
👋 Fala, Jobs.
Essa é uma edição diferente… E uma das mais importantes que já escrevemos.
Ela pode ser polêmica, mas ela foi escrita com um único objetivo: te ajudar a ser melhor não só no trabalho, mas também na vida.
Você vai entender por que essa edição precisou começar diferente.
Nós estamos vivendo agora um momento único no mundo, porque as coisas estão mudando e mudando rápido demais (sim, estou falando de Inteligência Artificial).
Nesses momentos, todo mundo quer parecer que entendeu as coisas antes dos outros… E é exatamente nesses momentos em que existe a maior assimetria de informação e a maior quantidade de gente cagando regras por aí.
Desculpe o modo de falar, mas é a verdade.
É exatamente nesses momentos de hype em que o que mais cresce é o ruído, até porque nem tem como você estar por dentro de tudo que acontece com IA, porque tem seu trabalho pra fazer, uai.
Olha esse exemplo:
Lembra da época em que pessoas pagaram milhões por um NFT de macaquinho? 🐵

Então, nem faz tanto tempo assim, mas o racional é o mesmo:
O hype é gigante e vai ter gente aparecendo pra cagar regra pra você e te dizer que tem a solução. É um mundo onde brotam gurus e empresas que te vendem o mapa do tesouro que eles mesmos ainda não encontraram.
A diferença é que a IA faz muito mais sentido do que NFTs (não devia nem ter colocado isso na mesma frase, de tão opostas que são suas utilidades, risos).
Quando existe assimetria de informação, o que se perde primeiro é o discernimento.
A equação é simples:
Eu, você, seu chefe e até o Papa temos enraizados nos nossos cérebros um sistema que dispara um alerta emocional pra enxergar mais as ameaças nessas mudanças…
Ninguém tá muito por dentro de nada, então qualquer pessoa falando um pouquinho a mais de coisas parece bem qualificado.
Nós vemos essa turma falando que têm a resposta e é inevitável pensar “não posso ficar de fora”.
Os mensageiros do caos já chegaram ao mundo da IA.
👉 Me diga se você não está de saco cheio de receber anúncios no Instagram e YouTube de empresas te vendendo “acesso a 15 ferramentas diferentes de Inteligência Artificial pelo preço de uma”.
Acertei, né?
Então… É aí que mora o problema central da edição de hoje: existe essa assimetria de informação (você não está tão por dentro de tudo que acontece com IA, porque tem seu trabalho pra fazer) e o mercado vai se aproveitar de você.
Você não precisa acessar 15 ferramentas diferentes (ninguém precisa), mas isso passa a percepção de entregar mais valor… E aí investem uma porrada em anúncios pra te fazer ficar com a sensação de que você está ficando pra trás.
O mesmo vale pra turma lá do Primo Rico que tá se juntando pra antecipar Black Friday e enfiar 10 cursos diferentes que você nunca vai assistir na sua goela abaixo (não vou nem aprofundar pra te dizer que essa turma sabe que menos de 5% dos seus alunos realmente assistem os cursos, mas não estão nem aí pra você, só querem ganhar seu dinheiro e te jogar a resposta pronta de que, se você não teve resultado, é sua culpa que você não assistiu tudo).
Mas essa turma da Black Friday não é o foco da edição de hoje.
Ninguém sabe o que está fazendo. Trago evidências:
Muitas empresa estão pedindo “fluência em IA” sem nem saber o que significam.
42% dos projetos de IA em grandes empresas foram descontinuados… E olha que não estamos nem falando das pequenas e médias empresas.
Olha essas duas notícias do mesmo mês: Accenture demite 11 mil pessoas e, em outro lugar do mundo, contrata 12 mil pessoas.

Até gigantes estão batendo cabeça pra entender pra onde as coisas vão.
E é exatamente por conta de quase ninguém saber o que está fazendo que existe uma oportunidade gigante para os profissionais sérios (consideramos que você, como nosso leitor, seja).
É exatamente nesses momentos onde existe muito hype que a habilidade de saber filtrar conteúdo se torna o grande diferencial.
Quando tudo parece urgente e brilhante, a inteligência está em escolher o que merece sua atenção. Esse é o nosso papel aqui: nós seremos, daqui pra frente, seu filtro de conteúdo pra se destacar com o uso de IA.
Hoje, anunciamos uma série (gratuita) de emails especiais que criamos pra você. É o CPF: Carreira à Prova de Futuro.

Você já confia no the news pra consumir suas notícias e confia no the jobs pra referências sobre como ser melhor no trabalho.
Agora, nós criamos uma série gratuita de 4 emails especiais pra você aprender somente o que é mais relevante e aplicável sobre Inteligência Artificial no seu trabalho.
Nós já fizemos o trabalho sujo de consumir muito conteúdo e filtrar o que é mais relevante pra você. Ninguém vai te mandar 40 horas de conteúdo e 94 links diferentes pra fingir ser útil...
Nós seremos úteis e práticos.
E quer saber o melhor? Essa série especial que criamos tem 4 emails e uma aula ao vivo com uma pessoa especial: convidamos o CEO do Rock in Rio (que também já foi CEO da Osklen) pra te mostrar como ele está implementando IA no dia a dia da sua empresa e, principalmente, como ele
Pra se inscrever gratuitamente, é só clicar 👉 aqui nesse link.
Como saber se esses emails vão ser úteis mesmo pra mim?
Veja com quantas dessas frases aqui você se você se identifica:
Não sei onde a IA entra na minha rotina: quando usar, em quais tarefas e com qual ferramenta.
Escrever bons prompts e contextualizar bem é difícil; não consigo extrair respostas realmente úteis e acionáveis.
Não tenho tempo pra consumir tudo de conteúdo e atualizações sobre IA e acabo me sentindo de fora de muito do que está acontecendo.
Excesso de opções e hype gera paralisia: não sei o que focar, paga vs. gratuita, atualizações constantes e custos.
Não sei o quanto posso confiar, porque a IA alucina/erra e tenho dificuldade de entender os limites dela.
Tenho receio de perder autoria e meu trabalho “ficar com cara de IA”.
Baixa adoção da empresa e dos times (cultura/processos) dificulta aplicar o que aprendo.
Preciso de um mapa de carreira com IA: quais habilidades priorizar, como treinar a IA para me desenvolver e decidir melhor.
Eu apostaria que mais de 90% da nossa base de leitores vai se identificar com 5 ou mais dessas frases acima. Te falo isso com tranquilidade, porque nós fizemos pesquisas com milhares de leitores e entrevistas a fundo com dezenas e os padrões se repetem.
Se você se identificou com algumas dessas frases, essa trilha que criamos é especial pra você. É só clicar no botão abaixo para participar.
Você ainda vai participar do nosso grupo de WhatsApp onde, daqui pra frente, vamos mandar materiais complementares à nossa newsletter.
Hoje, nós estamos fazendo uma promessa pra você: nós vamos te ajudar a sair do básico e ir muito além do hype da Inteligência Artificial.
Nós vamos fazer isso gratuitamente com essa série especial e, depois, te mostraremos um produto que construímos com base em todas as pesquisas e entrevistas feitas.

Honestidade intelectual.

Não vamos fazer essa edição do the jobs ser somente um recado importante e um anúncio da nossa nova série. A reflexão que quero trazer aqui pra esse email ser ainda mais útil pra você é a seguinte:
Vamos falar sobre honestidade intelectual.
Dentro do que já falamos hoje, você já deve ter percebido: o hype é a antítese da honestidade intelectual. Enquanto o hype se alimenta de pressa, ego e aparência de entendimento, a honestidade intelectual nasce de pausa, reflexão e curiosidade genuína.
E, no mundo em que vivemos hoje, onde tudo é urgente e todo mundo tem uma opinião instantânea, esse contraste se tornou o verdadeiro diferencial dos profissionais que mais se destacam.
Ser intelectualmente honesto é ter coragem de pensar devagar quando todo mundo quer parecer rápido… É admitir que você ainda não entendeu tudo e, mesmo assim, continuar curioso. Você recusa a superficialidade confortável pra buscar o que é real, mesmo que doa (e vai doer).
Ser intelectualmente honesto é um ato de coragem e nós precisamos mais disso no mundo corporativo, onde qualquer discordância tá parecendo ser um ataque ao ego dos outros.
Honestidade intelectual é olhar pra si mesmo e perceber quando você leu uma situação errada, quando poderia ter feito algo diferente e melhor, mesmo que isso machuque o ego.
Você consegue dizer com tranquilidade quais foram seus principais erros da semana passada? Ou nem pensou nisso?
Indo ainda além na honestidade intelectual pra algo que você com certeza já viveu, mas nunca encarou dessa maneira:
Todo mundo já pensou algo assim: “Tal pessoa tem mais sucesso que eu, mas pelo menos eu não sou [insira aqui o julgamento que te faz se sentir melhor].”
O problema não é o fulano ter falhas.
É o sucesso dele ter despertado em você um incômodo.
Olha a diferença:
🚫 “Essa pessoa é bem-sucedida, mas deve ter uma vida pessoal horrível.”
✅ “Essa pessoa é bem-sucedida. Eu não tenho ideia de como é a vida pessoal dela e, pra ser bem honesto, nem é da minha conta. Sou grato pelo que eu tenho.”
Uma frase projeta. A outra reconhece.
Você pode até dizer: “Mas eu conheço a pessoa, e ela realmente só vive pro trabalho.”
Ok. Mas se isso te dá prazer, a atitude intelectualmente honesta seria dizer: “Eu admito que me sinto um pouco melhor ao ver que ela tem dificuldades, porque isso alivia a minha sensação de inferioridade.”
(Eu nunca disse que honestidade intelectual seria fácil. Risos.)
Ninguém tá pedindo pra você ser um santo. É humano sentir inveja ou inadequação de vez em quando. Eu também sinto… O que não é honesto é inventar motivos pra desmerecer o outro só pra proteger o próprio ego.
Ainda outra forma de (des)honestidade intelectual:
Considere as diferenças entre “não é possível” vs “eu não consegui fazer” vs “eu não quero fazer”.
Eu já tive uma líder em uma das multinacionais onde trabalhei que achava que era impossível ser ao mesmo tempo direto e respeitoso. Ela acreditava que a honestidade exigia dizer coisas que machucariam as pessoas e que as pessoas que se sentiam magoadas eram “sensíveis demais”.
Isso me deixava confuso demais, porque ela era inteligente e lógica em muitos outros aspectos. Já ouvi ela dizer “você não pode esperar que eu passe 50 minutos pensando na melhor forma de dizer algo pra alguém. Isso não é sustentável.”
Ninguém estava pedindo isso. Estamos falando de gastar 5 ou no máximo 10 minutos pra aumentar as chances de conseguir o resultado que ela mesmo queria alcançar…
Não importava quantos exemplos eu e meus pares mostrássemos de como ser direto sem ser grosseiro, ela simplesmente não se convencia… Até que, um dia, ele finalmente admitiu:
“Eu não quero me esforçar pra escolher minhas palavras porque, filosoficamente, sou contra a ideia de precisar fazer isso e não acredito que eu deva fazer.”
Risos. Agora sim chegamos na raiz da questão: ela não acreditava que precisava pensar no impacto das próprias palavras e, por conta disso, o cérebro dela inventava todo tipo de desculpa pra não fazer isso.
Existe uma diferença gigante entre “não é possível”, “eu não consegui fazer” e “eu não quero fazer”.
Existem muitos estilos de liderança diferentes, visões de mundo e maneiras de alcançar sucesso. Eu posso não concordar com a sua filosofia, mas vou respeitar você por ser intelectualmente honesto a respeito dela.
PS: não, na época eu não dei o feedback pra minha chefe de que ela precisava ser intelectualmente honesta. Não tive a coragem…
Como saber se estou sendo intelectualmente honesto?
Isso exige autopercepção e um desejo genuíno de ser verdadeiro. Se a honestidade intelectual é importante pra você, você vai tentar agir de acordo com seus valores.
Talvez o principal ponto sobre honestidade intelectual é tentar desafiar o próprio modo de pensar. Naquele exemplo acima da minha ex-chefe, você poderia se perguntar: “Eu já vi alguém ser direto sem ser grosseiro?”
Se a resposta for sim, você acabou de provar pra si mesmo que isso é possível, uai. Pode ser difícil, e você pode não querer fazer, mas é possível.
E, por ser intelectualmente honesto, você reconheceria a diferença entre “não é possível” e “é difícil pra mim, e eu ainda não decidi se quero me esforçar pra isso”. Muita gente não tem maturidade pra isso ainda… Mas você só vai ganhar com isso.
Sempre que possível, tente colocar suas próprias crenças à prova pra ganhar mais clareza e entender melhor o que você realmente penso. Pergunte a si mesmo/a:
Isso que estou pensando é verdade?
Quais evidências eu tenho a favor e contra isso?
Estou me contando uma história pra evitar encarar uma verdade que eu não gosto?
Como eu poderia reconhecer a verdade de uma forma neutra e objetiva?
Ninguém entende a sua situação única tão profundamente quanto você. Se você quiser insistir que não há como fazer X (principalmente se você for líder), a maioria das pessoas fora do seu time provavelmente não vai ter contexto suficiente pra realmente debater isso com você.
Escolher ser intelectualmente honesto é dizer algo como: “Eu não quero enganar a mim mesmo nem aos outros. Quero descobrir a verdade, porque isso me torna um pensador mais afiado e um líder mais sábio.”
Espero que esse texto te incentive a ter um pouco mais de honestidade intelectual.

👀 Temos textos exclusivos sobre IA pra você ler em menos de 5min nessa newsletter aqui. A turma tá amando (e aposto que você vai curtir demais também).
📚 O texto de hoje sobre honestidade intelectual foi adaptado desse texto original aqui. Adicionei algumas coisas e exemplos próprios, mas é importante também dar os créditos quando nos inspiramos em algo. 😉
😆 Neymar que me perdoe, mas estou rindo muito disso.
🎵 Tem música nova na nossa playlist country. E em breve tem mais playlists saindo do forno…
🎥 Estamos devendo o episódio 3 da construção da nossa startup, mas é porque tem muita coisa rolando. Risos. Enquanto isso, acompanhe os outros 2 episódios aqui.
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Boa, chegamos ao final de mais um 1:1!
Se você acha que ainda podemos melhorar, por favor, não hesite em mandar o feedback!
O que você achou dessa edição?
Nos encontramos na semana que vem — e espero que você consiga traduzir essa edição para o seu dia a dia.
Se eu puder ajudar com algo, não hesite em me mandar uma DM e dizer que veio do the jobs.
🆘 Ou, se for algo mais técnico, clique aqui pra falar com o nosso suporte. Eles resolvem rapidinho.
Um abraço e let’s f*cking go,
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