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a ilusão do momento certo
e ferramentas para sair do modo zumbi na sua rotina
👋 Boas-vindas às novas 1.338 pessoas que se inscreveram no the jobs na última semana! Agora, somos 87.883 leitores na maior comunidade de futuros&novos líderes do Brasil.
Fala, Jobs!
Chegou a hora do nosso 1:1 favorito — o momento de maior aprendizado (ou provocações) da semana. 😉
Vamos começar a edição de hoje com um número: 82,5%.
Percentualmente falando, esse é o quanto já passou do ano de 2024 até hoje, dia 28 de outubro (302º dia de 366). Isso significa que nós ainda temos quase 20% do ano para chegar.
Muito provavelmente você já ouviu falar de Pareto. É aquela regra do 80/20. Vilfredo Pareto foi um economista italiano que, em 1896, enquanto estudava a distribuição de riqueza na Itália, percebeu que 80% das terras eram possuídas por apenas 20% da população.
Essa observação fez com que o menino Vilfredo começasse a notar a mesma distribuição em outras áreas e aspectos da vida e daí surgiu o Princípio de Pareto: 80% dos problemas de qualidade em uma produção costumam vir de 20% das causas; ou 80% do faturamento de uma empresa costumam vir de 20% dos clientes…
Assim como muito provavelmente 80% do resultado que você gera com o seu trabalho costuma vir de 20% das tarefas que você faz.
Ou seja: 80% das tarefas que você faz (a grande maioria) gera apenas 20% do seu resultado.
O Princípio de Pareto não é uma lei. Ele não se encaixa universalmente em tudo e a proporção 80/20 não é uma regra. Pode ser 70/30, 90/10 ou outras proporções — o importante é entendermos que, outras palavras, a maior parte dos resultados vem de uma pequena parte das ações ou uma pequena parte dos esforços gera a maior parte dos resultados.
Ok, até aí legal… Mas o que 82,5% do ano tem a ver com isso?
Se 82,5% do ano já passou, 17,5% ainda estão por vir.
Falar disso depois de contextualizar Pareto não significa que “tudo que você fizer daqui pra frente vai gerar 80% dos resultados do seu ano de 2024”.
Não adianta a gente se iludir com isso…
Só que, ao mesmo tempo, essa é uma lembrança de que aquilo que ainda pode ser feito (dentro dos quase 20% do ano que ainda estão por vir) pode gerar um resultado assimétrico.
Em outras palavras:
Mesmo com pouco tempo até o final do ano, ainda dá pra fazer muita coisa que pode gerar um forte impacto em 2025.
É exatamente sobre isso que essa edição vai falar.
Vamos nessa?
Hoje, você vai escolher o próximo passo do the jobs.
Ao longo das últimas semanas, conversamos com quase 40 leitores e assinantes do the jobs. Foram por volta de 30min de conversa com cada um — ou seja, quase 20 horas de insights conversando com quem consome o conteúdo do the jobs.
2 principais insights apareceram:
A newsletter entrega uma conversa semanal sobre diversos assuntos, mas não uma trilha ordenada sobre um tema específico (algo que todo mundo disse que adoraria ter).
A newsletter entrega uma fala do Digo e dos mentores que a escrevem, mas não disponibiliza um espaço para você interagir com os mentores e também com outros leitores (algo que todo mundo também disse que adoraria ter).
A grande novidade é que nós vamos construir isso junto com vocês: trilhas ordenadas + comunidade.
Nós vamos juntar a interação do presencial com a flexibilidade do online — e vamos contar mais spoilers só na próxima semana.
Qual trilha você escolheria para ser a primeira que o the jobs vai criar? |
Faça Login ou Inscrever-se para participar de pesquisas. |
Pelo que conversamos com os leitores, vocês vão gostar de todos os temas — mas pense que precisamos começar com apenas um, e que faremos isso ainda antes do ano acabar.
Estou curioso com qual vai ser seu voto 😉
Prepare seu print, porque chegou a frase da semana!
Essa vai pra quem tá precisando diminuir o volume das críticas e aumentar o volume da autoconfiança…
💼 Antes de irmos para a big idea de hoje… Apesar da maioria de vocês já estarem no mercado, sei que há alguns bem no início de carreira. A vaga de hoje é um programa de estágio da Gerdau — a maior empresa brasileira produtora de aço — em diversas regiões do país. Clique aqui para aprofundar, conhecer e se inscrever. Atenção, pois hoje é o último dia.
escrito por @digoplemos
A ilusão do momento certo
No dia 5 de fevereiro desse ano, eu escrevi uma edição falando que tinham passado exatos 10% nosso ano — ainda faltavam 90%. Você pode reler essa edição aqui, se for assinante.
Em resumo, nós falamos de 3 ferramentas que você pode usar para fazer seus dias serem mais intencionais — e vamos retomá-las aqui — mas, antes disso, quero trazer aqui algumas provocações.
São provocações que fiz para as poucas pessoas das quais hoje sou mentor e acompanho sua evolução (e que também fiz para mim mesmo):
De janeiro de 2024 até hoje, 28 de outubro, você provavelmente se encaixa em um dos 3 cenários a seguir:
Cenário “Sobrevivi, mas nem vi o ano passar”;
Cenário “Bom, mas poderia ter sido melhor”;
Cenário “Mandei bem nesse ano e ainda tem mais por vir”.
Independente de qual cenário encaixar melhor pra você, essa edição provavelmente vai ser útil.
Só que antes de retomar as 3 ferramentas práticas, quero falar de um padrão que ouvi em todas mentorias que fiz. Eu gosto muito de fazer perguntas — e uma das perguntas que eu sempre faço é “Olhando pra trás, como você acha que as coisas poderiam ter sido melhor?” e cito algum projeto importante dessa pessoa.
É uma pergunta perigosa. Tem que ser feita com cuidado e, principalmente, com contextualização, para que não seja uma daquelas perguntas que desanima e acaba com qualquer sensação de conquista. Não é esse o objetivo.
O objetivo é entender o que a pessoa conseguiu extrair de aprendizado.
Sócrates foi um dos maiores filósofos da Grécia antiga (Platão, inclusive, foi seu discípulo). Uma das suas supostas frases diz que “não vale a pena viver a vida não examinada”, no sentido de que ele acreditava que a autorreflexão e a busca pelo conhecimento são essenciais pra uma vida realmente significativa.
Isso me influenciou muito, porque senti na pele o poder da intencionalidade. O poder de conseguir sair do “modo zumbi” no qual você só vive um dia atrás do outro e, na verdade, consegue parar pra refletir sobre o que aconteceu na sua semana, por exemplo.
Ao final dessa edição, falaremos sobre ferramentas que ajudam com isso — mas, antes disso, o padrão que ouvi em todas as mentorias em que fiz essa pergunta foi o seguinte:
As pessoas sem exceção falam sobre algo que poderia/deveria ser feita, mas que eles não sabiam se era o momento certo para fazer.
Esperar pela hora certa, pelo momento certo de fazer algo, é sedutor, não é?
Porque a nossa mente engana a gente que esperar pelo momento certo é, na verdade, fazer algo produtivo (e não é), tipo: “ahh, estou aguardando o melhor momento, então tô fazendo a coisa certa...”
A real é que nosso cérebro se convence facilmente do que é mais confortável — e é muito fácil cair em uma pegada em que estamos sempre esperando.
Esperando algo acontecer, esperando as coisas se alinharem, esperando sentir dentro de mim que é a hora.
É muito fácil convencer a si mesmo que você não tá pronto ainda e que se você esperar mais um pouco as coisas serão mais fáceis.
O problema é que esperar raramente faz as coisas mais fáceis.
É lógico que existem as exceções óbvias. Mas na maioria das vezes, esperar pelo momento certo para tomar as decisões de carreira só dificulta.
Em linhas gerais, o momento certo costuma ser agora. Nada vai beneficiar tanto sua ideia ou projeto quanto colocar a mão na massa.
Todos nós já passamos (ou estamos passando) por momentos em que precisamos fazer algo, iniciar algo, acionar algo - mas temos dúvidas sobre o momento.
Eu também tenho…
Eu sei que não é fácil “dar a cara a tapa” e enfrentar o que precisa ser enfrentado. O escritor James Baldwin tinha um jeitinho de falar sobre isso que você provavelmente vai se identificar:
Nada é mais desejável do que conseguir se desprender de uma aflição, mas nada é mais assustador do que se desprender de uma muleta (que, nesse caso, são justificativas e desculpas que usamos).
E, para completar Mary Choi é uma autora e jornalista coreana que tem uma frase bem interessante sobre “esperar o momento certo”:
Não fica menos assustador. A única coisa que muda é que, se você ficar esperando, você tem vida a menos pela frente.
Ajuda muito errar cedo.
E ajuda mais ainda se você acertar cedo.
Essas são algumas provocações pra você, que pode estar pensando aí “se é o momento certo pra começar algo”, seja um projeto paralelo, uma nova iniciativa, uma nova rotina etc.
Importante: leia esse texto sem tentar justificar seu momento, suas escolhas etc. Eu sei que você tem seus compromissos — eu também tenho. Todos nós temos.
Sua reflexão naturalmente deve te direcionar pra algo que você já deveria estar fazendo.
Ok. A provocação bateu. Agora, como posso ser mais intencional daqui pra frente?
Vamos retomar aqui as 3 ferramentas que compartilhamos lá atrás na edição de 5/fev:
Ops 😅 pra continuar lendo daqui pra frente, você precisa se tornar assinante, assim como a Rafa (sério, olha esse feedback que profundo):