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👋 Fala, Jobs!
Estamos oficialmente no final do ano. 2025 tá acabando e você provavelmente ainda tá numa baita correria (eu também estou)… A edição de hoje é um recado de amigo pra você não deixar a correria te atrapalhar pra fazer uma revisão do seu 2025.
Eu costumo dizer que “correria é coisa boa”, porque quando a gente tem muita coisa pra fazer, isso geralmente significa que também tem muita oportunidade pra gente se destacar (ou pode ser um indicativo de que você tá vacilando também, risos).
Mas uma coisa é correria consciente, a outra é passar 12 meses no modo reativo, respondendo, executando, apagando incêndio… Só acumulando experiências, sem transformar essas experiências em aprendizado.
Essa é a cag@da.
É que nem dirigir a 100km/h olhando só pro velocímetro e nunca pro GPS.

Alcançar um objetivo assim é quase que aleatório… E a gente não quer isso.
E tem uma coisa que eu repito todo ano e que provavelmente vou repetir sempre — e que é provavelmente uma das ações mais importantes que um profissional pode fazer: uma simples revisão anual.
Todo mundo faz planos no começo do ano… Mas quase ninguém faz uma revisão no final do ano.
É nessa época que você entende os padrões de 2025 pra entrar em 2026 mais experiente.
Eu estruturei essa série em 3 etapas, que serão enviadas em newsletters diferentes. Essa daqui é a primeira. Mandamos a próxima na semana que vem pra você ter tempo de fazer sua reflexão com calma — porque ela é simples, mas demanda tempo.
1️⃣ Olhar pra trás: fazer seu diagnóstico do ano e entender o que aconteceu, de verdade.
2️⃣ Olhar pra dentro: entender sua transformação e quem você virou (ou qual identidade reforçou).
3️⃣ Olhar pra frente: tomar decisões estratégicas e o que você decide construir daqui pra frente.
Vamos nessa?

17 perguntas pra você fazer um bom diagnóstico de 2025 no seu trabalho.

Em cada pergunta a seguir, você terá uma explicação do por que ela é relevante e o que levar em consideração ao respondê-la.
Nós também vamos criar um guia pra te mostrar como usar IA pra potencializar essa reflexão… Mas se você não ficou pra trás e perdeu tudo que já falamos de IA, você já sabe que precisamos “pensar primeiro e usar IA depois”.
Lembre-se que você está primeiro identificando, não resolvendo. Vai com calma. Algumas dessas perguntas vão doer e faz parte — você não precisa ter a resposta pra tudo agora.
Vamos trazer algumas sugestões de como resolver nas próximas edições. 😉
Minha sugestão: leia esse email agora, passe o olho nas perguntas, deixe uma ou outra se instalar na sua cabeça ou te incomodar, risos. Depois, separe uma hora na sua agenda semanal e abra novamente esse email — agora pra valer.
👉 Se for do seu interesse, vou compartilhar algumas das minhas respostas na minha newsletter pessoal. Pra ler, é só acessar aqui.
1. Quais foram os 3 maiores resultados que entreguei este ano?
Quando você responder essa pergunta, tente ser brutalmente específico. Não vale “melhorei meu relacionamento com a equipe”. Isso é uma intenção, não um resultado. Resultado é algo que você pode apontar, medir e dizer: “Foi isso que aconteceu porque eu fiz X”.
Escreva o resultado de forma explícita e depois detalhe o que, na sua ação, realmente influenciou esse resultado: qual foi o comportamento, a decisão, a conversa, o risco assumido.
Essa reflexão serve pra separar esforço de impacto. Muita gente trabalhou muito, mas não necessariamente gerou 3 resultados que mudaram algo. Ao identificar esses 3 pontos com clareza (pelo menos), você está reconhecendo o que funciona, os seus padrões de acerto, e abrindo caminho para repetir (ou até multiplicar) isso no ano que vem.
E se travar, pergunte-se: “Se eu fosse apresentar meu ano para alguém que não me conhece, o que eu colocaria no slide 1?”
2. O que energizou e o que drenou minha energia de forma consistente?
Aqui, “energizar” não é estar animado. É quando você está tão imerso em algo que perde a noção do tempo — você entra num estado de fluxo, sente clareza mental, curiosidade, velocidade.
Já o que drena energia não é o que é difícil, e sim o que é pesado: aquilo que te faz empurrar o tempo, te deixa irritado mais rápido, cansa antes de começar, ou te faz procrastinar mesmo quando você sabe que é importante.
Esse tipo de padrão não mente. Se algo te drena de forma consistente, tem uma causa: pode ser desalinhamento de papel, excesso de controle, medo de errar, tarefas que não mais pertencem ao seu nível (ou simplesmente um ambiente que ficou pequeno demais).
E quando algo te energiza, isso revela onde pode estar o seu próximo salto. Se você reparar, as coisas que te energizam apontam diretamente para suas forças naturais, talentos subutilizados ou áreas onde você cria impacto sem esforço.
Importante: observe nessa pergunta não o que você gostaria que energizasse, mas o que energizou de fato. O corpo não mente.
3. Qual recurso, habilidade ou conexão eu conquistei este ano que não tinha em janeiro/25?
Você cresce muito mais do que percebe no dia a dia e, normalmente, as habilidades que mais importam são as que não foram planejadas: uma resiliência que você descobriu sem querer, uma habilidade de comunicação que surgiu por necessidade, uma conexão que abriu portas inesperadas.
Liste o que você ganhou e depois reflita onde isso pode te levar. Habilidade sem aplicação morre. Essa pergunta serve para evitar que seu crescimento fique “invisível”.
E aqui vai uma provocação: “Que parte minha precisou mudar para que essa habilidade surgisse?” Às vezes, o maior aprendizado não está no que você ganhou, mas no que você teve que abandonar pra ganhar.
4. Qual foi o desafio que mais me fez crescer, mesmo que na hora tenha parecido horrível?
Todo ano tem uma situação que você preferia não ter vivido, mas que, olhando agora, você percebe que te moldou.
A pergunta aqui não é sobre drama, e sim sobre evolução: O que esse desafio te obrigou a aprender? Qual crença ele te fez reavaliar? Como ele alterou sua forma de tomar decisões? Descreva o desafio e depois descreva o que aconteceu com você por causa dele.
E uma dica importante: muitas vezes, esse desafio revela um dos seus principais gargalos emocionais. Identificá-lo agora faz com que você não repita o mesmo padrão no ano que vem (ou, pelo menos, com que você lide melhor com ele).
5. Que contribuição minha teve impacto desproporcional (muito resultado por pouco esforço)?
Quase todo mundo tem um momento no ano em que fez algo simples, talvez até rápido, e que gerou um impacto enorme. Isso é ouro. Isso revela onde você é naturalmente forte, onde você tem alavancagem pessoal.
Olhe para essas contribuições e pergunte: “O que exatamente eu fiz que gerou esse efeito?” Às vezes foi clareza na hora certa, outras vezes foi coragem ou até foi enxergar o óbvio que ninguém queria ver.
Descobrir isso é entender seu ponto de maior potência como profissional. Você não quer apenas repetir esses momentos… Você quer criar as condições pra que aconteçam mais vezes.
6. O que eu fiz este ano que teve muito trabalho e pouco resultado?
Essa pergunta dói, porque normalmente envolve ações que você achava importantes, mas que no fundo eram desperdício. Tarefas que você empurrou por hábito. Projetos que você manteve por teimosia. Relatórios, reuniões, controles, validações ou rituais que apenas mantêm seu calendário cheio, mas não criam valor.
Ao responder, tente sair do julgamento moral. O objetivo não é culpabilizar, mas aprender a “não pagar o preço de novo”.
Pergunte-se: “Por que continuei investindo nisso? Medo? Ego? Falta de clareza? Falta de coragem para largar?”
👉 A causa é sempre mais valiosa que a lista em si.
7. Quem eu impactei profundamente este ano — e o que, exatamente, eu fiz para gerar esse impacto?
Aqui, a qualidade importa mais do que a quantidade. Impacto profundo é quando alguém muda algo importante por causa de você: uma decisão que tomou, um comportamento que ajustou, uma confiança que ganhou.
Pense nas pessoas que saíram diferentes depois de uma conversa, de um gesto, de uma intervenção sua e detalhe o que você fez. Não generalize, tipo “eu ajudei a pessoa X.” Ajuda como?
Essa pergunta ajuda você a reconhecer seu papel como multiplicador e não só como executor.
8. O que eu compartilhei (recurso, insight, contato) que realmente mudou algo para outra pessoa?
Às vezes, compartilhar um artigo, uma conversa de 10min ou uma introdução certa no momento certo cria um efeito cascata enorme.
Essa pergunta serve pra te lembrar que liderança (atitude, não cargo) não é só entregar, mas também é ampliar o que outros conseguem fazer.
Reflita sobre quem recebeu algo de você e mudou sua trajetória. Isso diz muito sobre o tipo de impacto que você exerce silenciosamente.
Por exemplo: você compartilhou alguma edição do the jobs com alguém do trabalho? Isso ajudou essa outra pessoa em algo? (Escrevi isso, porque toda semana recebemos mensagens de casos assim.)
9. O que produziu impacto inesperado, positivo ou negativo?
Esse é o tipo de pergunta que revela pontos cegos. Às vezes, algo pequeno gera um resultado gigantesco (pro bem ou pro mal).
E aqui o mais importante é a honestidade: não tente racionalizar o passado. Observe.
Você fez algo que não achou grande coisa, mas mudou um projeto ou um relacionamento? Ou fez algo com boa intenção que acabou gerando efeito colateral?
Esse tipo de reflexão melhora sua calibragem de julgamento. Ela ajuda você a perceber como suas ações reverberam além das intenções.
10. Qual conversa difícil eu evitei e qual foi o custo disso?
O custo sempre existe. A omissão é uma decisão — e normalmente é bem cara.
Custo pode ser perda de confiança, de velocidade ou de alinhamento. Pode ser permitir que algo pequeno crescesse…
Descreva a conversa que você evitou e depois seja sincero: “Por que eu não tive essa conversa?” Você vai encontrar medo, receio de reação, crenças antigas, necessidade de aprovação, fuga ao conflito.
Sem essa clareza, você repete tudo em 2025. Lembre-se: o primeiro passo pra resolver qualquer problema é definir com muita clareza o problema.
11. Quantas vezes fiz perguntas vs. dei respostas nas minhas interações?
Essa é mais difícil de mensurar, mas é fácil ter noção.
Pense que perguntar é ferramenta de liderança e responder é ferramenta de execução: se você deu respostas demais, provavelmente centralizou decisões, carregou pesos que não eram seus ou deixou de desenvolver pessoas; se você fez perguntas de menos, pode ter matado autonomia sem perceber.
Pense em reuniões específicas. Lembre-se de conversas. Não responda de forma abstrata.
Seja concreto: “Em reunião X, eu apenas dei instruções.”
Esse tipo de honestidade acelera (e muito) a maturidade profissional.
12. Quando (e por que) demorei demais para tomar uma decisão?
Demora tem preço, mas é um custo invisível. O mais valioso aqui não é a decisão atrasada, e sim o motivo da demora.
Já te adianto: muita gente muito f#da que você admira sofre com esse mal aqui… Mas mesmo assim, você precisa aprofundar nessa pergunta:
Foi falta de informação?
Foi medo de desagradar?
Foi precisar de validação externa?
Foi perfeccionismo?
Quando você descobre a causa real, você libera velocidade para o próximo ano.
13. Quão certo eu estava nas principais decisões que tomei? Se pudesse voltar, mudaria algo?
Essa pergunta não é sobre arrependimento... É mais sobre sua calibragem. Todo profissional precisa desenvolver autopercepção sobre sua taxa de acerto e suas distorções de julgamento.
Escolha 3 decisões importantes, reveja sua lógica da época e veja o que se confirmou e o que não.
👉 A sabedoria está em perceber os padrões do seu pensamento, não em acertar sempre.
14. Estive mais ocupado ou mais produtivo na maior parte do tempo?
Essa pergunta é matadora (se respondida honestamente). Todo mundo acha que está ocupado, mas poucos conseguem ver quando estiveram apenas se mexendo sem sair do lugar.
Regra simples de bolso: ocupação dá a sensação de importância… Produtividade dá resultado.
Observe sua agenda, suas semanas, seus hábitos e pergunte-se: “O que de concreto eu avancei?” Se a resposta for vaga ou se você tiver dificuldade de responder rápido, é porque você esteve ocupado demais.
Essa pergunta é o divisor de águas entre quem trabalha muito e quem evolui muito.
15. O que continuei fazendo mesmo sabendo que não estava funcionando?
A gente tem dificuldade de abandonar coisas, especialmente coisas que já deram certo no passado… Mas insistir no que não funciona mais é a forma mais rápida de estagnar.
Nomeie o comportamento, o hábito, o processo, depois pergunte com honestidade: “Por que eu não parei?” A resposta normalmente traz crenças antigas ou medos não reconhecidos.
Esse é um dos maiores pontos de virada pra 2025.
16. Quais padrões se repetiram ao longo do ano e qual é o denominador comum?
Essa é a pergunta mais profunda da newsletter de hoje… Quando algo se repete, não é azar, é sistema.
Observe padrões positivos e negativos: padrões de conflito, de insegurança, de procrastinação, de sucesso, de velocidade, de impacto. Depois, procure o denominador comum:
É você?
É o ambiente?
É a forma como você reage?
É a falta de limite?
É a necessidade de controle?
Ouso dizer que identificar um denominador comum vale mais do que responder as 16 perguntas anteriores.
17. Alguém saiu da minha vida profissional sem que eu tivesse feito tudo que poderia?
Todo ano perdemos pessoas… Às vezes por ciclos naturais, outras vezes porque negligenciamos conversas, reconhecimento ou cuidado.
Responder essa pergunta é um ato de responsabilidade afetiva profissional, não pra culpar, mas pra aprender.
Se alguém saiu sem você ter feito sua parte, isso te mostra quais relações precisam de manutenção (e qual estilo de liderança você quer construir daqui em diante).
ALGUMAS INDICAÇÕES PRA VOCÊ LER, OUVIR (OU PELO MENOS DAR UMAS RISADAS).
📚 A newsletter de hoje (e as próximas) foram inspiradas nesse artigo incrível aqui. Ele é mais focado em pessoas já em posição de liderança, mas é útil pra todo mundo. Nós não traduzimos/adaptamos esse artigo, mas nos inspiramos — vale a leitura, porque tem outras ótimas referências também com exemplos reais.
🎵 CRIAMOS UMA NOVA PLAYLIST: agora, também temos uma de playlist de piano pra quem gosta de trabalhar no modo classudo.
🤠 Ahh, e a nossa playlist de country foi atualizada de novo.
Boa, chegamos ao final de mais um 1:1!
Se você acha que ainda podemos melhorar, por favor, não hesite em mandar o feedback!
O que você achou dessa edição?
Nos encontramos na semana que vem — e espero que você consiga traduzir essa edição para o seu dia a dia.
Se eu puder ajudar com algo, não hesite em me mandar uma DM e dizer que veio do the jobs.
🆘 Ou, se for algo mais técnico, clique aqui pra falar com o nosso suporte. Eles resolvem rapidinho.
Um abraço e let’s f*cking go,
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