#239: o tempo não é seu maior ativo

existe outra coisa ainda mais relevante

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RESUMO DOS ASSUNTOS DE HOJE PRA QUEM TÁ NA CORRERIA:

Nessa edição:

👉️ O estudo de +30 anos que diz que o tempo não é nosso maior ativo;

👉️ As rotinas diárias (e completamente diferentes) de pessoas incríveis;

👉️ Por que precisamos ser menos maratonistas e mais corredores de 100m;

👉️ Os 4 tipos de energia que afetam todos nós;

👉️ Perguntas e prompts para você aplicar essa edição na prática;

👉️ Um novo vídeo no YouTube, dessa vez diferente: 1 minuto e 57 segundos que vão mudar a sua produtividade.

Fala, Jobs!

Entre as frases de efeito mais repetidas que eu já ouvi, com certeza "tempo é o seu maior ativo" está no Top 5.

Imagino que por aí com você também, né?

Ela tem a sua validade e eu adoro a provocação de que “aquela pessoa que você admira tem as mesmas 24 horas que você” — porque é verdade.

Mas eu não acredito que o tempo seja um ativo; ele é fixo: ele não cresce, não diminui, não se acumula, não se estoca.

Na real, o tempo, por si só, não tem valor prático nenhum se você não tiver o que colocar dentro dele.

Eu poderia argumentar aqui também que o nosso maior ativo é, na verdade, “o modo como encaramos as coisas” (as lentes que usamos pra interpretar o que acontece no mundo).

Eu acredito que isso seja um dos maiores ativos que temos. Gosto muito dessa abordagem.

Um bom argumento pra isso é que existem pessoas que enxergam problemas como ameaças e outras que enxergam os mesmos problemas como oportunidades — e o resultado de cada uma dessas pessoas você já sabe qual é.

Outro dos maiores ativos que temos (e que, esse sim, será o tema dessa edição) é a nossa energia.

Mas a verdade é que não importa tanto “qual é o nosso ativo nº 1”.

Na edição de hoje, vamos nos preocupar menos em “discutir qual é o nosso maior ativo” e nos preocupar mais com “como gerenciar a nossa energia é muito mais importante que gerenciar nosso tempo”, porque tempo sem energia não serve pra muita coisa.

Você pode ter quatro horas livres e, ainda assim, não conseguir fazer nada.

Você também pode ter apenas uma hora, mas, se estiver com a energia alta, você produz, cria, resolve, conecta… Faz acontecer.

De onde surgiu essa ideia?

Jim Loehr e Tony Schwartz são dois dos maiores especialistas em alta performance no mundo — com décadas de atuação ao lado de atletas olímpicos, tenistas campeões e executivos das maiores empresas do planeta — e eles resumiram essa ideia de um jeito que não dá pra contestar:

"Energia, não tempo, é a pedra fundamental da alta performance."

Esses 2 caras passaram mais de 30 anos estudando alta performance em atletas e também em executivos e escreveram um livro chamado The Power of Full Engagement. Eles começaram a trabalhar, além dos atletas, com times de resgate de reféns do FBI, US Marshals (polícia federal dos EUA), médicos e enfermeiros de UTIs em hospitais e muito mais.

O jogo nunca foi sobre gerenciar tempo. O jogo sempre foi — e sempre será — sobre gerenciar energia.

Quem não entende isso é, por exemplo, quem tenta otimizar a agenda, mas continua esgotado, improdutivo e desconectado de si.

Quem entende, muda tudo: cria rituais, protege sua energia, aprende a viver em ciclos — sabe gastar, sabe renovar, sabe treinar a própria capacidade energética como um atleta treina seu físico.

E é nesse ponto que a vida muda.

O tempo não é seu maior ativo.

O seu maior ativo é você mesmo em alta potência. Sua energia é o que transforma o tempo em vida que vale a pena.

Quer ver uma curiosidade bem legal que ajuda a comprovar essa tese?

Dá uma olhada nessa imagem abaixo. Ela mostra a rotina diária de pessoas que conquistaram coisas incríveis, desde política, negócios, arte, música, ciência etc.

O que você consegue identificar?

O que você provavelmente vai identificar é que todas elas têm horários completamente diferentes pra dormir/descansar, trabalhar, malhar, estudar, se alimentar e se divertir.

Não é a gestão do tempo que fez a diferença…

É a gestão da energia.

E aí, você está pronto/a pra esse 1:1?

Vamos nessa.

UM RECADO RÁPIDO APRESENTADO PELOS NOSSOS PARCEIROS: D4U IMMIGRATION

🏅 Você é bom… Mas será que consegue provar?

🗣️ “Perception is the co-pilot to reality.” (A percepção é a copilota da realidade.)

Carla Harris, executiva do Morgan Stanley.

Se vender é uma habilidade subestimada mas essencial. Não é exagerar, é saber apresentar sua história com clareza e intenção. Aqui vão 3 dicas pra começar:

  1. Entenda seu diferencial: o que você já fez que ninguém mais fez igual?

  2. Traduza conquistas em impacto: com números, resultados e reconhecimento.

  3. Posicione sua trajetória com clareza: comunique como líder, não como currículo.

Porque não basta ser bom, é preciso ser percebido como bom. E isso vale pra entrevistas e também pra quem sonha em morar fora. No visto EB-2, voltado a profissionais qualificados, o que abre portas é mostrar sua trajetória com fatos, conquistas e um bom posicionamento.

Muitos brasileiros já têm o perfil — só não sabem que contar sua história do jeito certo pode levá-los ao Green Card. A D4U Immigration te ajuda a transformar sua trajetória em um case de sucesso com quem melhor entende de jornada internacional.

Por que o tempo não é seu maior ativo — e o que você pode fazer para usar isso a seu favor.

A verdadeira “medida” das nossas vidas não é quanto tempo vivemos, mas sim quanta energia investimos no tempo disponível que temos. Essa é a premissa dos autores Loehr e Schwartz.

Isso pode parecer óbvio — mas não é tanto assim...

Quer ver como não é óbvio? 👉️ Quantos livros de produtividade você já ouviu que falam sobre gestão do tempo e assumem que temos sempre o mesmo nível de energia?

Um dos principais pontos que Loehr e Schwartz trazem logo no início do livro é que a gente insiste em viver como se a vida fosse linear: sempre no mesmo ritmo, como se o jogo fosse manter a constância, a qualquer custo.

Só que o corpo — e a vida — não funcionam assim. Tudo ao nosso redor oscila: o sol nasce e se põe, as estações mudam, os pássaros migram…

E a gente, que se acha tão racional, esquece que nós mesmos também funcionamos em ciclos.

Nosso dia é feito de ritmos: circadianos (ao longo do dia) e ultradianos (em blocos de 90 a 120 minutos ao longo do dia).

No começo de cada ciclo, nosso corpo acelera. Frequência cardíaca, tensão muscular, concentração — tudo sobe. Depois de um tempo, isso tudo começa a cair.

Esse ciclo é normal.

A verdade é que a vida não é uma maratona (mesmo com aquela turma que usa a analogia da nossa carreira ser uma maratona, por conta de ser de longo prazo)…

E uma boa maneira de ilustrar isso é comparar o físico de maratonistas (parecem com esqueletos) com os de corredores (musculosos):

Eliud Kipchoge, maratonista campeão; e Noah Lyles, corredor 100m campeão.

A nossa vida deveria ser, na verdade, uma sequência de tiros curtos. É como se a gente deveria correr com tudo... Pra depois descansar com tudo.

👉️ Alta performance sem descanso é uma vaidade burra.

Frase provocadora, né? Também achei.

Mas olha só:

Se você quer crescer (e nós sabemos que, se você leu até aqui, você e mais centenas de milhares de pessoas também querem), você vai precisar de estresse. De sair da zona de conforto.

O corpo só cria mais força quando é forçado além do limite. A mente também.

A chave é essa: tensão + recuperação. Empurra o limite, depois recupera.

Essa é a primeira grande provocação que Loehr e Schwartz (e seus mais de 30 anos de estudos) trazem.

🎥 PS: se esse tipo de provocação sobre produtividade está fazendo sentido pra você, você precisa assistir esse vídeo de 1 minutos e 57 segundos.

Agora pensa comigo: o que a maioria de nós faz? Ou a gente vive no “modo vida mansa”, com medo do esforço, ou entra no “modo turbo” e esquece até de respirar, se bobear.

Descansar não é preguiça. É estratégia pra recuperar.

E aí entra outra boa provocação:

👉️ O problema das nossas vidas profissionais não é o estresse. É o estresse sem pausa.

Muita gente acha que burnout vem de trabalhar demais, mas não é bem assim…

O que quebra não é a intensidade — é a duração. Não é o quanto você se doa, mas sim o tempo que você fica sem se recompor.

Energia não é infinita. Ela não deve ser desperdiçada com medo de usá-la, nem torrada como se fosse eterna.

O jogo real é esse: você perde capacidade tanto pelo excesso quanto pela falta de uso. Se força demais, quebra. Se não força nunca, enfraquece.

E aí entra o que quase ninguém faz: equilibrar estresse com recuperação.

Estresse gera crescimento. Recuperação gera sustentação.

O que te leva mais longe não é evitar o esforço — é saber dosar. Entrar de cabeça quando for pra entrar. E saber parar quando for hora de se recompor.

É isso que diferencia quem performa alto de quem só sobrevive.

Alta performance requer saber gerenciar 4 tipos de energia.

1️⃣ Energia física: definida pela quantidade da nossa energia (alta/baixa).

👉️ Essa é a base de tudo. É tudo aquilo que você já ouviu: respiração, se alimentar bem, beber água, saúde do sono e exercícios físicos.

A maioria dos problemas modernos tem mais relação com uma gestão ruim da energia física do que com falta de disciplina ou foco.

2️⃣ Energia emocional: definida pela qualidade da nossa energia (positiva/negativa).

👉️ É como se as emoções fossem combustível limpo (alegria, desafio, conexão, entusiasmo etc.) vs. combustível sujo (raiva, frustração, medo, ansiedade).

O desenvolvimento emocional vem da nossa capacidade de navegar entre opostos (honestidade vs. compaixão; dureza vs. empatia; generosidade vs. autocuidado etc.), como se fosse um músculo que é treinado. As principais fontes de energia emocional são (1) atividades que te recarregam e (2) relacionamentos saudáveis.

3️⃣ Energia mental: definida pelo foco da nossa energia (genérico/específico e interno/externo).

👉️ As energias físicas e emocionais impactam diretamente a mental: é difícil demais, por exemplo, se concentrar quando estamos cansados fisicamente ou sentindo emoções negativas, certo?

Fortalecer a energia mental passa por assumir desafios cognitivos (resolver problemas difíceis, aprender algo novo, pensar estrategicamente etc.), preparação mental e criatividade.

4️⃣ Energia espiritual: definida pela força da nossa energia (nós mesmos/outros e também interna/externa).

👉️ Quando todas as outras fontes de energia falham, é a espiritual que segura a barra. Isso não tem a ver com religião (mas pode ter) — tem a ver com conexão com um propósito maior, com valores inegociáveis, com algo que transcende o próprio ego.

A energia espiritual se desenvolve mantendo seus princípios (principalmente quando é difícil), fazendo escolhas alinhadas ao que você realmente valoriza, e praticando compaixão, generosidade, integridade e verdade.

Por que entender sobre esses 4 tipos diferentes de energia é tão importante?

Porque essas 4 dimensões estão interligadas.

Quando uma desanda, as outras sentem e você pode até tentar compensar “no braço”, mas o sistema cobra a conta mais cedo ou mais tarde.

E o padrão que mais se repete você provavelmente já viu acontecer e/ou já vivenciou:

A maioria das pessoas vive subtreinada no físico e no espiritualsem cuidar do corpo, sem propósito claro — e sobrecarregada no emocional e no mentalansiosa, acelerada, exausta de tanto pensar e sentir.

PS: e olha que eu acho a palavra “propósito” um perigo de ser usada por conta do tanto de besteira que falam sobre o assunto por aí, mas aqui ela encaixa bem — e não, não estamos falando de “seu propósito de vida definido em uma frase” ou aquelas ideias de desenhar seu Ikigai…

O resultado de tudo isso é um corpo fraco sustentando uma mente sobrecarregada (ou, se preferir: uma alma desmotivada tentando justificar jornadas longas).

A saída não é fazer menos. É treinar certo.

Sim: energia se constrói com descanso.

O que então, podemos fazer com essas informações?

O the jobs é pra ser como um 1:1 — ou seja: te ajudar a se tornar melhor. Não estamos falando isso tudo pra criar uma sensação de "pqp, eu preciso melhorar em tudo” ou “nossa, minhas 4 energias estão todas zoadas”.

Você não vai sair aplicando tudo amanhã, virar um mestre do foco, da alimentação, da espiritualidade e da gestão emocional de uma vez só.

A não ser que você queira ir pro time dos Pablos da vida… Risos. Mas aí não é a nossa praia.

Essa newsletter não é pra ser um post de produtividade com 3 hacks genéricos... É sobre mudar algo relevante no seu dia.

E mudar de verdade não é linear, não é rápido e não é confortável.

O que estamos propondo aqui pra você é um processo — real, viável, e construído pra ser sustentável no mundo que você vive hoje.

Um processo que respeita as suas ambições, mas também o seu corpo e a sua mente.

E nós conseguimos te guiar em uma parte desse processo, trazendo todas essas informações, mas a principal conversa precisa ser “você com você mesmo”.

Agora, vamos para a parte prática dessa edição usando Inteligência Artificial?

Mas, antes disso, uma pausa rápida pras recomendações da semana:

Agora sim, vamos à parte prática usando IA:

A parte prática de hoje também envolve usar IA a favor da sua carreira, mas de um jeito um pouco diferente.

Nós vamos te entregar uma série de perguntas para refletir sobre cada uma das 4 energias. Você precisará respondê-las primeiro e, depois de respondê-las, usar os prompts de IA que vamos sugerir.

As perguntas e prompts são:

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