👋 Boas-vindas às novas 141 pessoas que se inscreveram no the jobs na última semana! Agora, somos 114.022 leitores na maior comunidade de futuros&novos líderes do Brasil.

OS PRINCIPAIS PONTOS SOBRE O QUE VAMOS CONVERSAR HOJE:

Fala, Jobs!

Você provavelmente já cansou de ouvir a frase de que “inteligência artificial vai substituir muitos trabalhos nos próximos anos”, certo?

Ou aquela outra que diz que “IA não vai te substituir, mas uma pessoa que sabe usar IA vai”.

Nós precisamos ir muito além dessas frases e essa foi a minha missão na última semana. Pesquisei muito, puxei algumas conversas com gente boa e, assim, chegamos ao tema dessa edição.

Entre as conversas que tive, uma foi com um grande amigo que está fazendo um mestrado em Stanford, uma das principais universidades do mundo. Durante esse programa, ele vai morar por 1 ano no Vale do Silício e aprender diretamente de algumas das mentes mais brilhantes do mundo (sem contar que também vai passar o dia todo ao lado de gente brilhante, como ele também é).

Falamos sobre muitas coisas, mas uma das principais foi sobre como a inteligência artificial vai mudar o mundo corporativo e profissional como um todo. Existem muitas referências que você já deve ter visto sobre isso, mas algumas me deixaram mais alarmado.

A primeira dessas referências diz que 23% das pessoas que se formaram no último ano do MBA de Harvard estão desempregadas. Esse número era de 10% em 2022 (deixei todas as fontes ao final dessa news, na seção de indicações, pra não interromper a leitura).

Existem, obviamente, outros motivos responsáveis por isso, mas não é coincidência o fato de que de 2022 pra frente a adoção de IA cresceu exponencialmente. Deixei também na seção de indicações dessa newsletter um texto de um jornalista do The Atlantic com uma bela análise sobre o tema, no qual, em resumo, ele conta que achava que IA não era o principal responsável e mudou de ideia.

A segunda referência é, na verdade, essa frase que ele me falou:

A gente costuma achar que “o futuro” é algo que está por vir, mas deixamos de reparar como ele já está presente no dia a dia. A IA já está presente em muito do que fazemos hoje e a tendência (dá pra chamar de tendência quando já é uma certeza?) é que isso só aumentará.

A verdade é que “ninguém sabe exatamente pra onde a IA está indo”. Tive a oportunidade de ouvir essa frase de um dos principais investidores brasileiros, quando pedi pitacos e feedbacks pra ele sobre a empresa que eu estou construindo. Ele completou a frase dizendo que “só sabemos que a IA vai estar presente em quase tudo, como se fosse um Excel”.

Olha só essa analogia: quando a eletricidade surgiu, era um luxo. Era curioso, opcional pra muita gente. Só que com o passar do tempo, passou a integrar literalmente cidades inteiras, casas, indústrias, produtos. A eletricidade deixou de ser uma ferramenta e se tornou a fundação, a base de muita coisa.

A IA já está seguindo a mesma trajetória. O que é novo ou opcional hoje muito provavelmente estará embutido em praticamente tudo daqui pra frente.

Quem entender isso, quem começar a se preparar agora, não vai somente sobreviver essa transição, mas vai ajudar a moldar a transição, liderando pelo exemplo. Em outras palavras: quem está se aprofundando em como integrar IA no seu dia a dia, com cabeça de experimentação e sem algumas certezas, vai deixar muita gente pra trás.

E é aqui entra o porquê de essa edição do the jobs ser tão importante:

Muita gente ainda tá perdida. Olha esse dado: de acordo com as pesquisas que fazemos aqui no the jobs com 113.000 leitores, 91% dos profissionais sentem que precisam aprofundar seu conhecimento e IA e apenas 3,5% acredita que sabe o caminho pra fazer isso.

O ponto é que muita gente ainda tá perdida, não porque não querem aprender, mas porque estão sufocadas pelo excesso de informação e falta de clareza.

Eu tô de saco cheio de receber anúncio de empresas falando que eu posso assinar 15 ferramentas de IA pelo preço de uma. Você também?

(Inclusive, o texto da próxima semana da minha outra newsletter deve ser sobre isso).

E, por algum motivo, o mercado parece não ter acordado pra isso, porque todo mundo está te relembrando que você pode ser substituído por IA, mas praticamente ninguém está efetivamente ajudando a como usar IA melhor.

O resultado disso é que daqui pra frente, vamos ver um abismo surgir entre (1) profissionais que sabem usar IA pra amplificar suas forças e (2) profissionais que ou ignoram ou usam IA de um jeito muito superficial, pensando nela como um atalho e não como copiloto de carreira.

É exatamente por isso que nós decidimos não só escrever essa edição, como também construir uma trilha de como usar melhor IA aplicada à carreira.

PS: esse daqui é o resultado de uma das 4 votações que fizemos. Todas foram esmagadoras como essa:

Mas o ponto é que nós queremos a sua ajuda pra dizer como essa trilha pode ser ainda melhor.

Preparamos essas perguntas de 2 minutos nesse questionário rápido aqui ou no botão abaixo. A parte mais importante pra você saber é: quem responder o formulário vai ter acesso a uma condição especial que nunca mais será feita — pode printar.

Em breve, trago mais novidades por aqui. Sem spoilers, por enquanto (só os do formulário acima, risos).

Agora, vamos aprofundar na big idea de hoje.

O verdadeiro risco da Inteligência Artificial pra sua carreira (e como mitigar ele).

Talvez você já tenha chegado à real conclusão com a introdução que trouxemos, mas agora vamos deixar bem explícito aqui: o verdadeiro risco da Inteligência Artificial pra sua carreira não é uma nova ferramenta, um novo app ou uma atualização da OpenAI. O verdadeiro risco é você se acomodar

O futuro do trabalho não é IA versus humanos. É humanos que saber usar IA versus humanos que não sabem usar IA. Essa é a divisão que já está rolando. Esse é o abismo que já citamos que está surgindo e só vai crescer.

O maior risco que a Inteligência Artificial traz hoje não é tecnológico. O risco é comportamental, pelo menos por enquanto, com a IA ainda em seus “primeiros passos”.

É só olhar pro lado que você com certeza vai ver dois perfis. Duas pessoas, muitas vezes na mesma posição e mesmo cargo, mas completamente diferentes.

✅ Uma delas usa a IA com calma. Ela testa, erra, aprende, testa de novo. Ela busca referências, faz perguntas provocadoras e não trata a IA como pastelaria (faz um pedido e pronto).

❌ A outra pessoa copia e cola prompts no GPT esperando pro resultado ser um “nota 7” e passar despercebido na entrega. Talvez ela peça pro GPT escrever com um tom diferente ou algo assim.

O que cria o abismo entre profissionais potencializados por IA dos profissionais que podem ser substituídos por IA não é a IA, mas sim sua postura com relação a ela.

Se hoje eu pudesse colocar uma frase em um outdoor, seria essa daqui:

Você provavelmente sabe o que é essa complacência. Vira e mexe ela aparece nas nossas carreiras. Aquele pensamento de que tá tudo bem ficar na mesma função, mesmo sem aprender nada novo. Ou de continuar na mesma empresa onde não tem tanta oportunidade de crescimento. Ou de continuar repetindo os desafios diários do seu trabalho, porque mudar seria muito desconfortável.

Ou, no exemplo do tema de hoje, não começar a usar IA agora, mesmo sem ter clareza de como ela pode ser usada.

Eu encontrei um tweet muito legal falando sobre isso. São pessoas contando sobre os “erros mais caros que cometeram em suas carreiras”. A grande maioria deles é sobre não ter feito algo, não ter tomado ação. Ou seja: falta de movimento.

E se eu pudesse adicionar algo aqui (e eu apostaria alto nisso) é que um dos maiores arrependimentos futuros vai ter sido não ter começado a usar IA antes e aprender conforme as coisas iam surgindo. Você também consegue ver isso acontecendo?

Nós estamos em um momento único no qual uma tecnologia que vai permear tudo daqui pra frente está só no seu início, se desenvolvendo.

Enfim, não quero parecer alarmista, sensacionalista ou pessimista. Quero só reforçar uma oportunidade que dificilmente aparecerá novamente nas nossas vidas.

Até aqui, ok. Acredito que agora sim estamos todos na mesma página.

Agora, nós vamos aprofundar em como uma empresa bilionária com mais de 3 milhões de clientes pode te ajudar a entender como usar mais IA no seu dia a dia. Isso vai te trazer clareza para entender seu estágio.

Em resumo: esse vai ser um bom exercício de autoconhecimento com uma ótima referência.

Mas antes, um recado dos nossos parceiros da Adyen:

APRESENTADO POR ADYEN

Esse pode ser o seu próximo post no LinkedIn

Porque, se tem algo que a gente ama, é compartilhar conquistas no feed — ainda mais quando a oportunidade envolve colaboração global, aprendizado e espaço pra crescer.

E quem não gostaria de trabalhar em um lugar que vencer é mais importante que o ego e trabalhar como um só time através de culturas e fusos horários? Na prática, isso significa priorizar a colaboração, aprender uns com os outros e equilibrar grandes desafios com bem-estar.

As oportunidades são para profissionais sêniores com pelo menos 5 anos de experiência de mercado, vivência em fintechs ou techs e inglês avançado (de verdade, ein? Não dá pra mentir no currículo).

A Adyen também incentiva candidaturas de mulheres, pessoas LGBTQIAP+ e de grupos racialmente diversos. Achou sua cara? Clique aqui.

VOLTANDO À BIG IDEA:

Agora, eu quero te mostrar exatamente como uma empresa está tratando a IA como prioridade e não está esperando “a tendência virar realidade”.

A Zapier é uma empresa americana que foi avaliada em 5 bilhões de dólares em 2021 (só aumentou de lá pra cá, mas essa é a última marcação pública). Hoje, eles têm mais de 700 funcionários no mundo todo.

Recentemente, eles anunciaram algo que me fez repensar a forma como eu, você e os outros 113 mil leitores do the jobs estamos nos preparando para esse futuro: todo novo colaborador, a partir de agora, precisa ter fluência em IA.

Mas Digo, what the f*ck is “fluência em IA”?

O ponto aqui não é saber usar essas 15 ferramentas ou ser um engenheiro de prompt. O que eles chamam de fluência em IA é algo mais profundo. Envolve 3 pilares:

• Curiosidade: gente que experimenta, que tem disposição pra testar e aprender.

• Mentalidade estratégica: entender como a IA pode amplificar o próprio trabalho.

• Mão na massa: já ter usado, mesmo que pouco, e saber aplicar no dia a dia.

Pra tornar isso real, eles mudaram todo o processo de contratação. Entrevistas, exercícios práticos, até os testes técnicos — tudo agora avalia como o candidato lida com IA, independente da área em que ele vai trabalhar. E não para por aí: até o onboarding foi redesenhado. Cada novo funcionário aprende a construir fluxos de automação e usar IA na prática desde o primeiro dia.

E a principal referência é que eles ainda criaram uma régua de 4 estágios de fluência em IA:

1️⃣ Unacceptable: resiste a usar IA e duvida do seu valor.

2️⃣ Capable: usa ferramentas básicas, mas sem profundidade (menos de 3 meses de experiência).

3️⃣ Adoptive: integra IA no fluxo pessoal, ajusta prompts, automatiza processos.

4️⃣ Transformative: não vê IA apenas como ferramenta, mas como forma de repensar estratégias e criar valor que seria impossível há poucos anos.

Essa tabela aqui mostra como que cada um dos 4 estágios é dentro de cargos como engenharia, produto, suporte, pessoas/RH e marketing.

PS: eu poderia traduzir essa tabela, mas preferi pegar direto do site deles pra deixar aqui pra você e, com isso, te incentivar a colocar na sua ferramenta de IA, com seu contexto, e perguntar como isso se aplica ao seu trabalho.

_{E sim, isso é um exemplo de como a gente tenta fazer o the jobs ser a newsletter mais prática e útil do mundo pra sua carreira.}

Pergunta sincera: em qual desses níveis você se colocaria hoje? Faça esse exercício que citamos ali em cima… Converse com a IA com base nisso, faça mais perguntas. Não espere resposta pronta.

Esse exemplo da Zapier é poderoso porque mostra uma coisa clara: não dá mais pra esperar sua empresa criar um programa de treinamento ou exigir isso de você.

As empresas que estão na frente já entenderam que IA não é opcional. Esquece a ideia de ser “IA-friendly”. Ou você vira “IA-first” ou corre a chance bem alta de ficar pra trás.

Nossa provocação hoje é que você pode adotar essa mentalidade literalmente agora. Você não precisa de permissão, nem de cargo, nem de título.

Essa é a nossa aposta pro que vai ser o futuro do trabalho, pelo menos para o próximo ano.

E, como já falamos, esse futuro já chegou — só não está distribuído igualmente.

Pra facilitar ainda mais a sua vida, criamos 2 prompts que vão te ajudar a criar ainda mais clareza sobre tudo isso que estamos falando.

Mas, antes disso, vamos para a seção de indicações da semana:

• 📚️ Essas são as referências que usamos pro texto de hoje: formandos do MBA de Harvard em apuros; Tech CEOs falando que não vão contratar gente que não sabe usar IA; e as referências da Zapier.

• 👀 O que dá pra aprender com os vídeos dos demitidos e dos gordos no formato “1 fodão versus 30 despreparados”? Esse daqui é um texto rápido e bem legal sobre senso crítico.

• 💎 Não se esqueça da condição especial que você pode ter acesso ao responder esse Form rápido aqui.

• 😆 Kkkkkkkk a turma não perdoa. Ri alto.

• 🎵 Só no the jobs você recebe indicações de músicas como essa. Um country americano misturado com um pouco de rock calmo. Bom demais.

• 🎶 Essa daqui vai para os fãs de rap e hiphop. Eu pagaria muito por um álbum inteiro disso.

• 🎥 Você já viu o primeiro episódio da construção da nossa empresa? Daqui pra frente, vamos começar a mostrar nossos bastidores.

Agora sim, vamos aos prompts da edição de hoje:

Esases são dois prompts que vão te trazer uma clareza muito maior sobre como usar IA no seu dia a dia.

1️⃣ Analisando o que já rolou.

Você vai entrar em vários dos seus chats antigos que já falou sobre trabalho e vai escrever o seguinte:

2️⃣ Seu job description.

Pegue seu job description com seu chefe ou com o RH, procure em um site de vagas, tanto faz. Pegue essa informação e coloque no GPT com esse prompt aqui:

Ufa, chegamos ao final!

Se você acha que ainda podemos melhorar, por favor, não hesite em mandar o feedback!

Nos encontramos na semana que vem — e espero que você consiga traduzir essa edição para o seu dia a dia.

Se eu puder ajudar com algo, não hesite em me mandar uma DM e dizer que veio do the jobs.

🆘 Ou, se for algo mais técnico, clique aqui pra falar com o nosso suporte. Eles resolvem rapidinho.

Um abraço e let’s f*cking go,

Digo Lemos.

powered by