a skill que o Chat GPT nunca vai substituir

(vamos apostar?)

👋 Boas-vindas Ă s novas 238 pessoas que se inscreveram no the jobs na Ășltima semana! Agora, somos 110.941 leitores na maior comunidade de futuros&novos lĂ­deres do Brasil.

Fala, Jobs!

A edição de hoje é diferente e especial.

VocĂȘ ainda nĂŁo assina o the jobs, mas essa vai ser uma edição completa que vocĂȘ vai receber — como se fosse assinante. 😉 

Ouso dizer que a edição de hoje Ă© uma das mais importantes que jĂĄ escrevemos, porque ela fala sobre o assunto mais pedido por todos vocĂȘs, leitores do the jobs.

Vou exemplificar isso com 2 fatos rĂĄpidos:

  • 1: Somos mais de 110 mil leitores aqui no the jobs. Sempre quando abrimos um formulĂĄrio pra vocĂȘs fazerem perguntas para os nossos mentores, aparece um padrĂŁo: mais de metade das perguntas sĂŁo sobre comunicação.

  • 2: Quando fizemos uma votação perguntando pra vocĂȘs sobre qual seria o tema do primeiro jobs club (nosso curso+comunidade), quase 70% das pessoas escolheram o tema “como comunicar com mais clareza” e “como vender/expor bem meu trabalho sem parecer arrogante”.

Isso acontece, porque todos nós sabemos que a comunicação é, provavelmente, uma das habilidades mais importantes para as nossas carreiras.

Comunicação nĂŁo Ă© sĂł sobre falar bem — Ă© sobre fazer o seu valor ser percebido. É isso que abre portas, conquista respeito e acelera sua carreira.

Hoje, vamos aprofundar ideias sobre como comunicar melhor em 3 exemplos:

  • Começamos com uma lição absurdamente cara (e trĂĄgica) que a NASA teve sobre mĂĄ comunicação;

  • TambĂ©m vamos falar sobre um erro dos erros mais comuns de comunicação e compartilhar um insight prĂĄtico para nĂŁo repetir isso no seu dia a dia no trabalho;

  • E, por Ășltimo hoje, conversamos com um mĂ©dico que virou empreendedor (e vendeu sua empresa para um gigante listado na NASDAQ) e ele compartilhou um aprendizado sobre comunicação aplicĂĄvel tanto pra medicina, quanto pro mundo corporativo.

Ah, e hoje vocĂȘ vai poder conhecer o que nĂłs preparamos pra vocĂȘ que quer ir alĂ©m da newsletter.

Vamos nessa?

É só olhar para os lados (ou para os gurus de Instagram, principalmente os brasileiros que, em sua maioria, copiam tudo de fora) para confirmar isso.

Uma provocação extra aqui: a nĂŁo ser que vocĂȘ viva 100% remoto e sem interação com ninguĂ©m, tem uma coisa que a InteligĂȘncia Artificial nĂŁo pode fazer — que Ă© se comunicar por vocĂȘ.

A skill que o Chat GPT (provavelmente) nunca vai substituir.

Communicate Joe Manchin GIF by GIPHY News

Vamos fazer um exercĂ­cio rĂĄpido aqui.

Veja com quantas das opçÔes abaixo vocĂȘ se identifica — Ă© muito importante para o que vamos falar hoje.

  • VocĂȘ sente, com uma certa frequĂȘncia, que depois de uma reuniĂŁo ou apresentação as pessoas nĂŁo entenderam direito o que vocĂȘ quis dizer;

  • VocĂȘ tem boas ideias na cabeça, mas acaba nĂŁo falando — e aĂ­ minutos depois alguĂ©m diz algo parecido e recebe os crĂ©ditos;

  • VocĂȘ frequentemente termina conversas pensando que “deveria ter falado aquilo” ou “eu poderia ter falado de outro jeito”;

  • VocĂȘ se esforça e trabalha muito, quer falar sobre seus resultados, mas nĂŁo quer parecer arrogante e, por nĂŁo saber como falar de vocĂȘ mesmo, acaba ficando em silĂȘncio;

  • VocĂȘ conversa com gerentes ou diretores, mas sente um nervoso acima da mĂ©dia e sente que estĂĄ dando voltas pra explicar e tem dificuldade pra ir direto ao ponto;

  • VocĂȘ domina o conteĂșdo do que vai comunicar, mas na hora de falar, trava, esquece algumas coisas ou atĂ© sente que as pessoas nĂŁo estĂŁo prestando atenção;

  • VocĂȘ vĂȘ pessoas que entregam menos sendo promovidas antes de vocĂȘ, sĂł porque sabem se comunicar melhor.

E aĂ­? Com quantas vocĂȘ se identificou?

Talvez vocĂȘ tenha se identificado com quase todas.

Talvez tenha se identificado com uma ou duas — mas sĂŁo aqueles um ou dois desafios que tĂȘm um impacto enorme na sua carreira.

NĂŁo importa tanto com quantas foram
 O que importa Ă© que tudo isso Ă© sobre saber se comunicar melhor.

E, por mais complexo que pareça, existem princípios simples por trås de uma boa comunicação.

É por conta disso que, mesmo sendo competente, dedicado e trabalhando muito, vocĂȘ ainda vĂȘ pessoas que parecem “menos preparadas” recebendo promoçÔes — Ă© porque elas entendem esses princĂ­pios.

Agora imagine um lugar onde vocĂȘ nĂŁo sĂł aprende a desenvolver sua comunicação e resolver esses desafios (independente de quantos vocĂȘ se identificou nos exemplos ali em cima), como vocĂȘ tambĂ©m troca, interage e faz networking de verdade (nĂŁo aquela baboseira de ficar adicionando a turma no LinkedIn) com outras pessoas ambiciosas que estĂŁo em busca de construir suas carreiras — ou, como gostamos de dizer, “que ainda nĂŁo chegaram lĂĄ, mas estĂŁo no caminho”.

Esse Ă© o jobs club, uma mistura de curso com comunidade, construĂ­da literalmente em conjunto com os leitores do the jobs.

NĂłs abrimos em dezembro a 1ÂȘ turma do jobs club. 56 pessoas entraram.

Em fevereiro, abrimos a 2ÂȘ turma. Mais 81 pessoas entraram.

Agora, abrimos hoje as inscriçÔes para a 3ÂȘ turma — e vocĂȘ vai poder se juntar a 137 futuros&novos lĂ­deres.

“Eu achei que o curso seria legal, mas foi incrível — e a comunidade fez ser melhor ainda!” e “Eu já estava com as expectativas altas, mas me surpreendi” são feedbacks recorrentes que recebemos.

NĂłs estamos construindo a maior comunidade de futuros&novos lĂ­deres da AmĂ©rica Latina. VocĂȘ vai desejar ter entrado antes para o clube.

PS: a chamada do jobs club tem somente 247 palavras das 3.199 palavras totais. Isso representa 7% dessa edição. É pra ser pouco mesmo pra nĂŁo prejudicar a leitura. Para mais informaçÔes, clique no link e te contamos tudo.

E se vocĂȘ nĂŁo estiver pronto/a ou nĂŁo tiver interesse em participar, nĂŁo tem problema.

A edição de hoje também foi escrita pra ser uma bela aula de comunicação com (1) uma lição absurdamente cara que a NASA teve sobre må comunicação; (2) um insight pråtico para o seu dia a dia no trabalho; e (3) um aprendizado sobre comunicação de um médico que virou empreendedor.

O que a explosão de um Înibus espacial tem a ver com comunicação?

Rocket Launch GIF by ESA/Hubble Space Telescope

Eu encontrei um texto incrĂ­vel que Ă© o melhor exemplo de uma comunicação ruim — e recomendo a leitura para todos. Esse texto Ă© da Deb Liu (uma das referĂȘncias que sempre acompanho), uma mulher incrĂ­vel que trabalhou quase 12 anos no Facebook e por quase 10 anos foi VP por lá


Adaptei a linguagem pra ficar mais fĂĄcil de entender:

Repetidamente, tenho visto pessoas incríveis sendo limitadas por suas habilidades de comunicação. Conheço pessoas incríveis que são prejudicadas pela incapacidade de simplificar e compartilhar informaçÔes.

É uma via de mĂŁo dupla; jĂĄ trabalhei com colegas que eram "sĂł conversa" - comunicavam-se bem, mas nĂŁo conseguiam fazer o trabalho. Mas, gostemos ou nĂŁo, no ambiente de trabalho existe uma preferĂȘncia por pessoas que se comunicam bem sobre aquelas que apenas executam, porque a comunicação Ă© nossa interface com os outros.

Aprendi essa lição cedo. Durante meu primeiro ano na Universidade Duke, participei de uma aula de Introdução à Engenharia ministrada pelo famoso professor Henry Petroski.

Ele nos incentivou a aprender a nos comunicar, não apenas a fazer o trabalho técnico. Ele atribuiu alguns dos maiores desastres de engenharia à må comunicação, não a erros técnicos - uma lição que carrego comigo até hoje.

O exemplo clĂĄssico que ele usava era o desastre do Challenger em 1986, quando o ĂŽnibus espacial Challenger explodiu durante a decolagem, matando todos os sete astronautas a bordo.

O problema estava nos anéis de borracha (chamados O-rings) conectados aos propulsores do foguete, que falhavam em temperaturas baixas, causando um vazamento de gås que incendiou o tanque de combustível.

Os engenheiros vinham expressando preocupaçÔes sobre esses anéis muito antes da missão - mas como exatamente eles estavam tentando comunicar essas preocupaçÔes?

Abaixo vocĂȘ pode ver os dados apresentados sobre o nĂșmero de falhas nos anĂ©is (acima de uma falha) em diferentes temperaturas. À primeira vista, os dados parecem confusos. O grĂĄfico nĂŁo mostrava uma relação clara o suficiente para a NASA cancelar o lançamento.

(Pausa rĂĄpida pra dizer que vocĂȘ nĂŁo precisa tentar analisar o grĂĄfico. É mais importante entender o conceito do que estĂĄ sendo passado.)

O que estava faltando eram os dados sobre as muitas situaçÔes em que não houve falhas nos anéis (zero falhas). Esta informação, ilustrada abaixo, não foi incluída no gråfico original. Se tivesse sido incluída, a NASA teria visto um padrão claro de falhas dos anéis em certas temperaturas.

O grĂĄfico deveria se parecer, entĂŁo, com esse:

A temperatura no dia do lançamento do Challenger era de 31 graus Fahrenheit (aproximadamente -0,5°C), que estå abaixo do ponto de congelamento.

Se o padrĂŁo de falhas tivesse sido comunicado de forma diferente, teria ficado muito mais claro que o nĂșmero esperado de falhas nos anĂ©is seria inaceitavelmente alto em temperaturas tĂŁo baixas.

Ou seja: mesmo as pessoas capazes de nos enviar ao espaço não conseguiram comunicar efetivamente os dados para provar que o perigo de falha era real.

Com isso em mente, quais erros de comunicação devemos estar atentos em nosso próprio trabalho?

PS: no jobs club, entramos no detalhe de diversos frameworks de comunicação assertiva, mas vou deixar aqui uma recomendação de um dos livros que usamos no curso, caso queira aprofundar por conta própria.

O silĂȘncio custa caro.

Sheldon Cooper Shut Up GIF by CBS

Talvez, ao ler essa chamada, vocĂȘ tenha imaginado que o intuito desse texto Ă© sobre “falar sobre vocĂȘ mesmo”. Afinal, o silĂȘncio custa caro mesmo nesse aspecto


O silĂȘncio custa muito caro quando vocĂȘ se esforça e trabalha muito, mas vĂȘ outra pessoa que comunica melhor (e que nĂŁo parece se esforçar tanto quanto vocĂȘ) ter mais oportunidades que vocĂȘ.

O silĂȘncio custa muito caro quando vocĂȘ tem Ăłtimas ideias, mas evita falar sobre elas em uma reuniĂŁo (seja por julgamento, por medo ou por timidez) e aĂ­ outra pessoa fala a mesma coisa e leva os crĂ©ditos.

O silĂȘncio tambĂ©m acontece naquele momento em que vocĂȘ hesita em compartilhar uma dificuldade com seu gestor e o problema sĂł cresce ao longo dos prĂłximos dias.

Ou quando vocĂȘ nĂŁo questiona uma decisĂŁo com a qual nĂŁo concorda na reuniĂŁo de equipe


Ou quando percebe um pequeno problema no projeto e decide "não incomodar" com isso (e corre o risco de depois esse pequeno problema ter um impacto muito maior)


đŸ«  EstĂĄ se identificando por aĂ­?

Esse silĂȘncio tambĂ©m acontece nas mensagens nĂŁo enviadas no Teams/Slack/WhatsApp e nas dĂșvidas que vocĂȘ deixa pra depois ou deixa de tirar


Ou atĂ© quando vocĂȘ passa horas tentando resolver sozinho algo que, com um outro colega, solucionaria em minutos.

É como se existisse um campo de força impedindo uma comunicação melhor.

Mas eu quero entrar em mais detalhes — um nĂ­vel alĂ©m — de como o silĂȘncio custa caro alĂ©m desses exemplos que vocĂȘ jĂĄ conhece.

E isso, por vezes, acontece atĂ© sem vocĂȘ perceber. Vou te dar um exemplo bem legal disso (e vou te dizer que cometi esse erro por um bom tempo na minha carreira):

“Me avisa se precisar de alguma coisa, ok?”

Frase super comum que todos nós costumamos usar, seja no trabalho remoto ou no trabalho presencial, né?

Então


A intenção do “me avisa se precisar de alguma coisa” Ă© Ăłtima, mas ela Ă© praticamente um convite ao silĂȘncio.

Eu liderei uma aceleradora de startups por 4 anos. Meu papel era ajudar os founders das startups com tudo que eles precisassem — atĂ© porque eu tinha uma rede de apoio, networking e investimento incrĂ­vel.

Durante um ano, eu fui adepto do “me avisa se precisar de alguma coisa”.

Durante um ano, poucas vezes fui acionado — e nĂŁo Ă© porque os founders nĂŁo precisavam de nada, mas por 2 principais motivos:

O primeiro Ă© que eles estavam em uma baita correria e enxergavam pedir ajuda como um trabalho extra, mais uma tarefa na to do list infinita deles.

O segundo, e mais frequente, por incrĂ­vel que pareça, Ă© que eles falavam: “vocĂȘ estava sempre parecendo ocupado, entĂŁo nĂŁo queria te atrapalhar”.

Uau. NĂŁo esperava por essa.

Depois de um ano, eu mudei minha postura de “me avisa se precisar de alguma coisa” para “isso daqui Ă© Ăștil pra vocĂȘ?” e “como posso te ajudar nesse assunto especĂ­fico?”

Outras perguntas que podem te ajudar se vocĂȘ tambĂ©m jĂĄ passou por isso (ou se seu lĂ­der passa por isso):

  • O que estĂĄ mais te atrapalhando agora?

  • Do que vocĂȘ precisa pra entregar isso? Falta algo?

  • Qual parte do processo tĂĄ exigindo mais de vocĂȘ?

  • Se eu pudesse eliminar um principal obstĂĄculo que tĂĄ te atrapalhando hoje, o que seria?"

Todas essas perguntas exigem respostas especĂ­ficas — o que ajuda a ”acabar com o silĂȘncio” e, consequentemente, faz vocĂȘ se comunicar muito melhor.

E olha que curioso: esse foi um insight que surgiu em uma das discussĂ”es do jobs club (e esse Ă© apenas um dos inĂșmeros desafios de comunicação que a gente aborda).

Se esses textos estĂŁo fazendo sentido pra vocĂȘ, nĂŁo deixe de clicar aqui pra conhecer o jobs club. É sobre isso que falaremos e faremos por lĂĄ.

O que um médico que virou empreendedor e vendeu sua startup pode ensinar sobre comunicação?

Episode 4 Hello GIF by One Chicago

Recomendo vocĂȘ conhecer o Bernardo Precht e adicionar ele no LinkedIn. AlĂ©m de mĂ©dico cirurgiĂŁo, ele Ă© um super empreendedor que construiu uma startup de educação e a vendeu para a Afya, uma gigante do setor de saĂșde listada na NASDAQ, onde Ă© executivo (Diretor de Produtos Digitais) desde março/2022.

Conversando com o Be, que, além de tudo, é um grande amigo, ele compartilhou um texto comigo falando sobre o principal ponto que tanto a medicina quanto o mundo corporativo ensinaram pra ele sobre comunicação:

Detalhe demais te faz parecer jĂșnior.

Coloquei a seguir exatamente o texto que o Be me encaminhou:

No meu R1, ao passar um caso, eu achava que mostrar domĂ­nio era falar tudo que eu sabia.

Até que um preceptor me interrompeu no meio de uma visita e disse:

“Fale o que importa. Rápido.”

Eu achava que ele só estava sendo babaca


Corta para 7 anos depois, agora dentro de uma empresa gigante e com muito mais maturidade.

Percebi que o conselho ranzinza do meu preceptor permanece atual.

O domĂ­nio dos detalhes Ă© exatamente o que nos ajuda a crescer no inĂ­cio, mas, conforme subimos na carreira, essa mesma qualidade pode nos sabotar.

Quando vocĂȘ chega em posiçÔes mais estratĂ©gicas, a expectativa muda completamente.

A verdadeira habilidade passa a ser sintetizar e resumir exatamente o que o executivo precisa saber: (1) conhecer todos os detalhes; (2) mas nĂŁo comunicar todos eles; (3) e extrair apenas o que Ă© relevante para a decisĂŁo em questĂŁo.

É como aprender a ver a floresta sem ficar descrevendo cada árvore.

O clichĂȘ de “o que te levou atĂ© aqui nĂŁo vai ser o que vai te levar para o prĂłximo nĂ­vel” Ă© muito verdadeiro, principalmente na comunicação.

Ufa. Haja conteĂșdo.

Ainda tem mais um pouquinho ao final da newsletter com as respostas dos mentores ao desafio dos leitores, mas, antes disso, uma pausa pra parte mais divertida do the jobs:

PS: os resultados da votação da Ășltima enquete sobre as mĂșsicas foram Ăłtimos. Pelos feedbacks, precisaremos ter playlists. Preparem-se. 😉 

Uma leitora do the jobs deixou um desafio, compartilhando sobre o que provavelmente é uma Síndrome do Impostor e a necessidade de construir autoconfiança.

đŸ—Łïž: “Sou uma profissional que trabalha no ramo de tecnologia a 5 anos, jĂĄ passei por quatro empresas, formada como tĂ©cnica em informĂĄtica e quase finalizando graduação em CiĂȘncia da Computação. Entretanto, sempre me senti muito insegura em relação ao meu trabalho, e sempre tive medo de me posicionar em decisĂ”es importantes. Vejo muito isso em outras mulheres nessa ĂĄrea de tecnologia. Se a sĂ­ndrome de impostor jĂĄ Ă© comumente encontrada nos profissionais dessa ĂĄrea, em mulheres sentimos o dobro de insegurança! Por isso, gostaria de saber: nesse contexto, o que fazer para melhorar a autoconfiança?“

Priorizamos as respostas das nossas mentoras — mas Ă© um assunto que se aplica tambĂ©m ao pĂșblico masculino.

📠 Thalita Jesus (@oichefinha): Sua pergunta conversa diretamente comigo porque tambĂ©m sofri (e ainda sofro) desse mal. Observe que enfatizei o presente porque, pelo menos para mim, essa continua sendo uma realidade cruel de constantemente precisar calar essa danada da Impostora.

Como eu faço para não dar ouvidos a Impostora? Eu falo mais alto que ela, ou seja, eu aceito elogios, eu me dou um "tapinha nas costas" quando faço algo que de fato foi muito legal. Eu me inspiro em outras mulheres fantåsticas. Eu substituo autocríticas por afirmaçÔes positivas sobre mim mesma. Eu me tornei a minha melhor amiga, que não se critica de graça por não aceitar nada além daquilo que estå perfeito. Eu descobri que tenho arestas e que esse a é o meu superpoder, pois não existe ninguém igual a mim.

Eu recomendo que vocĂȘ dĂȘ um CTRL+C / CTRL+V (ou seja, salva em algum lugar) essa resposta e leia toda vez que vocĂȘ tiver para baixo. Tenho certeza que vocĂȘ vai lembrar de quĂŁo fantĂĄstica vocĂȘ tambĂ©m Ă©!

📠 JĂșlia Pedroso: Acho que nem sempre a autoconfiança precisa vir de conquistas grandiosas. VocĂȘ poderia procurar e/ou construir construir essa confiança: tenha um caderno ou anote em algum lugar que vocĂȘ possa revisitar as suas pequenas conquistas.

Por exemplo: em uma reuniĂŁo com os sĂȘniores/liderança, eu consegui colocar a minha opiniĂŁo (e aqui nĂŁo estou falando de estar certa na decisĂŁo ou errada, mas sim de ter dado o primeiro passo e ter falado) e aos poucos vocĂȘ vai ativando a sua consciĂȘncia da sua capacidade. Funcionou assim pra mim.

NĂŁo tenho a menor dĂșvida que vocĂȘ pode ter um enorme talento e sofrer dessa sĂ­ndrome do impostor, como eu mesma jĂĄ me senti em diferentes momentos da minha carreira.

Mas um passo que eu sempre faço Ă© resgatar meus momentos de superação ou dar um passo pra trĂĄs e voltar a fazer o “bĂĄsico bem feito” pra ir me reconectando e literalmente trazendo pra minha consciĂȘncia a minha capacidade.

E aí, Jobs — o que achou dessa edição? (adoro ler os comentários, então fique à vontade pra escrever tudo que quiser; sua opinião realmente ajuda a construir um the jobs melhor — nós lemos todos os comentários).

O que vocĂȘ achou dessa edição?

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Nos encontramos na semana que vem — e espero que vocĂȘ consiga traduzir essa edição para o seu dia a dia.

Se eu puder ajudar com algo, nĂŁo hesite em me mandar uma DM e dizer que veio do the jobs.

Um abraço e let’s f*cking go,

Digo Lemos.

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