👋 Boas-vindas às novas 122 pessoas que se inscreveram no the jobs na última semana, a newsletter para os profissionais mais preparados (e disputados) dessa geração. Agora, somos 115.298 leitores criando a maior comunidade de carreira do Brasil.

OS PRINCIPAIS PONTOS SOBRE O QUE VAMOS CONVERSAR HOJE:

👉 High agency: a habilidade que é mais importante que qualquer soft skill pra sua carreira.

👉 Existem ou não profissionais insubstituíveis?

👉 Como desenvolver high agency na prática (e exemplos reais do dia a dia).

🦾 CHEGOU A SEMANA! Você ainda consegue reservar sua vaga na aula ao vivo com o CEO do Rock in Rio nessa quinta-feira, às 19h30, e aprender com um dos maiores executivos do país sobre onde e como aplicar IA na sua carreira. Clique aqui pra se inscrever.

👋 Fala, Jobs!

Você acredita que existem profissionais insubstituíveis?

Eu vou deixar a minha resposta no primeiro parágrafo da big idea (porque vai conectar direto com a reflexão de hoje). Já adianto que é um sim e, ao mesmo tempo, um não.

Mas, antes disso, quero te fazer uma pergunta que vai ficar na sua cabeça por um bom tempo:

Se você acordasse um dia e estivesse em uma prisão dessas da foto abaixo em um país de 3º mundo, somente com um telefone em mãos (com sinal de celular, mas sem internet) e a pessoa que te prendeu deixasse você fazer apenas uma ligação, pra quem você ligaria?

Você acordou aqui e tem um telefone em mãos. E agora?

Essa pessoa que você escolheu tem uma característica que é difícil colocar em uma palavra.

Em inglês, chamam essa habilidade de high agency.

Em português, é difícil chegar em uma palavra. Talvez seja melhor descrever essa pessoa: é uma pessoa que faz acontecer. Ela não inventa justificativas e simplesmente resolve as coisas. Ela vai atrás das respostas e do que não sabe. Essa pessoa se vira.

Habilidades técnicas são muito importantes pra sua carreira. Soft skills (habilidades comportamentais) são ainda mais importantes pra sua carreira no longo prazo… Mas high agency é definitivamente a habilidade mais importante que qualquer profissional pode desenvolver. Ilustrando:

🍫 Curiosidade: esse termo foi popularizado 9 anos atrás em um podcast do Tim Ferriss por um cara chamado Eric Weinstein (o diretor da Thiel Capital) e definido como “a habilidade de constantemente estar buscando o que é possível de ser feito, se virando com o que precisar pra isso”. Coloquei a referência do podcast na seção de referências no final da news.

É por conta dessa habilidade, por exemplo, que pessoas sem nenhuma formação conseguem alcançar vôos muito mais altos que pessoas com formações incríveis (obviamente, a média não se aplica a essa regra).

Também é por conta dessa habilidade que muita gente defende que existem sim profissionais que são insubstituíveis.

Esse é o tema de hoje (e essa é uma daquelas edições que você vai querer compartilhar com a turma do trabalho e amigos — ou, se você for líder, com sua equipe).

Já encaminha o email pra turma e vamos juntos mergulhar no tema de hoje.

ESSA É A ÚLTIMA CHAMADA.

Você já confia no the news pra filtrar as principais notícias do mundo e no the jobs pra filtrar os principais assuntos sobre carreira. Agora, filtramos tudo que você precisa pra saber onde/como usar IA no seu trabalho (e ainda vamos fazer uma masterclass com o o CEO do Rock in Rio - que também já foi CEO da Osklen - pra te mostrar como ele está implementando IA no dia a dia da sua empresa).

Já é nessa quinta-feira, às 19h30, mas ainda dá tempo pra reservar sua vaga nesse botão abaixo:

O link da aula ao vivo no Zoom vai ser encaminhado no WhatsApp que você se cadastra pelo botão acima.

Esse foi um convite rápido antes de mergulharmos, juntos, na big idea de hoje… Mas antes, um recado dos patrocinadores dessa edição (tem vaga aberta!):

APRESENTADO POR ADYEN

O que faz alguém gostar do lugar onde trabalha?

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Se você perguntasse a dez profissionais o que realmente os faz ficar numa empresa, ouviria respostas diferentes: uns diriam “propósito”, outros “crescimento”. Mas o que a maioria busca e, raramente encontra, é tudo isso em um lugar só.

E é esse tipo de ambiente que empresas globais como a Adyen constroem.

Nesse vídeo, o Wallace, da Adyen, conta como essa cultura transformou sua carreira. Ele começou em 2018 no time de Risk and Fraud e, alguns anos depois, migrou para Enterprise Sales. Hoje, usa a bagagem técnica e estratégica que acumulou pra ajudar grandes empresas a crescer.

E se você tem inglês avançado, experiência em fintechs ou no setor financeiro e vontade de expandir fronteiras, seu “lugar ideal” para trabalhar pode ser a Adyen.

Como fazer seu chefe brigar por você (ou: torne-se o profissional insubstituível).

E aí, existem ou não profissionais insubstituíveis?

Por um lado, eu não acredito que exista um profissional insubstituível, no sentido dessa palavra ao pé da letra, mas acredito que existem profissionais que líderes definitivamente não querem perder.

Se você parar pra pensar, até Steve Jobs foi substituído pelo Tim Cook. Talvez os entusiasmados por design e produtos discordem disso, mas a turma do financeiro defenderia Cook, que já lidera a Apple há mais tempo que Jobs liderou em toda a sua vida, e levou a Apple ao valor de mercado de 4 trilhões (!!!) de dólares.

Por outro lado, se você considerar todo o atrito e fricção de encontrar novas pessoas, dos processos de contratação e perfis diferentes de pessoas, eu acredito que existem sim profissionais insubstituíveis.

Chame como quiser: “insubstituível“ ou “o profissional que ninguém quer perder”. O que importa não é a descrição e sim o que esses profissionais têm em comum: high agency, como falamos no início da news de hoje.

Mas você já sabe: o the jobs tem a missão de ser a melhor newsletter do mundo pra sua carreira. Feliz ou infelizmente, isso nos força a trazer algumas provocações doloridas (de acordo com alguns feedbacks de vocês, às vezes é um belo tapa na cara, risos). Aqui vai a primeira provocação de hoje:

Você provavelmente já pensou pra quem você ligaria se estivesse naquela cela de uma prisão num país de 3º mundo… Mas o que você talvez não tenha pensado ainda (mas deveria) é: quem te ligaria?

É isso aí. Quem te ligaria?

Porque se você não é essa pessoa, o natural é que você não seja priorizado/a nos próximos momentos de avaliação de performance e promoções.

Nós vivemos numa época em que a passividade se sofisticou e virou argumento. A inércia tá disfarçada em algumas frases como:

  • “Não está no meu escopo/não é minha responsabilidade”;

  • “Mas eu preciso de aprovação antes de seguir”;

  • “Ninguém me dá oportunidades na empresa”;

  • “Não tenho experiência nisso”…

Muitos profissionais vivem num lugar onde as portas estão abertas, mas esqueceram que podem empurrá-las.

A Inteligência Artificial só vai amplificar o abismo entre os profissionais que têm high agency e os que não têm.

A IA vai sim subtituir alguns profissionais. Eu aposto que os primeiros serão aqueles que esperam ordens, que precisam de um script detalhado pra fazer as coisas, que perguntam coisas que alguns minutos na internet responderiam e por aí vai.

Quem vai se dar bem é quem tem high agency e vai tentar descobrir onde usar IA pra executar mais rápido. Enquanto os profissionais low agency esperam aprovação ou falam que não têm experiência, os profissionaias high agency já testaram 5 abordagens diferentes, falharam em 4, mas estão avançando com aquela 1 que deu certo.

A diferença não é técnica. Não é sobre quem domina mais ferramentas. É sobre postura!

Sam Altman (fundador da Open AI e provavelmente um dos caras mais high agency que você pode pensar hoje) tem uma frase legal sobre isso: “Você pode dobrar o mundo à sua vontade numa porcentagem surpreendente das vezes, mas a maioria das pessoas nem tenta e simplesmente aceita as coisas do jeito que são”.

Esse é o nosso último lembrete pra você: se você quiser ter uma aula ao vivo nessa 5ª-feira com o CEO do Rock in Rio (um dos CEOs mais high agency do Brasil, que está liderando a implementação de IA na sua empresa), é só se cadastrar nesse botão abaixo:

Estamos nas últimas vagas e a aula não será gravada. Nos encontramos na 5ª-feira às 19h30. O link do Zoom pra aula estará no grupo do WhatsApp no botão acima. 😉

Exemplos reais de como você pode ser high agency na sua carreira.

Dezenas de milhares de leitores do the jobs já responderam pesquisas e formulários que criamos ao longo dos últimos 2 anos.

Usei o NotebookLM (uma IA do Google muito boa pra análise de dados) pra puxar as principais reclamações sobre carreira e elas envolvem 3 principais reclamações: (1) não receber feedbacks do líder; (2) não ter oportunidades pra crescer; (3) depender do timing de outras pessoas pra trabalhar melhor.

Vamos entrar no detalhe delas:

1⃣ Seu líder não te dá bons feedbacks?

Você pode ficar esperando ele lembrar ou pode agendar um papo rápido (ou tentar encaixar um almoço, um café). Manda uma pauta com 3-4 pontos específicos que quer discutir. Por exemplo: “Quero entender como você avalia minha comunicação com as outras áreas com quem interagimos” ou “Quero sua ajuda pra entender se estou priorizando bem os projetos”.

Chances baixíssimas de um gestor recusar e “sabonetar” uma conversa dessa. O problema não é que ele não quer te dar feedbacks, mas sim que ele tem umas 47 coisas na cabeça e você precisa se fazer a prioridade na cabeça dele (porque você dificilmente é a prioridade na cabeça dele, e isso é normal).

2⃣ Você quer crescer, mas sente que não tem oportunidades?

Primeiro, você precisa definir o que significa crescer. Você quer liderar projetos cross-funcionais? Você quer desenvolver expertise em análise de dados pra liderar a equipe? Compartilhe essas metas com seu gestor, veja se ele concorda com elas e trabalhe junto com ele pra encontrar caminhos: quais projetos você pode se envolver? Que lacunas o time tem que você poderia preencher?

Se seu líder disser que você não está pronto (classic move), você pede por algo mais específico. Pergunte: “O que especificamente preciso desenvolver? Como você vai saber que estou pronto? Que oportunidades menores, então, posso buscar pra demonstrar isso?“

O mesmo vale se você quer ser promovido: não espere seu líder lembrar de te indicar no próximo ciclo de promoções. Você precisa descobrir o que é necessário pra essa próxima posição e pode conversar com quem já está lá, pode ler os frameworks da empresa, pode entender os critérios… E aí você identifica os gaps de onde está e onde quer estar.

Quer ir além? Colete evidências desses gaps sendo reduzidos ao longo do ano: projetos entregues, impacto gerado, feedbacks da turma envolvida. Crie um documento compilando isso, mostre que está entregando resultado em vez de esperar os outros perceberem.

Quase ninguém faz isso…

3⃣ Você tem um projeto travado esperando alguma aprovação?

Define um prazo pro feedback. “Turma, preciso do input de vocês sobre X até sexta. Se não chegar nada, vou assumir que tá ok e sigo com a abordagem Y, ok?

Você não é inconsequente e dá espaço pra objeções, mas também não fica refém da inércia alheia (é óbvio que nem sempre dá pra fazer isso, dependendo da hierarquia das pessoas envolvidas, mas acho que deu pra entender o que significa high agency aqui).

4⃣ Não espere seu líder te dizer o que fazer.

Se você só começa a trabalhar quando alguém te delega uma tarefa, você tá pedindo pra ser microgerenciado. Sorry dizer assim.

Perguntar "o que eu faço agora?" é só um pouco melhor… É tipo nota 5,5/10. Você tá sinalizando que quer trabalhar, mas ainda tá jogando toda a responsabilidade de pensar no colo do seu gestor. O ideal é inverter isso:

Em vez de perguntar o que fazer, diz o que você pretende fazer e dá pro seu gestor a chance de opinar. Por exemplo: "Vou começar a trabalhar em X dessa forma. O que você acha?" (melhor ainda é você já começar a executar enquanto espera a resposta, porque dependendo de quão ocupado o líder estiver, pode nem vir — vida real).

Dessa forma, você remove seu gestor como gargalo, mas ainda deixa espaço pra ele pesar na decisão se quiser. Ele vira um consultor, não o cara que faz tudo acontecer.

5⃣ Nunca pare nos primeiros bloqueios.

Esse é o sintoma clássico de low agency. Apareceu um obstáculo? Pronto, desculpa perfeita pra parar: "não posso seguir até fulano me responder" ou "não consigo avançar enquanto o outro time não entregar aquilo".

É natural querer jogar a responsabilidade pra frente quando algo trava, mas esses momentos são as melhores oportunidades pra praticar a high agency, até porque, na real, a maioria das coisas que você chama de "bloqueio" não é bloqueio. É vida real, é o plano A que não funcionou.

Você só tá realmente bloqueado quando esgotou todas as opções disponíveis. Até lá, você tem trabalho a fazer, pode confiar.

O que tudo isso significa, então?

Significa que cada vez mais haverá espaço pra profissionais high agency.

Lembra daquela pergunta da cadeia que te fiz no início da news?

Se você ainda não é aquela pessoa pra ninguém, você tem trabalho a fazer (ou, sinceramente, você provavelmente estaria aproveitando seu tempo melhor não lendo o the jobs, porque escrevemos para profissionais ambiciosos que realmente querem construir sua carreira).

High agency não é sobre ser o mais inteligente nem sobre ter mais recursos. É sobre decidir que você vai fazer acontecer (ou pelo menos tentar muito), mesmo quando não sabe exatamente como.

Quanto mais você pratica, mais natural fica, porque uma vitória leva à outra e você começa a perceber que pode mudar coisas que achava que estavam fora do seu controle (e que pode resolver problemas sem esperar alguém te dar permissão).

Em algum momento, isso vira parte de quem você é — e aí você passa a operar numa velocidade que a maioria das pessoas nem imagina ser possível.

A pergunta que eu quero deixar aqui não é só se você tem high agency hoje, mas se você pretende continuar desenvolvendo isso antes que seja tarde demais.

Boa, chegamos ao final de mais um 1:1!

Se você acha que ainda podemos melhorar, por favor, não hesite em mandar o feedback!

O que você achou dessa edição?

(escreva sua opinião depois de escolher uma opção)

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Nos encontramos na semana que vem — e espero que você consiga traduzir essa edição para o seu dia a dia.

Se eu puder ajudar com algo, não hesite em me mandar uma DM e dizer que veio do the jobs.

🆘 Ou, se for algo mais técnico, clique aqui pra falar com o nosso suporte. Eles resolvem rapidinho.

Um abraço e let’s f*cking go,

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