2 histórias que valem por um MBA

de 2 pessoas completamente diferentes

👋 Boas-vindas às novas 343 pessoas que se inscreveram no the jobs na última semana! Agora, somos 109.132 leitores na maior comunidade de futuros&novos líderes do Brasil.

Fala, Jobs!

Se você estiver lendo isso durante o Carnaval, um brinde a você.

Se você estiver lendo isso após o Carnaval, espero que tenha brindado por nós. Risos.

Brincadeiras à parte, como hoje é o feriado mais alegre de todo o ano e muitos provavelmente estão se divertindo, essa será uma edição um pouco menor — mas igualmente provocadora.

O nosso 1:1 de hoje:

Hoje, quero te contar as histórias de 2 pessoas extremamente bem-sucedidas na vida profissional (estou falando especificamente na área profissional e você vai entender do que estou falando em breve) e de alguns dos principais aprendizados por trás dessas histórias.

Essas pessoas são Abílio Diniz, um dos maiores empresários da história do Brasil, e Jimmy Donaldson (talvez você o conheça como Mr. Beast), o maior YouTuber da história que se tornou bilionário.

Talvez você não queira ser um YouTube ou um empreendedor, mas o nosso 1:1 de hoje vai muito além disso. Você vai entender ao final.

PS: talvez você não saiba, mas a influência que o Abílio Diniz teve em muitos empreendedores atuais é gigante. Acabou de fazer um ano desde a sua morte e esse post é, também, uma homenagem a um dos maiores nomes do empreendedorismo brasileiro.

Por que isso é importante:

Porque é conhecendo melhor histórias de sucesso (e as histórias de fracasso por trás de uma grande história de sucesso) que nós conseguimos entender boas práticas e aprender coisas que não fazíamos antes, mas, principalmente, entendemos também como o sucesso se manifesta de diferentes maneiras e em diferentes facetas.

Esse não é um texto pra tentar simplificar a jornada profissional de 2 pessoas incríveis.

Esse é um texto com 2 diferentes lições e que vale para qualquer pessoa que tenha ambição de crescer na vida profissional.

Se esse for o seu caso — o que acredito muito que seja — vamos nessa.

Olha… Eu fiz esse post lá no final de 2024, mas acredito que ele seja super útil pro Carnaval. É um post que fala de 7 diferentes tipos de descanso que cada um de nós precisamos — e eles dependem do nosso momento.

Espero que seja útil pra você. 😉 

Prepare seu print, porque a frase da semana tá na área:

Lembrete: fazer mais, falar menos. Simples.

escrito por @digoplemos

Como Abílio e Mr. Beast podem ser úteis para o seu dia a dia?

sim, a escolha das fotos diferentes dos dois foi proposital kkk

Na parte do Abílio, vamos falar sobre uma regra de postura e liderança (não só para líderes, mas para todos) que Abílio sempre usou e sempre repassou aos seus liderados — e olha que ele formou muita gente.

Na parte do Mr. Beast, vamos falar sobre a última entrevista que ele deu em um podcast, na qual soltou a seguinte frase: “se minha saúde mental fosse uma prioridade, eu não seria tão bem sucedido quanto sou hoje”.

Uma aula com Abílio Diniz:

Esse na foto abaixo sou eu com o Abílio, poucos meses antes de ele falecer. Ele nos visitou na nossa faculdade e deu uma aula incrível para os nossos alunos.

O que eu quero trazer aqui pra vocês é o principal ponto dessa aula.

Para qualquer problema, olhe “primeiro no espelho e só depois para a janela”.

Abílio Diniz

Essa foi a frase que embasou tudo que o Abílio nos falou durante 1h30 de aula.

Olhar primeiro para o espelho significa “olhar para si mesmo”.

Olhar para a janela significa “olhar para o mundo e para outras pessoas”.

Quando Abílio falou para “olharmos primeiro para o espelho, e só depois para a janela”, ele quis dizer para tentar assumir a responsabilidade quando problemas acontecem em vez de tentar culpar algo externo.

Antes de continuar, vou escrever 5 exemplos de como isso acontece no dia a dia e aposto que você vai se identificar, seja por você já ter feito isso (eu também já passei por isso) ou por ver outras pessoas fazendo:

  • “Meu chefe não reconhece meu trabalho.”
    Talvez. Mas quantas vezes você comunicou suas entregas de forma clara? Quantas vezes você fez um follow-up bem feito sobre seus projetos?

  • “Meu time não me respeita porque sou novo na liderança.”
    Pode ser. Mas será que você já construiu credibilidade antes de cobrar respeito? Você tem sido claro e assertivo nas suas decisões?

  • “Meu gestor não me dá feedbacks claros.”
    Beleza... Mas quantas vezes você pediu um feedback específico? Quantas vezes você mostrou interesse genuíno em melhorar e perguntou diretamente o que poderia fazer de diferente?

  • “As reuniões da empresa são sempre confusas e improdutivas.”
    Pode ser. Mas você chega nelas bem preparado? Você já tentou sugerir uma pauta clara ou resumir os pontos principais para facilitar o entendimento do time?

  • “Ninguém percebe o quanto eu trabalho duro.”
    Pode ser. Mas será que você está comunicando seu impacto de forma estruturada? Será que você está apenas esperando reconhecimento em vez de garantir que as pessoas certas saibam o valor do que você faz?

Acho que deu pra entender o que o Abílio quis dizer com “olhar pra janela”, né?

É sempre mais fácil apontar o dedo.

Quando ouvi o Abílio dizer essa frase do “espelho > janela”, minha mente foi longe e 3 ideias principais vieram na hora à minha cabeça.

E é engraçado, porque essas 3 referências diferentes mostram como um mesmo conceito se manifesta em diferentes épocas da história, em diferentes regiões do mundo, e de diferentes maneiras.

Essas são as 3 referências:

  1. Jocko Willink, um dos maiores líderes da história dos Navy SEALs, a força militar americana de elite, fala que “não existem times ruins, somente líderes ruins”. Dificilmente existe uma frase melhor para dizer que não podemos culpar os outros e que precisamos, antes de tudo, olhar para nós mesmos.

  2. O pilar principal do estoicismo: “be strict with myself and forgiving to others” (ser rígido comigo mesmo, mas flexível com os outros). Em resumo: se eu faço uma besteira, eu me cobro e preciso melhorar - mas se outra pessoa faz a mesma besteira, eu tento entender e reconheço que isso nunca esteve no meu controle. Conceito claro de primeiro me analisar para só depois envolver os outros.

  3. A Bíblia, em Mateus 7:3-5, diz “Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão, mas não se dá conta da viga que está no seu próprio olho? Como você pode dizer ao seu irmão: “Deixe‑me tirar o cisco do seu olho”, quando há uma viga no seu? Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho e, então, você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão.”

Referências completamente diferentes. Conceitos exatamente iguais.

Esse é um aprendizado do qual tento me lembrar todo santo dia.

Eu gosto de “mantras”. No meu caso: frases que me marcam e que carregarei provavelmente para o resto da vida.

Um dos mantras que sempre me repeti - principalmente quando estou estressado - é “strict with myself, forgiving to others”.

Agora, também repetirei “primeiro espelho, depois janela” — e, se você quer ter uma carreira de alto crescimento, todas aquelas referências ali em cima indicam que você provavelmente deveria fazer o mesmo.

E, para finalizar essa parte do Abílio, talvez a principal provocação que eu, no meu simples papel de escritor do the jobs e “provocador profissional” (risos), possa deixar pra você é: onde nos últimos dias e semana você olhou mais pra janela do que pro espelho?

Uma aula com Jimmy Donaldson, o Mr. Beast:

Esse na foto abaixo sou eu com o Mr. Beast.

Brincadeirinha.

Ele não nos visitou na nossa faculdade como o Abílio, mas valeu a edição de 5min no Canva pra brincar.

Antes de escrever essa edição, eu fui pesquisar mais sobre a vida desse cara. Uma leitura boa que encontrei é essa daquibem completa.

Mas eu também encontrei esse episódio de podcast aqui, provavelmente o mais atual que existe com o Mr. Beast.

É um episódio de 2h, mas vou trazer aqui alguns dos principais insights, resumidos em frases, e já aviso: é uma aula bem diferente da aula com o Abílio.

👉️ “Existe um motivo pelo qual ninguém faz vídeos que nem eu — e é porque ninguém quer viver a vida que eu vivo ou estar dentro da minha cabeça.”

Esse podcast mostra um lado diferente dos textos que encontrei sobre o Mr. Beast, porque normalmente você só vê a galera colocando o cara em um pedestal (e não quero dizer que ele não mereça, porque ele merece — construiu um império incrível).

Esse episódio mostra o lado nem um pouco sexy de como um simples YouTuber que era excluído e sem muitos amigos quando criança conseguiu se tornar um bilionário.

Os vídeos dele são super divertidos.

Tem uns diferentes que ele dá uma certa quantia de dinheiro pra uma pessoa proteger uma Lamborghini com o que ela conseguir pensar, porque ele vai passar alguns bons minutos atirando nela. Se a Lamborghini continuar intacta ao final do tempo atirando com diferentes armas, a pessoa leva a Lamborghini.

Mas quando o host do podcast pergunta se ele é feliz, a resposta do Mr. Beast é: “até agora, sou mais infeliz do que feliz”.

👉️ O que ele faz requer um nível absurdo de sacrifícios.

Teve um ano em que ele viajou de avião por mais de 200 dias no ano, passou 7 dias em uma ilha deserta gravando conteúdo, ficou enterrado por 50 horas e fez muitas outras coisas do tipo.

Ao mesmo tempo que ele fala “consistentemente estar desconfortável e aguentar esse tipo de sacrifícios é minha maior vantagem competitiva”, ele também fala que “amanhã vai acordar cansado e se sentindo mal”.

👉️ Ele é insubstituível — e isso pode ser ótimo, mas também uma maldição.

Diferente de muitos outros trabalhos, o império inteiro dele colapsa imediatamente a partir do momento em que ele parar de aparecer. “Se eu não filmo, não há conteúdo e o canal acaba — não consigo tirar um dia off”.

Inclusive, nesse momento, o host do podcast falou sobre creators com burnout e perguntou pra ele se ele pensa em parar com o YouTube. A resposta dele é “opa, claro - penso nisso o tempo todo — mas eu meio que atropelo esse sentimento, inclusive é por isso que estou aqui nesse podcast”.

👉️ “Eu provavelmente já li mais de 5.000 mensagens e comentários de pessoas falando pra eu me matar”.

Os haters existem. No caso dele, com bilhões de views, eles continuam existindo — mas em larga escala. Você consegue imaginar o peso que isso pode trazer? Você já se incomodou com UM comentário ruim (que obviamente não foi tão ruim quanto esses)? Imagine 5.000.

👉️ “Eu preciso ter um nível de foco muito diferente no que estou construindo”.

Quando o Mr. Beast lançou chocolates, ele recebeu várias reclamações, porque as barras estavam quase todas quebradas. Ele conseguiu instalar de maneira ilegal câmeras no Walmart pra estudar o que estava acontecendo e, quando perguntaram pra ele que isso era ilegal, a resposta dele foi: “eu não estou nem aí, só preciso saber por que minhas barras de chocolate estão quebrando”.

Não estou aqui pra dizer se concordo ou não com isso. Estou aqui pra mostrar um exemplo de quão longe ele está disposto a ir pra construir tudo — esse é apenas mais um exemplo. A conclusão é com você.

👉️ “Eu atropelo o que estou sentindo pra conseguir fazer tudo que faço — e isso cobra um preço. Se minha saúde mental fosse minha prioridade, eu não seria tão bem-sucedido como sou hoje".

E aí, essa frase dele te faz pensar tanto quanto me faz pensar?

Essa história me faz pensar em algo que vejo o tempo todo (inclusive em mim mesmo): muita gente quer os resultados, mas poucos estão dispostos a pagar o preço.

E não estou falando de passar 50 horas enterrado ou instalar câmeras ilegais no Walmart.

Eu também não estou falando que todos deveriam seguir o caminho dele.

Eu não estou aqui pra tirar conclusões por você — e acho um saco quem faz isso, dizendo “você deve fazer isso” ou “você deve fazer aquilo”.

O ponto não é se vale a pena ou não viver como ele vive.

O ponto é entender que, pra chegar onde poucos chegam, inevitavelmente, você vai ter que fazer coisas que quase ninguém quer fazer.

A excelência requer, primeiro, lidar com o tédio. Repetir o básico incontáveis vezes.

Depois, ela requer sacrifícios. Abrir mão de coisas que você provavelmente não quer abrir mão, mas em prol de algo ainda maior.

O Mr. Beast construiu um império, mas, olhando de perto, dá pra ver que ele fez isso de um jeito que quase ninguém toparia.

Ele sacrificou conforto, saúde mental e qualquer noção de equilíbrio.

E ele sabe disso.

Isso significa que todo mundo que quer ser bem-sucedido precisa seguir esse caminho extremo?

Não.

Mas significa que todo caminho de sucesso vai ter seu preço.

E a grande provocação aqui é: você está de acordo com o preço a pagar pelo objetivo que está buscando?

Lembre-se que esse preço a se pagar tem os prós e contras — e essa é a aula que eu tive lendo e ouvindo tudo isso do Mr. Beast.

Chegamos ao final de mais um dos nossos 1:1s semanais.

Quero te pedir uma coisa que vai demorar uns 33 segundos, no máximo: contar pra gente o que achou dessa edição. Topa?

Uma coisa eu te garanto: nós lemos TODOS os comentários. Sua opinião realmente ajuda a construir um the jobs melhor.

O que você achou dessa edição?

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Nos encontramos na semana que vem — e espero que você consiga traduzir essa edição para o seu dia a dia.

Se eu puder ajudar com algo, não hesite em me mandar uma DM e dizer que veio do the jobs.

Um abraço e let’s f*cking go,

Digo Lemos.

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