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um aviso de 145 bilhões de dólares
nossa análise sobre AI e o futuro do trabalho
👋 Boas-vindas às novas 144 pessoas que se inscreveram no the jobs na última semana! Agora, somos 111.589 leitores na maior comunidade de futuros&novos líderes do Brasil.
Fala, Jobs!
A edição de hoje é um pouco diferente — mas é necessária.
Você vai entender o porquê.
Nas últimas 4 semanas, 3 CEOs de grandes empresas de tecnologia se manifestaram publicamente sobre inteligência artificial e o futuro do trabalho.
Shopify; Duolingo e Fiverr.
Juntas, essas empresas somam US$ 145 bilhões em valor de mercado.
Mas mais importante que o tamanho delas é o que seus líderes pensam (e disseram).
Só que, por aqui no the jobs, a gente prefere filtrar o ruído.
Aproveitando todo esse contexto, eu e meu time (GPT, Manus, Perplexity, Claude e Grok - risos) fizemos uma análise dessas comunicações, outras notícias, pesquisas e indicadores sobre o futuro do trabalho.
E a pergunta que a gente se fez foi:
O que é exagero? O que é concreto?
E o mais importante: como a gente pode navegar nesse ambiente?
Esse é o nosso 1:1 de hoje.
Um resumo sobre a edição de hoje:
👉 1: Dados que mostram como a IA pode ser a maior revolução da humanidade (e referências boas pra você ter ao conversar com outras pessoas no trabalho sobre isso).
👉 2: O impacto dos comunicados dos CEOs sobre como a IA vai impactar o trabalho da turma.
👉 3: A diferença de usar IA versus trabalhar com IA (e como isso é importante para você entender como se diferenciar no ambiente profissional).
👉 4: E, por último, 7 sugestões práticas de ações sobre o que você pode fazer com base em tudo isso.
Ah, e nós voltamos na sessão de hoje com a sessão “mentoria por email”, respondendo aos desafios dos leitores.
Hoje, o desafio é de uma leitora que sente que a sua vaga “ficou pequena demais” para o que ela acredita ser capaz de entregar. Nossos mentores trouxeram boas provocações.
Vamos nessa?


A dúvida é sua única certeza na carreira. Concorda?
Os mais confiantes, os mais preparados e também os mais bem sucedidos não vieram com uma peça faltando de forma que eles não possuem insegurança.
Não existe “não ter insegurança”.
O que existe é “não travar por conta da insegurança”.
A dúvida sempre aparece.
No e-mail que você demora pra enviar.
Na ideia que você ajusta dez vezes, mas ainda sente que não tá pronta.
Na conversa que você adia, esperando “o melhor momento”.
Mas o que diferencia quem cresce de quem estagna não é a ausência de dúvida.
É a decisão de se mover antes que a dúvida crie raízes.
Mover-se rápido não é agir sem pensar.
É agir apesar do pensamento que tenta te frear.
Espero que essa reflexão te faça enxergar alguns pontos que parecem “travados” no seu trabalho, mas, na verdade, só precisam de mais ação intencional.
APRESENTADO POR GS1 BRASIL
Todo mundo já teve (ou evitou) um chefe assim…
Aquele que parou de ouvir, aprender ou melhorar, porque acha que o cargo já é suficiente.
Se no começo da carreira, a gente corre pra ser notado e depois para se provar, ao liderar pessoas, é preciso entender: o que te trouxe até aqui não é o que vai manter a confiança do time.
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"A história não se repete nunca. O homem se repete sempre”.
A frase que abre nossa Big Idea é do Voltaire, mas poderia muito bem ter saído de um post no LinkedIn ontem.
Porque, diante de toda grande revolução, a primeira reação da humanidade é sempre a mesma:
Espanto, resistência e um certo apocalipse anunciado.
Volta comigo mais de 2 mil anos. Estamos na Grécia Antiga.
Sócrates olha para algo que, em algum momento do tempo, foi uma nova invenção e decreta:
Se os homens aprenderem a arte da escrita, isso implantará o esquecimento em suas almas: eles deixarão de exercitar a memória porque confiarão naquilo que está escrito, lembrando-se das coisas não mais de dentro de si mesmos, mas por meio de marcas externas.
Sim, ele estava falando da escrita.
Sócrates, um dos maiores pensadores da nossa história, condenou categoricamente a escrita. Nos tempos atuais, essa previsão de Sócrates seria semelhante a alguns comentários do craque Neto, risos.
Brincadeiras à parte, vamos lá:
Nas entrelinhas, a visão de Sócrates parece ter sido de que a escrita deixaria a humanidade mais burra. Qualquer paralelo com o que você vê por aí da turma falando sobre IA não é mera coincidência — mesmo não sabendo o que vai acontecer no futuro.
Mas existe uma “regra” que se repete: a cada nova tecnologia que aparece, a primeira reação é sempre parecida: medo, rejeição, exagero (lembra dos NFTs?).
Depois, com o tempo, vem a aceitação (não no caso dos NFTs, risos) — e, pra quem se moveu cedo, a oportunidade.
O mesmo já acontece com IA. Só que existe uma diferença nessa história:
O ritmo.
Quem melhor explica esse ponto é um cara chamado Kai Fu Lee. Ex CEO da Google China, acabou se tornando uma das vozes mais influentes em relação ao futuro da IA. Ele escreveu vários livros e tem muito conteúdo dele disponível — um dos mais famosos dele é esse aqui.
São 3 os motivos pelos quais a AI tem potencial de ser a maior revolução da humanidade, segundo Kai Fu Lee:
1️⃣ Difusão.
As outras grandes inovações exigiam matéria física pra se espalharem.
Pra mover um motor da Inglaterra para os EUA, era necessário um navio. Com IA, basta uma linha de código e uma conexão com a internet. A escala de bilhões de pessoas conectadas não tem precedentes.
2️⃣ Capital abundante.
Na bolha do .com, em 2000, o Venture Capital movimentava cerca de US$ 20 bilhões. Em 2025, esse número já chega a US$ 350 bilhões, um incremento de 15.
Coloca na conta que 1 em cada 4 dólares investidos no último ano de capital de risco foi pra projetos de inteligência artificial. Nunca tivemos tanto acesso a dinheiro para apostar em uma revolução.
3️⃣ China forte na jogada. 🇨🇳
Essa é a primeira vez que uma revolução tecnológica não será protagonizada apenas pelo Ocidente.
A China, que há 50 anos era majoritariamente agrária, hoje tem mais usuários de celular do que EUA e Europa juntos. Isso significa mais dados, materia prima para treinar melhores modelos.
Coincidência?

E, talvez não por acaso, nas últimas 4 semanas, 3 CEOs de empresas com mais de 145 bilhões de dólares em valor de mercado resolveram se manifestar sobre IA.
Tobias Lütke (Shopify), Micha Kaufman (Fiverr) e Luis von Ahn (Duolingo) não apenas compartilharam sua visão sobre IA.
Eles mudaram políticas de contratação, critérios de avaliação e reorganizaram suas empresas inteiras em torno dessa tecnologia.
Não foi uma mensagem vaga tipo “estaremos avaliando como explorar mais o potencial da IA na empresa”.
O tom foi ou você aprende a usar ou pode passar no RH.
🛍️ Tobi Lütke, CEO do Shopify, soltou um memorando interno com a seguinte pedrada:
“Usar IA não é opcional. É fundamental. Se você não está crescendo com IA, está regredindo.”
Também listou orientações práticas:
IA deve estar presente desde a fase de prototipagem.
Prompting é habilidade essencial.
Equipes devem testar agentes de IA antes de pedirem mais recursos.
O uso da tecnologia vai ser considerado nas avaliações de desempenho.
🦉 Luis von Ahn, do Duolingo, compartilhou publicamente sua missão de tornar a companhia “AI-first”:
“Vamos deixar de usar gradualmente prestadores de serviço para tarefas que a IA já consegue fazer.”
Na sequência, ele ainda diz: “a Duolingo continuará sendo uma empresa que se importa profundamente com seus colaboradores. Isso não é sobre substituir colaboradores por IA.
É sobre remover gargalos, pra que as pessoas foquem em trabalho criativo e problemas reais — não em tarefas repetitivas".
✏️ Por último, o e-mail interno do Micha Kaufman, CEO da Fiverr, também circulou. E o tom foi mais drástico:
Não importa se você é programador, designer, gerente de produto, cientista de dados, advogado, representante de atendimento ao cliente, vendedor ou trabalha com finanças — a IA está vindo para te substituir.
Imagina trabalhar na área de tech e seu CEO escrever isso?
Ele não só alertou. Ele indicou ferramentas.
Recomendou o uso de IA em áreas como jurídico (Legora) e desenvolvimento (Cursor).
Diante de tudo isso, é fácil buscar uma explicação simplista e reducionista:
"Boa, Jobs. Agora é só esperar o robô pegar minha vaga, né?"
Mas aqui eu venho te lembrar que entre o 8 e o 80 existem o 71 outras possibilidades…
O que é ruído? E o que é realidade?
🎙️ Ruído:
Que todos serão substituídos imediatamente;
O apocalipse generalizado sobre o “fim do trabalho”;
Comparações rasas com NFTs, Metaverso ou qualquer outra moda passageira.
🧱 Realidade:
IA é sobre eficiência operacional, não hype;
Empresas estão mudando processos agora;
O número de usuários ativos do ChatGPT passou de 400 milhões.
Ou seja:
Não é o fim do trabalho.
Mas provavelmente é o fim do trabalho do jeito que a gente fazia.
Como então a gente se prepara para o futuro presente?
Usar IA é muito diferente de trabalhar com IA.
Você já deve estar cansado de ouvir aquelas histórias tipo o visionário que comprou bitcoin por um valor de uma pizza; ou o investidor que apostou no Facebook lá no início e ganhou uma bolada.
Com o tempo, toda decisão ousada parece óbvia, mas só depois que o mercado valida ela. Só depois que todo mundo entende.
A beleza da inteligência artificial hoje é que você não precisa ser um visionário, nem tomar grandes riscos e nem largar tudo.
Você só precisa não ficar parado.
É por isso que estamos escrevendo essa edição.
Aproveitando o assunto, uma dúvida: você gostaria que montássemos uma trilha de como usar melhor IA aplicada à carreira? |
Faça Login ou Inscrever-se para participar de pesquisas. |
Ficar parado, nesse caso, é omissão. Não tem como dizer que você não sabe do que está acontecendo.
E omissão é o risco.
A oportunidade aqui é o timing.
Segundo dados da Pew Research, 63% dos trabalhadores americanos não utilizam ou utilizam pouco IA no trabalho (não encontramos esse dado atualizado no Brasil, mas assumimos que é igual ou menor).
E dos que usam IA com frequência (16%) o grande problema é o verbo: usar.
Eles usam como quem aperta botão. Como quem consulta uma calculadora.
Mas IA não é ferramenta de clique. É relação de construção.
A diferença entre “usar” e “trabalhar com” é a mesma entre delegar uma tarefa e co-criar uma solução.
A IA só vira diferencial quando sai do status de extensão da sua produtividade e passa a ser parceira do seu raciocínio.
E isso exige outra postura: