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a habilidade mais subestimada da atualidade
ouvir é diferente de saber ouvir
👋 Boas-vindas às novas 297 pessoas que se inscreveram no the jobs na última semana! Agora, somos 109.429 leitores na maior comunidade de futuros&novos líderes do Brasil.
Fala, Jobs!
Um recado rápido: se você “pulou” a edição do Carnaval do the jobs, esse é o seu aviso pra clicar aqui e não deixar de ler ela — recebemos muitos feedbacks positivos dessa.
O nosso 1:1 de hoje:
Nossa conversa de hoje é sobre uma habilidade que a maioria das pessoas acha que domina, mas, na real, ainda patina (até rimou): saber receber feedbacks.
Por que isso é importante:
Porque um feedback bem recebido pode ser o atalho para enxergar o que você ainda não percebeu, corrigir falhas antes que virem problemas maiores e construir um ambiente onde as pessoas confiam em você o suficiente para serem honestas.
Quem escuta bem, cria relações quipes mais fortes, ambientes mais abertos e evitam surpresas desagradáveis que provavelmente viriam no futuro.
Sem contar que quanto melhor você escuta, mais rápido você aprende — e isso vale do estagiário ao CEO.
Vamos nessa?
O prompt do Chat GPT mais polêmico que você já viu:
O que vou falar agora é provavelmente a melhor forma (a mais tangível) de mostrar como a inteligência artificial pode ser muito útil pra sua carreira.
Eu fiz um post despretensioso nessa última semana sobre um prompt do GPT e ele literalmente bombou: até agora, são mais de 30 mil views no LinkedIn e quase 800 comentários no Instagram.
Dá uma olhada nele aqui:
Ou, se você preferir, pode clicar aqui pra ver o post no LinkedIn também.
Espero que seja útil pra você (prepare-se pra uma possível resposta bem dura kkk). 😉
Prepare seu print, porque a frase da semana tá na área:

Essa frase está diretamente relacionada com o texto de hoje.
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escrito por @digoplemos
A habilidade mais subestimada da atualidade: saber ouvir.

Quantas vezes você já hesitou antes de dizer “não sei” em uma reunião?
Ou melhor: quantas vezes você já saiu tentando responder algo quando, na verdade, não sabia a resposta?
Quantas vezes você já ficou desconfortável ao admitir que errou em uma entrega?
Ou melhor: quantas vezes você já evitou admitir um erro e tentou se justificar a culpa pra outra coisa?
Quantas vezes você sentiu aquela insegurança ao dizer que não entendeu um conceito logo de cara?
Ou melhor: quantas vezes você deixou de falar e perguntar só pra ninguém perceber que você não entendeu o assunto?
Chances altas de você ter se identificado em alguma (ou todas) dessas situações.
Eu te entendo.
Essas 3 situações parecem fraquezas.
Mas elas não são fraquezas:
1: Dizer “não sei” não é admitir ignorância, é demonstrar humildade intelectual.
Um analista júnior que pede ajuda pra entender a lógica por trás de uma decisão estratégica não está sendo fraco. Ele está demonstrando que quer tomar decisões melhores no futuro.
Uma nova supervisora que admite não conhecer um processo específico não está se desqualificando pra o cargo. Ela está criando espaço pra aprender e se tornar mais eficiente.
Um colaborador em início de carreira que questiona o porquê de uma metodologia usada pela equipe não está desafiando a autoridade. Ele está exercendo sua curiosidade pra contribuir com mais qualidade.

Essa imagem ilustra bem tudo isso — ela é uma aula por si só (ela é a representação visual de um conceito chamado “Dunning-Kruger Effect”).
Dizer “eu estava errado” não é confessar fracasso, é mostrar integridade intelectual.
Uma coordenadora que percebe que a estratégia de comunicação adotada não gerou engajamento e propõe ajustes ganha mais respeito do que aquela que insiste no plano original só pra não admitir o erro.
Um desenvolvedor que identifica que uma solução implementada não otimizou o sistema como esperado e sugere uma nova abordagem demonstra mais maturidade profissional do que aquele que se recusa a mudar por orgulho.
Um líder de projeto que reconhece que a estimativa de prazos foi irrealista e propõe ajustes ganha mais confiança da equipe do que aquele que tenta mascarar os atrasos pra parecer mais competente.
Dizer “não entendi” não é um sinal de burrice, é um motor para a curiosidade intelectual.
Um gerente júnior que pede mais detalhes sobre a estratégia da empresa não está demonstrando insegurança, está garantindo que suas decisões estarão alinhadas com os objetivos do negócio.
Uma analista que questiona como um novo sistema funciona antes de implementá-lo não está atrasando o processo, está se certificando de que fará um trabalho bem-feito.
Um coordenador que pede mais contexto sobre uma mudança na política da empresa não está sendo resistente, está buscando clareza pra aplicá-la da melhor forma possível.
O grande problema é que muitas empresas, líderes e colegas de trabalho ainda enxergam essas situações como sinais de fraqueza.
Mas olha que doido: a ironia é que os profissionais mais admirados são justamente aqueles que fazem essas coisas (dizer que não sabe, que estava errado ou que não entendeu).
Quem cresce rápido na carreira não é quem tem todas as respostas — é quem faz as perguntas certas.
E aqui entra o ponto central da nossa conversa de hoje: o poder de saber ouvir.
Se você não está disposto a escutar feedbacks, absorver novas perspectivas e admitir que sempre há algo a aprender, você está literalmente limitando seu próprio crescimento.
O maior erro que um futuro líder pode cometer não é errar — é fingir que já sabe tudo.
Essa foi uma introdução ao principal tema de hoje: saber ouvir feedbacks.
Você provavelmente já viu essa situação aqui:
Alguém (ou até você) diz que quer feedback. Fala que quer crescer, melhorar, aprender — mas, na prática, quando o feedback chega, a reação é outra.
Já vi isso acontecer incontáveis vezes (você provavelmente também).
“Ah, mas o que eu quis dizer foi…”
“Entendi seu ponto, mas você não me compreendeu.”
Ou, o clássico: “Tá bom, mas você também não faz isso direito!” (essa nunca falha, né? risos)
Tudo isso é só um jeito educado de dizer: “ok pelo feedback, mas você tá errado, não enche”.
PS: se não ficou claro, vou deixar ainda mais — isso não é legal.
A melhor maneira de aprender a dar feedbacks é aprendendo a ouvir feedbacks.
A gente aprende um monte de técnicas pra dar feedback (se vocês gostarem dessa edição, a próxima pode entrar nos detalhes de como dar melhores feedbacks).
Mas ninguém ensina como receber feedback sem virar um porco-espinho (irritado e que ataca tudo que chega perto) — e isso é um desperdício absurdo.
É um desperdício, porque aprender a receber feedback bem “custa nada e paga muito”: traz retornos incríveis pra sua carreira, pros seus relacionamentos e pra sua reputação como líder.
A boa notícia (acho que dá pra falar que é boa) é que pouca gente sabe fazer isso direito e, se você melhorar só um pouco, já sai na frente.
Receber feedback bem significa ter relações mais fortes, mais abertas e mais resilientes.
Significa que as pessoas ao seu redor vão se sentir mais à vontade pra falar com você – e você vai se tornar um profissional que gera menos ansiedade em conversas difíceis.
Mais importante ainda — você ganha acesso a uma informação que vale ouro: como os outros te enxergam.
Alguns pontos super importantes pra você saber ouvir feedbacks:
Seu escudo precisa, na real, virar curiosidade.
Sentir-se na defensiva e “levantar o escudo” é normal, mas isso não significa que você precisa reagir de imediato.
Antes de rebater ou justificar, assuma que a intenção da outra pessoa é positiva (isso é um ponto absurdamente importante, então estou escrevendo nesses parênteses pra reforçar além do negrito que escrevi).
Em vez de buscar argumentos para se defender, busque entender o que motivou o feedback. Aqui estão algumas respostas que podem ajudar — adapte-as como preferir:
"Valeu demais por compartilhar isso comigo. Eu vejo que você confia em mim para ter essa conversa de forma aberta. Você pode me contar um pouco mais sobre o que quis dizer?"
"O que você trouxe faz sentido. Quero entender melhor. O que eu disse ou fiz que te fez sentir/pensar assim?"
Uma boa prática: depois de ouvir, repita pra pessoa o que você entendeu, só pra garantir que captou corretamente. Isso demonstra que você está genuinamente interessado em entender o ponto da outra pessoa.
Ah, e um outro lembrete super importante: se alguém diz que você pode melhorar X, isso não significa que você faz X mal o tempo todo.
O segredo é entender quando e em que contexto esse feedback se aplica. Assim, você corrige de forma pontual e eficaz.
Pelo amor de Deus, controle suas caretas ao ouvir.
“Careta” é só um jeitinho mais engraçado pra falar das suas expressões faciais…
Se você quer que as pessoas sintam que podem te dar um feedback sincero, sua linguagem corporal precisa reforçar isso.
Você revira os olhos?
Seus olhos arregalam?
Você deixa sua testa franzir?
Você joga suas sobrancelhas pra cima?
Você inclina seu corpo pra trás pra “se distanciar”?
Seu rosto demonstra choque, incredulidade ou vontade de chorar?
Se sim, más notícias: ouso dizer que a pessoa do outro lado vai perceber e, na próxima vez, vai pensar duas vezes antes de te dizer a verdade.
Se segure e respire fundo (mas não tão alto, risos).
Lembre-se de que a pessoa se importou o suficiente para te dar um feedback.
O Bernardinho (um dos técnicos mais premiados da história do vôlei) me disse uma coisa que nunca mais esqueci: a cobrança é o reconhecimento da sua capacidade — se não houvesse cobrança ou feedback, seu líder provavelmente já desistiu de você.
Se você quer continuar recebendo a verdade, precisa parecer e mostrar que realmente valoriza isso.
Vou deixar algumas sugestões simples, mas importantes aqui:
Respire devagar.
Olhe nos olhos da pessoa em vez de desviar o olhar.
Mantenha uma postura ereta e levemente inclinada para frente, demonstrando interesse.
Use o mesmo tipo de linguagem corporal que usaria em uma conversa séria com alguém de quem você realmente se importa e respeita.
Se seu corpo transmite que você quer ouvir, sua chance de continuar recebendo feedback honesto aumenta.
Vou repetir e reforçar: seu corpo transmite o que você quer ouvir.
Daqui pra frente, o conteúdo é exclusivo para os assinantes do the jobs. Olha que bacana o feedback da Jullia sobre nossas edições para assinantes:

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