principalmente, que não tem o tempo de empresa e estrutura que eles têm, risos — ou talvez seja só a desculpa perfeita que ele estava procurando)…

Pensa comigo: de quantas reuniões você já participou que não tinham pauta clara, sem conexão nenhuma com objetivos maiores, e ainda por cima rolavam num ritmo todo aleatório?

O resultado? Todo mundo começa a encarar essas reuniões como perda de tempo.

Até que um dia caiu minha ficha: a diferença entre uma boa e uma péssima 1:1 é gigantesca.

Essa ficha caiu em uma reunião com um líder que não era meu líder direto. Uma reunião despretensiosa que eu pedi pra “falar sobre carreira” com um gerente que eu admirava — e uma reunião na qual esse cara chegou super preparado.

Isso daqui precisa estar muito claro:

✅ Um bom 1:1 é um fator multiplicador de performance.

Você ajuda a pessoa a tomar melhores decisões por semanas, talvez meses... mesmo sem estar junto no dia a dia.

❌ Um 1:1 ruim gera alavancagem negativa.

Sem exageros aqui: além de uma reunião improdutiva, um 1:1 ruim cria mais ruído, mais drama, mais confusão do que tinha antes da reunião. Faz a pessoa querer reclamar.

Agora imagina esse cenário replicado pela empresa inteira... Dezenas, centenas, talvez milhares de reuniões jogadas no lixo todo mês.

Mas é relativamente simples não cair nessa armadilha. Existe método, são 3 principais pontos pra fazer os melhores 1:1:

• Ter uma pauta mínima estruturada (sim, sempre);

• Definir duração e frequência conforme o perfil da pessoa;

• E nunca nunca nunca (3x mesmo) deixar a reunião virar um palco de desabafo ou reclamação sobre os outros!

_{Se o 1:1 virou uma DR sobre colega de trabalho, você perdeu o controle da reunião. Quer lidar com conflito? Então senta com todo mundo envolvido. Resolver pelas costas ou na conversa solta só alimenta o problema… Mas isso (como falar de conflitos) é pauta pra outra edição nossa.}

Outra armadilha clássica: o tal do “a pauta é da pessoa”.

Quantas vezes você já ouviu por aí que o 1:1 é o momento do liderado e ele deve trazer os temas?

O liderado tem papel no 1:1 sim — mas deixar a responsa só na mão do liderado normalmente significa a galera chegar com assuntos menores, problemas periféricos.

Tudo pra evitar os temas difíceis que realmente travavam o desenvolvimento.

E isso faz parte. O ser humano escolhe o caminho de menor resistência.

Mas se o seu objetivo é alta performance, esse caminho não serve.

Agora, vamos aprofundar em como fazer os seus melhores 1:1, seja você líder ou liderado.

E é importante entender como o outro lado deve se portar.

As vagas para o jobs club, nosso curso+comunidade, estão abertas somente até essa quarta-feira, 23/07, às 12h.

Nós tínhamos 190 pessoas na nossa comunidade. 80 novas pessoas entraram com a gente nessa pra turma que se inicia essa semana. Ainda dá tempo de você entrar.

Clique aqui ou no botão abaixo se quiser conhecer os benefícios de fazer o nosso curso de comunicação e ainda participar dessa comunidade.

Nós estamos construindo a maior comunidade de futuros&novos líderes do Brasil — e nós queremos os melhores com a gente.

📲 Você também pode mandar uma mensagem no WhatsApp direto pra gente e falar com a Isa do nosso time pra tirar qualquer dúvida sobre o jobs club.

Te esperamos lá!

Um guia para fazer os melhores 1:1s (com “versão líder” e “versão liderado”).

Existe um motivo claro pelo qual colocamos primeiro as orientações de como líderes precisam se preparar: é porque os liderados também se beneficiam entendendo como líderes se preparam.

E é importante ressaltar: fazer seu 1:1 melhor envolve a habilidade de saber ouvir e extrair feedbacks (e aprofundamos isso nesse vídeo, que complementa a newsletter de hoje).

🏅 Como líderes podem fazer os melhores 1:1s.

_{(se você ainda não é líder, logo abaixo vamos falar sobre como liderados podem fazer os melhores 1:1s também — mas saiba que é importante você entender como um líder estrutura bem essas reuniões)}

1️⃣ Regra 1: Estruture a 1:1, mas deixe a pessoa liderar o conteúdo.

Não é sobre jogar a pauta na mão da pessoa e esperar que ela apareça com temas super relevantes.

É sobre criar um esqueleto básico pro encontro e combinar esse formato com ela. Assim, os dois sabem o que esperar — e o que trazer.

Um roteiro simples pra você seguir envolve:

• Parte 1: Progresso vs objetivos — 15 min.

• Parte 2: Pauta da pessoa — 30 min.

• Parte 3: Coaching direto — 15 min.

👉️ Parte 1: Progresso vs objetivos (15 min).

A pessoa começa atualizando como tá o andamento das metas do trimestre ou do ano.
O “sistema semáforo” simples e bem feito funciona: verde, amarelo ou vermelho pra cada uma das metas. Precisa ficar claro o que tá andando e o que tá travado.

E aqui já fica o alerta: se a pessoa não tem clareza das metas (ou nem sabe elas), o problema começa aí — e é ótimo identificar ele.

Você precisa ajudar ela a desenhar objetivos anuais que se conectem com os da empresa. Depois, quebrar em trimestres pra acompanhar de perto.

Esse é o seu sistema de detecção precoce de problemas. Ninguém que lidera um time pode abrir mão disso.

👉️ Parte 2: A pauta da pessoa (30 min).

Agora sim, espaço aberto pra quem tá na sua frente trazer o que quiser. Dúvidas, dificuldades, travas no trabalho, o que for.

Mas tem dois pontos de atenção aqui:

1. Se ela sempre traz temas operacionais ou muito pequenos, provoque.
   Pergunte o que realmente tá bloqueando o progresso. Garanta que a pessoa saiba que vulnerabilidade não vai ser punida. Você tá ali como coach, não como chefe.

2. Se a pessoa tá semana após semana sem bater as metas, redirecione a pauta.
   Amplie o tempo de acompanhamento das metas — de 15 pra 30 min, por exemplo. E se a coisa estiver feia mesmo, dedica o encontro inteiro só pra ajudar a pessoa a reencontrar o caminho.

Porque bater meta precisa ser sempre a prioridade. O resto a gente resolve depois.

👉️ Parte 3: Coaching direto (15 min).

Aqui é o espaço pra reforçar o que tá funcionando e dar aquele feedback necessário. Tente equilibrar:

• Um elogio ou reconhecimento por algo que você viu desde o último encontro;

• Um feedback específico sobre algo que precisa ser trabalhado.

Esse equilíbrio cria um ambiente onde o feedback vira cultura — sem deixar de lado o reconhecimento que todo mundo precisa ouvir de vez em quando.

➡️ Regra 2: Consistência e presença.

Se você quiser minar a relação com o seu time rapidinho, faça isso aqui (🤡):

• Mude a 1:1 de data toda hora;

• Cancele com frequência;

• Chegue na reunião distraído, mexendo no celular ou pensando no próximo compromisso.

Cada uma dessas atitudes manda a mesma mensagem “você não é prioridade” pra sua equipe.

É simples: se você marcou, compareça. Inteiro/a.

E lembre-se de que frequência não é o mesmo que quantidade. Não precisa lotar sua agenda de 1:1.

Uma regra de bolso é ajustar o intervalo das reuniões de acordo com a senioridade da pessoa e o tempo que ela tá na empresa.

Quem é mais júnior ou recém-chegado, normalmente precisa de um acompanhamento mais próximo. Quem já tá performando bem há tempos, pode ter um ritmo mais espaçado. Sugestão:

Você pode estar pensando “nossa, mas semanal é muita coisa”. Talvez seja mesmo — mas é melhor começar com uma frequência próxima dessa e ajustar de acordo com o que for necessário do que estar distante do seu time.

À medida que a confiança se constrói e a performance cresce, dá pra reduzir o ritmo sem perder a conexão.

Eu sempre começo com mais proximidade nos primeiros 90 dias. E conforme a pessoa vai entregando bem e ganhando confiança no próprio trabalho, o intervalo entre as 1:1 vai aumentando.

E aqui vai um detalhe importante: nenhuma posição nesse quadro é definitiva. Começou a escorregar na performance? Aumenta a frequência na hora. Não é punição, é coaching intensivo.

O óbvio precisa ser dito: não esteja ali no 1:1, mas com o Slack aberto, celular na mão...
Ou você tá 100% presente, ou você tá desperdiçando o momento mais valioso que tem com alguém do time.

E papo reto de amigo: se você não demonstra respeito e atenção, não espere que a pessoa do outro lado te entregue o melhor que ela pode dar.

3️⃣ Regra 3: Feedback é via de mão dupla.

O 1:1 é o ambiente perfeito pra criar um diálogo sincero sobre crescimento, mas isso só funciona se você levar a sério o preparo. Eu costumo anotar entre um encontro e outro:

• Algo que a pessoa mandou muito bem e merece ser reconhecido;

• Algo que precisa de coaching ou um direcionamento mais claro.

Guardo isso pro final da reunião: os últimos 15 minutos são dedicados pra esse momento de reconhecimento + feedback.

Você não vai ter sempre um ponto crítico pra tratar, mas deveria sair de pelo menos metade das suas 1:1 com alguma provocação construtiva.

E agora vem a parte que muita gente esquece: você também precisa pedir feedback. Perguntas básicas que o líder deveria fazer no 1:1:

• Como eu posso te ajudar a bater suas metas?

• Tem algo que tá travado porque tá na minha mão?

• Que ponto cego eu posso ter e não tô enxergando?

• Tem alguma coisa do negócio que você queria entender melhor?

A lógica é simples: o seu papel é desbloquear o caminho da pessoa. Você não pode, em hipótese nenhuma, ser o bloqueio.

Só que às vezes a gente vira bloqueio sem perceber… E tem colaborador que não vai ter coragem de te falar isso na lata. Isso é vida real.

Por isso essas perguntas são essenciais. Elas abrem espaço pra conversa rolar de um jeito mais leve — e te protegem de virar o gargalo do time sem saber.

🏅 Como liderados podem fazer os melhores 1:1s.

_{(se você já é líder, você provavelmente também tem o próprio líder e é, ao mesmo tempo, liderado — use esse texto para seus 1:1s com seu líder ou também compartilhe com a sua equipe para se prepararem melhor)}

Já deu pra perceber que a 1:1 não é uma reunião que o gestor precisa carregar nas costas, né?

Sim, quem estrutura o formato é o líder… Mas o conteúdo? Esse precisa ser puxado por quem tá do outro lado da mesa (principalmente nas duas primeiras partes da conversa).

1️⃣ Regra 1: Chegue preparado.

Quer mostrar que você tá pronto pra liderar mais projetos e assumir mais responsabilidade? Então comece pelo básico: chegar na 1:1 preparado.

Não é um favor pro seu gestor. É uma demonstração clara de que você leva o próprio desenvolvimento a sério.

O que isso significa na prática?

• Na primeira parte da reunião, traga o progresso das suas metas na ponta da língua;

• Na segunda parte, conduza a pauta com temas que você quer discutir;

• E na terceira, já tenha em mente como o seu gestor pode te ajudar.

Pensa no seu tempo de pauta como um espaço de colaboração, de solução de problemas junto com o gestor — mas lembre-se de que isso não significa chegar com um monte de tema solto.

Organize as ideias antes, priorize o que é mais relevante, e se tiver coisa muito administrativa, junte tudo num bloco rápido de 10 minutos. Faz um bate-volta e segue pro que realmente importa.

2️⃣ Regra 2: Peça ajuda (do jeito certo).

Tem gente que ainda acha que pedir ajuda é sinal de fraqueza. Não é. Pedir ajuda demonstra autoconsciência.

Quando você atualiza o gestor sobre suas metas, já fica natural apontar o que tá travando e onde você precisa de suporte.

Mas aqui vai o pulo do gato: seja muito claro sobre o que você espera ao pedir ajuda. Você pode dizer, por exemplo:

• “Tô com um problema, tenho uma solução, mas queria ouvir tua visão.”

• “Tô com um problema, sei o que fazer, mas preciso da tua ajuda pra destravar a execução.”

• “Tô com um problema e ainda não sei como resolver. Dá pra pensar junto?”

O terceiro caso acontece — e tá tudo bem, mas o ideal é que você se mantenha mais nos dois primeiros.

O seu papel não é jogar problema no colo do gestor. Ele não é roteirista da sua história. Pense nele como seu editor: você apresenta o que já tem, o que já pensou, e juntos ajustam o rumo.

3️⃣ Regra 3: Use o 1:1 pro seu desenvolvimento pessoal

Bateu todas as metas? Tá com tudo sob controle? Ótimo. Então aproveita o 1:1 pra olhar além.

Você tem ali o tempo e a atenção exclusiva do seu gestor. Por que não usar isso pra se desenvolver além do seu escopo atual? Algumas ideias úteis:

• Pedir coaching sobre uma habilidade específica que você quer fortalecer;

• Pedir indicação de livro, blog ou podcast pra aprofundar em algum tema;

• Propor uma conversa sobre próximos passos de carreira.

Esse tempo é seu — e um bom gestor vai adorar te ajudar a crescer. Entre nesse papo com a cabeça aberta e sempre com aquela mentalidade de que você ainda tem muito pra aprender.

• 📚️ Se você curtiu o assunto dessa edição, vale aprofundar nesse artigo aqui e também nesse vídeo que já citamos hoje.

• 😂 Dei risada com a corridinha no começo do vídeo. Tem muita verdade aqui.

• 🎵 Um country bem legal que você provavelmente não conheceria em nenhum outro lugar do que aqui, risos.

• 🎶 Você vai desejar ter conhecido essa banda antes. É uma família inteira tocando — aproveite a maratona de vídeos deles. Salve os Petersens!

• 🎸 Uma versão acústica de um clássico incrível do rock n roll. Você não vai se arrepender de ter clicado aqui. Também tem essa versão aqui de duas mulheres incríveis (que você também vai querer maratonar no YouTube).

Use esses prompts em sua ferramenta de inteligência artificial para gerar boas conversas e se preparar muito melhor para os seus 1:1s:

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