um manual para comunicar com seu líder

parte 1/3


👋 Boas-vindas às novas 1.298 pessoas que se inscreveram no the jobs na última semana! Agora, somos 81.533 leitores na maior comunidade de futuros&novos líderes do Brasil.

Essa é uma edição do the jobs para os leitores não assinantes.

Fala, Jobs!

Chegou a hora do nosso 1:1 semanal. 😉

Hoje, nós vamos aprofundar o tema da última edição, que foi “como melhorar o relacionamento líder&liderado”. Aliás, te convido a me adicionar lá no Instagram e LinkedIn, porque vamos continuar essa conversa por lá.

A ideia é trazer mais uma série de conselhos práticos que vão fazer a sua rotina e relação com seus líderes ainda melhor.

O grande objetivo da última edição foi trazer uma definição: liderança está nas nossas atitudes e liderança não tem nada a ver com cargo. A última edição inteira foi sobre como podemos agir como líderes das nossas próprias carreiras, independente de ser um/a gestor/a e liderar outras pessoas.

Ah — e antes de começar, um recado importante: sempre que possível, vamos interagir ao máximo com os milhares de leitores que temos aqui.

Recebemos um feedback importante da última edição. 95.62% dos leitores adoraram a edição, de acordo com os feedbacks:

Mas um comentário chamou a nossa atenção — foi esse da Giovanna:

Antes de tudo, muito obrigado por tirar um tempo pra deixar o feedback pra gente, Gi! 😉 

Seu comentário foi importante, mas tem um equívoco — não estamos falando de que a culpa de uma relação ruim com seu líder é sua.

O recado da última edição é, em resumo, que não importa de quem é a culpa.

Pensar em “entregar a culpa” aqui só atrapalha (até porque “entregar a culpa” é uma atividade passiva e a nossa última edição foi cheia de sugestões mais ativas).

Vou repetir uma frase importante da última edição: se a sua relação com seu gestor/a está ruim, vai ser muito mais saudável e benéfico para a sua carreira assumir primeiro que essa é uma falha sua, não dele/a, mesmo que não seja!

Isso significa que, “mesmo que a culpa seja do seu líder”, você ainda pode tomar iniciativa e atitudes para melhorar essa relação (todas aquelas iniciativas que comentamos na última edição e todas que vamos comentar nessa, por exemplo).

Quando a responsabilidade sobre algo é nossa (no caso, a responsabilidade sobre sua própria carreira), não importa de quem é a culpa.

Em um cenário de ter um líder ruim, as opções são só duas:

  1. Assumir a responsabilidade para melhorar a relação (pense como um desafio extra pra você — você pode tentar melhorar essa relação ou pode até decidir trocar de empresa eventualmente);

  2. Não fazer nada e continuar do jeito que está, culpando seu líder.

O the jobs é uma newsletter feita pra quem escolhe a Opção 1 torço para que seja a sua escolha também! 😉 

Agora, mais um spoiler? 😮

Na semana passada, o spoiler foi de que nós ouvimos os incontáveis pedidos de vocês para trazermos conteúdo de uma maneira mais ordenada, interativa etc.

E temos um projeto no forno…

O próximo spoiler é de que isso vai ser construído com vocês (e também com líderes de algumas das maiores empresas do Brasil e do mundo, mas contamos mais sobre isso depois).

Preparamos uma enquete rápida com 3 perguntas no botão abaixo.

O importante é saber que as pessoas que responderem essa enquete são as primeiras a ter acesso a essas novidades do the jobs… 👀

Esperamos vocês — os primeiros — lá! 😉 

Prepare seu print…

Pode ser só uma frase legal — ou pode ser algo útil pra você.

Se você não souber falar com facilidade suas metas pra essa próxima semana e pelo menos para o final desse mês… Algo está errado.

APRESENTADO POR INSIDER

Qual é o novo dress code corporativo?

Conforto. Estar confortável não é só conseguir marcar o 1:1 pra falar a real pro seu chefe. Nesse caso, ele é literal e está nas peças das roupas de trabalho.

Prova disso é que 70% dos consumidores preferem um estilo mais casual no ambiente profissional e, além das peças confortáveis, as marcas também estão pensando no meio ambiente.

Esqueça os dias de usar as roupas que apertam, coçam e cheiram. 👔 Vivemos a era dos looks de trabalho com alto desempenho, tecidos que “respiram”, desamassam no corpo e duram mais.

É essa tecnologia que faz da Insider uma das pioneiras em tecidos sustentáveis e de alta qualidade no Brasil. Ou seja, dá pra usar a mesma roupa tanto na reunião formal, quanto no café mais descontraído — mantendo a sofisticação.

  • Ou na ioga, ou treino logo depois do trabalho.

Não tem segredo: Aqui você confere as peças estilosas e sofisticadas com um plus da semana do consumidor com 15% OFF usando o cupom JOBS15. Mas é por pouco tempo, tá?

escrito por @digoplemos

Apresentamos: a “gestão reversa”

Reverse Game Night GIF by Mattel

A principal inspiração pra essa edição foi esse cara aqui, chamado Andrew Bosworth. Ele se formou em Harvard e é o CTO do Facebook/Meta. Está lá desde 2006 e ele que construiu o que hoje conhecemos como “feed de notícias” das redes sociais.

Leio muita coisa do blog dele, inclusive esse artigo sobre “gerenciar seu gestor” (que estamos chamando aqui de “gestão reversa”).

Esse é provavelmente o jeito mais fácil de explicar o que é a tal da “gestão reversa”: é como se você liderasse, também, o seu relacionamento com seu líder.

Esse é o segredo que seu líder não te contou: ele/a quer que você gerencie seu relacionamento com ele.

Ele/a quer que você assuma uma postura de liderança para que ele/a não precise se preocupar com mais uma coisa na infinita lista de preocupações...

Existe uma maneira de você tirar um peso grande das costas do seu líder e facilitar as coisas pra ele/a — e essa maneira é essa gestão reversa.

O problema

Principalmente nos primeiros anos de carreira, é comum pensar que o trabalho do seu líder/gestor é te falar o que fazer e o seu trabalho é fazer isso bem feito.

Mas se você começar a ouvir cada vez mais pessoas muito bem sucedidas profissionalmente falando sobre suas carreiras, você vai reparar que não é assim que as coisas funcionam.

Não é uma via única; é uma via de mão dupla.

Não me entenda errado: se você fizer bem feito o que seu líder te pedir, você vai se dar bem.

Mas o que realmente vai te destacar é fazer o que estamos chamando dessa gestão reversa — em resumo: você precisa ser um colaborador que comunica bem, que executa o que precisa ser executado e, principalmente que ajuda a alcançar resultados.

O que muita gente não percebe é que, na grande maioria das vezes, o esperado não é só “entregar seu resultado e fazer sua parte”. O esperado pelo seu líder é a soma do seu resultado com o resultado dos seus pares.

É por isso que simplesmente fazer o que seu chefe pede pode não ser suficiente para se destacar.

O que fazer?

Boa parte do que podemos fazer aqui como parte dessa gestão reversa é melhorar nossa comunicação.

Na próxima edição, entraremos a fundo em detalhes de como comunicar melhor nessa edição, falaremos sobre 3 pontos que são a base sólida para uma boa comunicação.

Mas, antes, um alinhamento de expectativas.

Você não precisa necessariamente incorporar essa postura de “gestão reversa” que vamos falar aqui — mas as chances são muito maiores da sua carreira ir mais longe com isso.

  • Se você ainda não é um gestor, você provavelmente não faz ideia de quão ocupado seu gestor provavelmente está… É como se você só enxergasse as coisas em preto e branco e, quando vira gestor, começa a ver em cores.

  • Se você já é um gestor, você conhece seu dia a dia e consegue imaginar quão ocupado seu gestor também está. É importante se lembrar disso.

A sua área de responsabilidade é 100% do seu tempo, mas deve ser uns 10% do tempo do seu gestor, porque ele tem outros liderados; ele precisa produzir e executar coisas também; ele precisa acompanhar as metas de perto; ele precisa saber do que está acontecendo; ele precisa se preparar para as reuniões com os gestores dele; ele está protegendo você e o time de coisas pouco importantes e chatas pra vocês fazerem o que é mais relevante…

Tudo isso e muitas outras coisas que você talvez não enxergasse antes.

Vou tentar ilustrar o que quero com esse alinhamento de expectativa antes de entrarmos nos 3 pontos:

🚫 “É o trabalho exclusivo do meu gestor me gerenciar, ele que tem que se preparar para isso.”

“Eu não preciso necessariamente pensar nessa gestão reversa, mas, se eu fizer isso, eu assumo parte maior do controle da minha carreira.

🚫 “Vou esperar meu gestor me dar abertura pra fazer esse tipo de coisa como essa gestão reversa.

✅ “Meu gestor está ocupado com o trabalho e mais uma série de preocupações que eu não necessariamente conheço. Melhor eu assumir as rédeas e tomar a iniciativa de falar com ele.

Se assumir os pontos a seguir, você vai conquistar mais confiança e vai ganhar mais autonomia.

Vamos, então, a 3 pilares de uma boa gestão reversa, que darão a base para os detalhes de comunicação que traremos na próxima edição.

1) Mantenha o seu gestor informado

A confiança não é tão simples como “confiar ou não” — ela é constantemente influenciada por comportamentos.

Um dos melhores jeitos de aumentar a confiança é sendo consistente e tendo uma comunicação clara. O jeito mais fácil de explicar isso é:

  1. Fale o que você vai fazer.

  2. Faça.

  3. Avise seu gestor que está fazendo.

  4. Informe seu gestor quando terminou.

  5. Repita.

Os problemas aparecem quando a gente pula uma dessas etapas (essa edição e a próxima vão falar no detalhe sobre como fazer isso bem feito).

Ainda sobre manter os gestores informados: se houver alguma notícia ruim, fale assim que sentir que algo não está certo. Esperar até virar um "problema real" vai te deixar com menos alternativas para resolver a situação.

Parte importante de manter seu gestor atualizado é garantir que ele saiba de tudo o bom, o ruim e o que precisa melhorar.

Regra simples pra seguir: quanto menos surpresas, melhor. Lembro até hoje de um grande gestor que tive repetindo pra mim: “Digo, sem surpresas”.

Virou um mantra.

Ninguém quer que o gestor seja pego de surpresa quando o diretor (ou até o CEO) descobre algo que ele deveria ter ouvido de você antes.

Ilustrando bem:

🚫 [Silêncio, mesmo vendo que a meta não está indo tão bem.]

✅ “Ainda temos duas semanas antes do prazo final e temos 20 clientes fechados dos 40 que queríamos. Com as propostas ainda pendentes, não temos clientes suficientes abordados pra bater 40 — então, nessa semana vou focar em testar XYZ pra tentar trazer mais possíveis clientes. Gostaria de sua opinião sobre isso. Podemos revisar juntos amanhã?

Você vai se surpreender com o poder de não fazer perguntas abertas.

2) Você está sendo microgerenciado ou será que precisa comunicar melhor?

Comunicação ruim, muitas vezes, leva à sensação de estar sendo microgerenciado. Se você não comunica bem, é natural que seu gestor te supervisione mais.

Se você, por exemplo, não compartilha atualizações de forma proativa com o seu gestor, ele vai ter que te cobrar até conseguir as informações de que precisa.

Obviamente, podem existir vezes em que gestores microgerenciam, e o problema nem sempre é comunicação (mas, na maioria das vezes, é).

Eu já reclamei de achar que estava sendo “microgerenciado“ antes…

Sinceramente? Eu não tinha a maturidade suficiente no momento pra entender que era necessário, porque eu estava aprendendo e a tarefa era relevante.

Mais ainda: Eu reclamava que estava sendo “microgerenciado”, mas gosto de pensar que meu chefe estava, na verdade, me dando e cobrando responsabilidade.

Pra ilustrar melhor o que é a boa postura aqui:

🚫 "Meu chefe fica me microgerenciando, eu queria que ele saísse do meu pé e me deixasse fazer meu trabalho."

✅ "Por que será que ele está sentindo a necessidade de microgerenciar? Será que estou mantendo meu gestor informado? Será que alinhei bem o que é esperado como sucesso, para mostrar que estou cuidando disso?"

Microgerenciamento é, provavelmente, um dos termos mais mal utilizados no mundo dos negócios.

Quando você se coloca no lugar do seu gestor, percebe que ele é responsável por tudo o que a equipe faz, inclusive o seu trabalho. O objetivo dele é garantir que as metas estejam no caminho certo e que os resultados da equipe atendam ao nível de excelência esperado.

Facilite o trabalho do seu gestor e ele poderá confiar mais em você.

Se você está sob microgerenciamento, por favor, considere o seguinte:

As chances não são baixas de que o seu gestor esteja sobrecarregado e desejando, assim como você (ou provavelmente mais), que ele não precise fazer tantas cobranças.

A maioria das pessoas não quer adicionar mais trabalho à sua rotina — ele não faz isso porque quer. Ele quer, na verdade, poder confiar em você e provavelmente você ainda não deu motivos suficientes.

3) A quantidade certa de comunicação é maior do que você provavelmente imagina

Já entendemos, até aqui com os pontos acima, que precisamos saber atualizar nossos gestores — mas o negócio é que cada pessoa tem um nível diferente de necessidade em ser atualizada.

Nem sempre dá para saber as preferências do gestor logo de cara, mas você pode, obviamente, perguntar e ir ajustando ao longo do tempo.

No início, é natural que o gestor tenha uma abordagem mais presente, pois ambos estão construindo confiança. Com o tempo, à medida que essa confiança é estabelecida, o gestor costuma dar mais espaço — e, se você já tem experiência em uma área, provavelmente precisará dar menos atualizações sobre ela.

Se está começando, seu gestor vai querer ficar mais próximo até que você mostre que tem tudo sob controle.

Uma referência muito boa sobre isso é o livro High Output Management, do Andy Grove, co-fundador e ex-CEO da Intel:

"A frequência com que você monitora não deve ser baseada no que você acredita que seu subordinado pode fazer em geral, mas na sua experiência com uma tarefa específica e em seu desempenho anterior.

À medida que o trabalho do subordinado melhora, você deve reduzir proporcionalmente a intensidade do monitoramento."

Andy Grove

Esse “overcommunication” compartilhando cada detalhe do que estava sendo feito, as razões, costumam contribuir. O que provavelmente vai acontecer é que, em algum momento, seu líder vai te dizer: “Você não precisa me contar tudo, eu confio em você." — e isso é ótimo.

Esses 3 pontos formam a base sólida desse manual de comunicação com seu líder.

Na próxima semana, vamos complementar essa edição e entrar nos detalhes de como comunicar, como abordar problemas, com qual frequência contatar e por aí vai…

Mas a edição da semana ainda não acabou — vamos às respostas dos nossos mentores aos desafios dos assinantes?

Para acessar as partes 2 e 3 desse manual, você precisa se tornar assinante.

Esse é um feedback comum entre assinantes do the jobs:

Confia na Andreza…

Para acessar o restante dessa edição e também ter acesso a todo o nosso conteúdo, clique no botão abaixo.

Você vai desejar ter assinado antes. 😉 

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