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3 frameworks que transformam sua comunicação

e como aplicar cada um deles no seu dia a dia.

 

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Fala, Jobs!

Eu sei, eu sei... mais uma semana mais curta.

Já já vai ter gente precisando de férias da quantidade de feriados, risos.

Mas enquanto mais um feriado não chega, bora focar no que interessa:

A gente tem falado nas últimas edições que a boa comunicação é treinável. E nada melhor do que ter um método para guiar nossa estratégia de comunicação.

A missão aqui é destilar alguns dos conceitos que apresentamos nas últimas edições em frameworks - uma palavra bonita para dizer estrutura.

Separei 3 que viraram meu canivete suíço e que podem virar o seu também.

Nesse email, vou te apresentar cada um deles e casos de uso do mundo real onde eles são aplicados — junto com exemplos práticos de como traduzir isso pro seu dia a dia.

Direto ao ponto, pra você testar já hoje ou amanhã, se quiser.

Caminhando pra reta final da série sobre comunicação, nada melhor do que a gente trazer para a prática a teoria.

Esse é o nosso 1:1 de hoje.

Essa é mais do que só uma frase típica de “lei do retorno” e “faça o bem pra receber o bem”.

Tem outra forma — também muito legal — pra analisar essa frase: a forma que você se comunica, organiza suas ideias e apresenta seu trabalho volta pra você em forma de oportunidades, reconhecimento (ou falta deles).

Se você joga com clareza, recebe clareza.

Se joga com confusão, recebe silêncio ou desconfiança.

Mais do que um eco, nossos resultados individuais são, quase sempre, uma pequena fração daquilo que a gente entrega pro mundo.

Quando eu trabalhava com Venture Capital, ouvi uma frase que ficou na cabeça:
"Uma empresa fatura cerca de 1% do valor que gera pros seus clientes."

O número exato da teoria não é o mais importante — e sim a premissa.

A reciprocidade é inevitável.

O que você pode escolher é o tipo de eco que quer criar.

3 frameworks de comunicação para traduzir ao seu dia a dia.

Call Me Cartoon GIF by Luis Ricardo

Antes da gente entrar nos exemplos, vale uma introdução rápida:

De onde vem essa ideia de framework, afinal?

O conceito nasceu da engenharia e da arquitetura.

Era literalmente a “estrutura de sustentação” de um projeto — uma forma de garantir que tudo o que seria construído em cima tivesse base sólida.

Com o tempo, a lógica foi emprestada para outros campos: tecnologia, gestão, comunicação.

Em todos eles, frameworks cumprem o mesmo papel: ajudar a organizar o caos.

São atalhos para estruturar pensamentos complexos de forma simples, replicável e funcional.

Sem mais delongas, vamos ao primeiro deles.

#01: O framework S.T.A.R.

Decorating Christmas Tree GIF by Mariah Carey

Essa sigla representa uma das formas mais eficazes de organizar uma resposta ou perguntas em entrevistas (o STAR ficou conhecido por isso, mas spoiler: serve pra muito mais que isso).

STAR representa:

Situation (Situação)
Task (Tarefa)
Action (Ação)
Result (Resultado)

🏢 Como isso é usado no dia a dia?

Curiosidade: a Amazon adotou essa estrutura como padrão para entrevistas — e mesmo sendo a segunda maior empresa do mundo em tamanho de funcionários (“apenas” 1.5 milhão de pessoas trabalham na Amazon), ela consegue fornecer o resultado de processos seletivos em até no máximo 5 dias úteis (com feedback).

Como o STAR funciona:

  • Você começa contextualizando o cenário (“onde eu estava”).

  • Explica o que precisava ser feito (“o que eu precisava fazer”).

  • Detalha o que você fez (“o que eu fiz”).

  • E mostra os resultados — de preferência, com números (“o que eu consegui”).

Nas próximas entrevistas, você pode pensar em cases que você gostaria de contar usando essa estrutura.

Da mesma forma, você também pode guiar um candidato, de forma a obter detalhes mais específicos.

“Ahh, mas eu não faço entrevistas e não estou entrevistando ninguém agora.”

Não tem problema. Como eu disse, você não precisa esperar uma entrevista para aplicar o STAR.

Se você sente que às vezes não sabe como contar suas conquistas sem parecer vago ou se perder na explicação, o STAR é um ótimo aliado.

Vamos dizer que você quer atualizar seu gestor sobre uma entrega:

🎯 Primeiro exemplo:

“Nos últimos três meses, nosso churn subiu 18% (Situação). Minha responsabilidade era investigar a causa e propor soluções (Tarefa). Analisei os cancelamentos dos últimos 6 meses, entrevistei 12 ex-clientes e criei um novo modelo de onboarding (Ação). Em dois meses, o churn caiu pra 11% e tivemos aumento de 9% no NPS (Resultado).”

🎯 Segundo exemplo:

"Nas últimas semanas, percebemos que 40% dos leads captados não estavam sendo atendidos no prazo ideal (Situação). Minha missão era entender o gargalo e encontrar formas de aumentar nossa capacidade de atendimento (Tarefa). Mapeei o fluxo de resposta, identifiquei etapas manuais que poderiam ser automatizadas e propus a contratação de uma ferramenta de CRM mais eficiente (Ação). Após a implementação, conseguimos reduzir o tempo de resposta médio de 3 dias para 1 dia, aumentando em 15% a conversão dos leads em clientes (Resultado)."

Percebe a diferença?

Você sai da generalidade e entrega clareza.

Frameworks servem pra facilitar as nossas vidas.

Vamos para o próximo:

#02: O framework “WHAT, SO WHAT, NOW WHAT”, direto de Stanford.

Você já teve que apresentar algo pra um gestor que tá sempre super ocupado?

Tenho quase certeza que sim.

Ou até aquele tipo de gestor que interrompe antes da vírgula e que, mesmo com o slide na tela, pergunta algo que você explicaria… 😒 no próximo clique.

Se você já passou por isso, esse framework aqui pode virar seu melhor amigo.

Mas antes, vou te contar uma história rápida, porque ela mostra isso acontecendo na vida real.

Esse exemplo abaixo ilustra bem:

O Edu, que trabalha como Scrum Master e Analista de Desenvolvimento, decidiu testar uma ideia ousada: medir a felicidade do time.

Mas, como acontece com muita gente, ele esbarrou no clássico obstáculo:

Um líder sobrecarregado — o famoso “sem tempo irmão”.

O legal é que o Edu não passou por isso sozinho — ele usou os nossos GPTs do jobs club pra estruturar o plano, organizar a apresentação e conduzir uma conversa mais estratégica.

Talvez você já tenha vivido algo parecido.

E se, pra essa próxima entrega, em vez de sentir aquele frio na barriga sozinho, você pudesse contar com um time inteiro pensando com você?

É isso que estamos criando no jobs club.

Mais do que cursos: uma comunidade viva.

Uma comunidade de “quem ainda não chegou lá, mas sabe que está no caminho” — e com mentores que já percorreram esse caminho.

Ao entrar nessa nova turma, você vai passar 4 semanas mergulhado em conteúdo prático e discussões sobre o que trava a comunicação no ambiente corporativo:

🧠 Casos reais, e não teoria de livro;
📄 Workbooks práticos pra aplicar no seu contexto;
🗣 Mentoria coletiva com feedback direto;
🤝 Trocas sinceras com quem também tá vivendo o que você tá vivendo.

Mas e depois das 4 semanas?

Aí é que o negócio fica interessante: você continua acessando a comunidade (e a toda a biblioteca de aulas já realizadas), incluindo cursos anteriores como o de produtividade e os próximos que vêm aí (ainda não posso contar, mas tem coisa boa no forno 👀).

Ou seja: você tem acesso ao curso de comunicação ao vivo e recebe também os outros cursos gravados, além da comunidade.

Tudo isso com um objetivo principal:

Construir o maior e melhor ambiente de desenvolvimento para os futuros&novos líderes do Brasil.

Nada de escassez forçada, nem contagem regressiva fake, muito menos pressão desnecessária: 📅 na semana que vem (6/maio), a gente fecha a turma 3 do jobs club, porque é quando começamos o curso de comunicação.

A turma 4 só vem daqui alguns meses e, como o produto está ficando mais robusto e com mais conteúdo, ele deve ser mais caro que a oferta atual. É importante você saber disso.

Mas, pra mim, o maior custo na mesa são as oportunidades que já poderiam ser construídas agora com o que você vai aprender lá dentro do club.

Se você quiser entrar nessa com a gente, me manda um “oi” no WhatsApp e a gente troca uma ideia por lá, te explico tudo nos detalhes e ajudo a entender se faz sentido pro seu momento profissional. É só clicar nesse botão:

Voltando, então, ao conteúdo do framework “WHAT, SO WHAT, NOW WHAT” (O quê? E daí? E agora?)— ele foi um dos frameworks que o nosso GPT aplicou para o Edu resolver o desafio dele.

Criado por Matt Abrahams, professor de Stanford, esse framework ajuda a organizar qualquer comunicação de forma que até o gestor mais apressado entenda e respeite o que você tem pra dizer.

O quê? - Apresente os fatos, dados ou situação de forma clara e objetiva.

E daí? - Explique por que isso é importante, qual o impacto ou relevância.

E agora? - Indique os próximos passos, ações ou recomendações.

Acho importante ressaltar um ponto rápido aqui: frameworks não são “coisas de reunião importante”. Ele servem pra serem usados até em comunicações mais simples, como um update semanal pro seu gestor, um email com uma análise rápida, pra apresentar uma sugestão de melhoria etc.

🏢 Como isso é usado no dia a dia?

A Atlassian (dona do Trello, Jira e Loom) adotou o framework em reuniões de retrospectiva com seu time remoto. O resultado foi tão bacana que eles criaram um template interno no Trello para aumentar o alcance.

🎯 Primeiro exemplo:

Digamos que você vai apresentar os resultados da campanha do trimestre. É assim que ficaria dentro da estrutura proposta.

“Nossa campanha digital alcançou 250.000 pessoas, gerou 5.000 leads e converteu 500 clientes (O quê?). Isso é 30% a mais de alcance e 25% a mais de conversão que o trimestre anterior. A gente superou as metas em 15% (E daí?). Minha sugestão é aumentarmos o investimento em 20% nos canais com melhor performance (Instagram e LinkedIn) e testarmos duas novas variações (E agora?).”

🎯 Segundo exemplo:

Nesse exemplo, você quer sugerir uma nova rotina no time:

"Atualmente, a gente só compartilha atualizações de projetos no final do mês (O quê?). Isso faz com que a liderança tenha pouca visibilidade do andamento e tome decisões baseadas em informações desatualizadas (E daí?). Minha proposta é enviarmos atualizações quinzenais de forma resumida, usando um template padrão de 5 minutos (E agora?)."

Simples. Rápido. Impossível de ignorar. 😉 

Sem contar que isso faz você ser visto como alguém que pensa de forma madura e resolutiva.

Vamos ao próximo framework:

#03: O framewoork M.O.O.

Cow Appreciation Day GIF

(Sim, a imagem é pra chamar atenção — M.O.O em inglês se fala “mu”, risos. 🐄)

Esse é um dos frameworks mais legais e também o que eu mais me habituei a usar.

Principalmente durante negociações.

M: Mais
O: Óbvia
O: Objeção

Você apresenta uma ideia, tudo parece estar redondo… mas, na hora que termina, o ambiente fica meio mudo.

O outro lado franze a testa.

E aí você já sabe que vem aí uma pergunta difícil — ou uma objeção que vai te obrigar a voltar três casas no jogo.

Agora imagina se você pudesse responder essa pergunta antes mesmo dela ser feita?

Como funciona:

  1. Mapeie possíveis objeções que as pessoas terão em relação a sua proposta.

  2. Identifique entre todas as possíveis qual a mais provável de ser levantada na reunião.

  3. Antecipe pensando em soluções que podem ser apresentadas de forma a não travar o projeto.

Antecipe e responda à objeção mais óbvia antes que ela apareça.

🏢 Como isso é usado no dia a dia?

Recentemente, eu estava em uma negociação e, antes de colocar minha proposta na mesa, fiz um exercício rápido:

Listei as possíveis objeções do outro lado.

Com isso em mente, conduzi a conversa já apresentando o que eu sabia que poderia travar a discussãoe explicando como o caminho que eu estava propondo já resolvia esses potenciais bloqueios.

Resultado?

Mais clareza pra mim.

Mais empatia pro outro lado.

E o alinhamento acabou acontecendo com muito menos atrito.

Falar da objeção não enfraquece sua ideia. Só mostra que você pensou nela — e se preparou.

🎯 Primeiro exemplo:

Você quer propor ao seu gestor reduzir o número de reuniões semanais.

Antes da reunião, você lista possíveis objeções: "E se a comunicação piorar?", "E se perdermos alinhamento?".

Na sua apresentação, você já diz: "Sei que a comunicação é essencial, por isso proponho manter atualizações assíncronas via Slack para garantir alinhamento mesmo com menos reuniões. E se em um mês sentirmos que caiu a qualidade da comunicação, retomamos o modelo anterior."

🎯 Segundo exemplo:

Você quer sugerir um novo formato de relatório para o time.

Antes da sugestão, você pensa: "Alguém pode dizer que vai dar mais trabalho adaptar."

Então você já apresenta dizendo: "Pra facilitar a transição, eu mesmo já adaptei o modelo atual e fiz um teste. O novo formato leva, em média, 5 minutos a mais para preencher — mas entrega dados mais acionáveis para as decisões do time."

Pensar em objeções parece um exercício lógico, mas, na real, é um baita exercício criativo.

Sabe por que esse framework é tão importante?

Porque quando a gente tem uma ideia, é fácil ficar cegocego pra tudo que poderia dar errado, cego pra tudo que alguém do outro lado pode levantar de dúvida.

Sabe o que ajuda muito nessa hora?

Levar o contexto da sua proposta pro Chat GPT e pedir pra ele listar as principais objeções.

(E, se quiser ir além, já pede os argumentos pra quebrar cada uma delas.)

Funciona como uma simulação de reunião: você se prepara antes do jogo começar.

Mas mesmo se não quiser usar IA, o simples fato de parar e pensar em objeções já te dá uma vantagem absurda.

É como jogar xadrez estando três movimentos à frente.

No fim do dia, sorte é só um eufemismo de preparação.

⚠️ Essa é a parte mais importante dessa edição:

No mundo corporativo, as nossas avaliações não são feitas apenas no PDI. As promoções não ocorrem apenas na janela de méritos.

Cada reunião, cada comentário, cada e-mail… Tudo alimenta a percepção que as pessoas têm sobre a gente.

É exatamente por isso que você não deve se preparar só pra “aquela apresentação com a liderança”.

Nem só pra “a reunião mais importante do trimestre”.

Quanto mais você treinar esse músculo da comunicação nas pequenas situações do dia a dia, mais repertório você vai possuir quando a grande oportunidade de brilhar aparecer.

E acredite, esse tipo de oportunidade normalmente não vem com um aviso prévio.

Se você quer aumentar sua superfície de sorte e começar a treinar para jogar um outro jogo de comunicação te convido a conhecer o jobs club.

E agora, pra dar uma descontraída, vamos para a sessão de recomendações — agora ampliada.

Ops. Daqui pra frente, o conteúdo é exclusivo para assinantes.

Ainda nessa newsletter, você poderá acessar as respostas dos nossos mentores aos desafios dos assinantes. Nessa edição, o desafio que respondemos foi o seguinte:

Contextualizando: até o ano passado, meu trabalho era mais operacional, e eu liderava a equipe de forma mais indireta. Porém, neste ano, assumi diretamente a gestão dos designers (9 pessoas) e estou enfrentando alguns problemas de comunicação que já vinha percebendo, mas que agora preciso solucionar.

Além do que comentei na aula sobre a comunicação informal dos meus liderados (quanto a isso, já sei como agir), sinto que alguns deles não dão muita abertura, e as conversas não fluem naturalmente.

Mas o ponto principal é: todos trabalham em home office – alguns 100% remoto, e outros eu encontro presencialmente uma vez por mês. Independentemente dessa frequência, já sentia e ainda sinto dificuldade em me aproximar mais deles e criar uma conexão/relacionamento, algo que considero essencial para melhorar a comunicação profissional.

Alguém já passou por um desafio parecido e tem dicas de como lidar com isso, considerando que a comunicação é majoritariamente virtual?

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