- the jobs 📠
- Posts
- acabando com a tendência de querer agradar a todos (free)
acabando com a tendência de querer agradar a todos (free)
👋 Boas-vindas às novas 2.331 pessoas que se inscreveram no the jobs na última semana! Agora, somos 93.638 leitores na maior comunidade de futuros&novos líderes do Brasil.
Fala, Jobs!
Chegou a hora do nosso 1:1 favorito com mais um texto pra você ler, reler e fazer seu trabalho um pouco melhor. 😉
E a edição de hoje começa com um conselho dos mais relevantes para a sua carreira:
Não seja o profissional invisível.
Vou ilustrar algumas situações que costumam acontecer bastante com os “profissionais invisiveis” pra você identificar se pode ser seu caso:
Aquela pessoa que faz tudo certo, mas quase ninguém lembra dela de primeira quando perguntam;
Aquela pessoa que tem receio de falar o que pensa e aí vê outra pessoa falando o que ela tinha pensado;
Aquela pessoa que espera reconhecimento sem se posicionar e acaba achando injusto outras pessoas (que talvez até tenham feito menos que ela) serem reconhecidas;
Aquela pessoa que nem tenta vender/expor melhor seu trabalho com receio de parecer arrogante (e acaba vendo outras pessoas levarem mais crédito).
E aí, você se identificou com alguma?
Esses são os padrões do “profissional invisível”.
Eu não vou ser o pessimista aqui e dizer que “pessoas piores que você vão tomar seu lugar se você não vender/expor bem seu trabalho” (embora eu já tenha visto isso acontecer e você já deve ter visto também).
O que eu quero dizer aqui é que, por muitas vezes, um “profissional suficiente” que comunica bem e sabe se expor vai receber um destaque maior do que um “profissional overdelivery” que não sabe se comunicar e se expor bem.
Entenda por “profissional suficiente” aquele que faz o que precisa ser feito e “profissional overdelivery” aquele que entrega além do que precisa ser feito.
Olha que bacana esse comentário que encontrei no LinkedIn do Ivan (eu só ocultei o nome completo e foto, porque não o conheço e não sei se teria autorização de postar aqui — mas vale o exemplo). Ilustra bem o que estamos falando na edição de hoje.
👉️ Aliás, vou deixar aqui o meu perfil do LinkedIn — estou postando conteúdos legais por lá que acabam gerando boas discussões. Me adicione por lá! 😉
No caso desse post do Ivan, o fato do gestor não saber o que o colaborador estava fazendo era uma falha enorme, mas o exemplo é real e, infelizmente, acontece.
Nem todos temos bons gestores e, se não comunicamos bem, corremos riscos ainda maiores.
Se eu puder te sugerir o primeiro passo para começar a resolver isso, seria responder as seguintes perguntas:
Com qual frequência eu comunico com meu líder direto? Qual parece ser a frequência ideal? Com qual frequência meu líder gostaria que eu comunicasse com ele?
Qual o nível de exposição do meu trabalho para meu gestor e para os tomadores de decisão? Quais são os possíveis pontos de interação (projetos, reuniões, emails ou até happy hours) com os gestores e/ou tomadores de decisão?
Quem ao meu redor parece ser a pessoa que melhor comunica seus resultados? Quais são os padrões que consigo identificar nessas pessoas?
Essas são algumas das perguntas que podem te ajudar a mapear a sua situação antes de “buscar um novo hack” ou coisas do tipo.
Primeiro identificar, depois tentar solucionar. Essa é a ordem correta.
Enfim, eu trouxe essa introdução por dois motivos:
O primeiro motivo é que isso pode te fazer melhor no trabalho.
O segundo é que esse é exatamente o tema do que falaremos no jobs club.
Abre um parênteses rápido aqui:
Na última edição (se você não acompanhou, é só clicar aqui), nós lançamos o primeiro jobs club: um remix de um curso ao vivo com uma comunidade — ou seja: você aprende, você tira suas dúvidas, você é desafiado (e orientado) a aplicar ao seu dia a dia e você ainda entende como quem também tem os mesmos desafios que você está aplicando isso no dia a dia.
Um aviso de amigo aos interessados: 25 pessoas já se inscreveram no jobs club e muitas manifestaram interesse, mas ainda não confirmaram. O que vai acontecer é que vamos fechar essa primeira turma ou, se mais pessoas realmente se interessarem, podemos abrir uma nova turma de ~20 pessoas.
Se você realmente tem interesse em participar, você já sabe o que fazer (ou você não leu direito a última edição). O jobs club é só pra quem realmente quer.
Fecha parênteses.
A newsletter continua a mil, independente de você participar agora ou não do jobs club.
Vamos nessa e vamos juntos!
Prepare o print!
Menos pensamento positivo, mais autoconhecimento e gestão emocional. 😉
Inclusive, sobre esse papo de insegurança, recomendo você ver esse Reels aqui. Deve ser um bom recado se você também sente uma insegurança no trabalho.
APRESENTADO POR TALENTFLIX
Por que empresas devem investir em pessoas
No processo de montar um time de sucesso uma coisa fica clara: empresas que investem em pessoas crescem mais.
Afinal, profissionais bem selecionados e em constante desenvolvimento criam um ambiente dinâmico, inclusivo e pronto para crescer junto. Por isso, construir isso já começa no recrutamento.
A Talentflix trabalha nessa seleção de talentos, e vai além. A empresa aposta no desenvolvimento organizacional e em iniciativas de inclusão — buscando potencializar as habilidades de cada um. 🤝🏻📈
Para empresas que querem expandir, eles oferecem planos de assinatura com um modelo totalmente novo de recrutamento, treinamento, mentorias, outplacement e desenvolvimento organizacional.
O diferencial é seu toque humano, inovador e consultivo. Por isso, a Talentflix é a ponte entre empresas e pessoas, fazendo com que o ambiente corporativo continue evoluindo. Conheça e aprofunde mais aqui.
escrito por @digoplemos
Por que o caminho para crescer não é agradar os outros
Começamos a edição de hoje falando que saber comunicar bem pode mudar seu jogo corporativo.
Mas saber comunicar não é agradar. São coisas bem distintas.
Se você está começando a sua jornada de um futuro/novo líder, há grandes chances de que já tenha sentido a pressão de agradar todo mundo ao seu redor.
Seja seu gestor, colegas ou clientes, o reflexo de dizer “sim” para tudo e todos pode parecer um caminho seguro.
É “lógico” — afinal, quem não quer ser visto como a pessoa que resolve tudo, que é colaborativa e “fácil de lidar”?
Mas veja bem…
Pequeno spoiler provocador: o hábito de agradar demais pode ser uma armadilha disfarçada de virtude.
A ideia da big idea de hoje é destrinchar esse comportamento e te ajudar a entender como criar limites mais saudáveis sem prejudicar seus resultados.
Por que sentimos que precisamos agradar?
Imagine a cena: seu líder pede para assumir uma nova tarefa — e não necessariamente ele sabe que você já está com uma porrada de coisas pra fazer.
Você sente aquele frio na barriga, aquele medo de falar não, e responde quase que automaticamente: “Opa, claro, sem problemas!”
Por dentro, pensa: “Pqp, mais um pratinho pra conta. Como vou dar conta disso também?”.
Essa reação é comum - já passei muito por isso - e, na maioria das vezes, ela se origina de dois fatores:
O Desequilíbrio de Poder. Na relação gestor-liderado, é fácil acreditar que você precisa sempre corresponder às expectativas para ser valorizado. Você está falando com alguém que “manda mais” do que você.
A Cultura do Agradar. Muitos de nós crescemos ouvindo que ser útil, sorridente e cooperativo é essencial para sermos aceitos (não só ouvimos isso, como isso aconteceu historicamente nas últimas centenas ou milhares de anos com o ser humano evoluindo como sociedade). Na carreira, isso vira uma espécie de reflexo automático.
Mas, enquanto agradar pode ser útil a curto prazo, a longo prazo isso cria um ciclo de ansiedade, excesso de trabalho e até perda de credibilidade.
Quando agradar vira, na verdade, uma armadilha?
Quero deixar aqui alguns “sinais de alerta” de que você pode estar caindo nessa armadilha (consigo enxergar claramente algumas dessas nos primeiros anos da minha carreira):
Você se compromete com tarefas que não tem tempo ou energia para fazer;
Diz “sim” por medo de ser mal visto, mesmo sabendo que não deveria;
Você sente frustração ou raiva reprimida por sempre priorizar os outros, mas evita confrontos;
Sua carreira parece estagnada, porque você vive apagando incêndios para outras pessoas.
O resultado disso é meio óbvio (principalmente quando olhamos em retrospectiva): você provavelmente vai acabar esgotado/a e com pouca energia para investir no que realmente importa, que é a sua própria evolução e impacto profissional.
Como esse hábito afeta sua liderança:
Para novos líderes, o reflexo de agradar pode prejudicar sua habilidade de delegar e tomar decisões difíceis.
Sem perceber, você pode cair em dois cenários problemáticos:
Centralização de Tarefas. Por querer agradar, você evita pedir ajuda ou distribuir responsabilidades.
Conflito de Credibilidade. Quando você sempre concorda com tudo, sua equipe pode começar a duvidar da sua visão ou capacidade de tomar decisões firmes.
Como, então, sair do ciclo de agradar?
Ninguém muda hábitos de uma hora para outra, mas você pode começar com pequenas ações. Tentei fazer essa edição de um jeito diferente, criando literalmente um passo a passo aqui de como você pode mudar essa condição:
0. Autoconhecimento.
Sim, esse é o passo zero — antes do um, risos.
Vou deixar aqui uma série de perguntas que vão te trazer clareza sobre esse assunto. Como o the jobs é o nosso 1:1, eu preciso deixar também exercícios práticos pra você aqui 😉
A melhor maneira de resolver esse problema de querer agradar a todos é, primeiro, entendendo como, quando, com quem e com quais assuntos isso acontece.
1. Em quais situações recentes eu disse “sim” automaticamente, mesmo sentindo que deveria ter dito “não”?
Identifique momentos em que a decisão de agradar foi um reflexo automático e veja se havia uma alternativa mais alinhada aos seus limites ou prioridades. A ideia é que você consiga identificar pelo menos uma dessas situações com especificidade: como te pediram? Qual era o assunto? Quem pediu? Como você respondeu? Etc.
2. Com quais pessoas ou grupos sinto mais necessidade de agradar ou evitar conflitos?
Pense em colegas, líderes, clientes ou mesmo amigos e familiares. Quais dessas relações fazem você se sentir mais pressionado a atender expectativas?
Se você olhar pra trás no seu dia a dia, isso vai ficar claro. Tente ser específico e não responder, por exemplo, só “meu chefe”. Uma resposta melhor é “com meu chefe, principalmente quando ele pede para eu fazer X ou quando Y está acontecendo”. Especificidade é rei aqui.
3. Quando foi a última vez que deixei de expressar minha opinião por medo de desagradar alguém?
Reflita sobre conversas ou reuniões em que você preferiu ficar em silêncio ou concordar para evitar tensão.
Aqui, o desafio que quero te passar é identificar pelo menos 3 momentos. Mesmo contexto das últimas perguntas: como, com quem, quando e com qual assunto foi?
4. Tenho aceitado mais responsabilidades do que consigo cumprir para parecer comprometido?
Revise sua agenda e veja se há tarefas ou projetos que você aceitou, mesmo sabendo que poderiam comprometer sua produtividade ou bem-estar.
Aqui, tente listar pelo menos 3 dessas responsabilidades “extras” que você assumiu e para as quais você poderia ter falado “não”. O desafio é só listar — por enquanto.
5. Quais sentimentos surgem em mim quando preciso dizer “não”?
Você sente culpa, medo de julgamento, ansiedade ou preocupação com o que os outros vão pensar? Identificar essas emoções é importante — e já te adianto que não é tão simples.
É fácil você falar que “sente receio”. É difícil falar que “sente receio e isso se manifesta com você sentindo ansiedade e um aperto no peito - ou que você fica inquieto/a e começa a batucar o pé direto e acaba também perdendo o foco mais fácil”.
Dei um exemplo acima, mas, de novo, o assunto é especificidade. Quanto mais específicos formos, melhor vai ser.
Note se sua reação inicial é automaticamente pensar em como atender ao pedido, sem considerar como isso afeta você. Esse é um ponto comum que já vi acontecer em muita gente.
6. Já tomei decisões baseadas mais no que os outros esperam de mim do que no que eu realmente acredito ser o certo?
Pergunte-se se já comprometeu seus valores, ideias ou objetivos para se encaixar ou ser aceito. Normalmente, essas decisões são as que mais te incomodam. Ter clareza delas também vai ajudar.
E só pra reforçar um ponto aqui: o intuito desse exercício é única e exclusivamente te dar clareza.
Clareza é o mais importante.
Uma boa analogia pra isso é quando você começa a fazer controle de gastos financeiros. O simples fato de saber no que você está gastando dinheiro já te faz economizar e evitar alguns gastos desnecessários.
O racional é o mesmo aqui.
7. Em quais tipos de assunto ou temas me sinto mais inclinado a agradar os outros?
Pode ser em tarefas rotineiras, grandes projetos ou até conversas informais. Talvez isso aconteça com você de uma maneira generalista - pode ser o caso - mas tente identificar pelo menos um padrão onde isso acontece com maior facilidade.
8. Já tive dificuldade em pedir ajuda ou delegar porque achei que “ninguém faria tão bem quanto eu”?
Outro lado da moeda. Essa dificuldade pode ser uma forma de agradar “meio invertida”, mas segue o mesmo conceito, pois você se preocupa com a percepção de competência dos outros.
9. Tenho priorizado o que é importante para minha carreira ou estou constantemente reagindo às demandas de outros?
Avalie se suas ações diárias estão mais alinhadas com seus objetivos ou com a necessidade de agradar.
Essa última pergunta é generalista e propositalmente mais ampla, mas juntando com todas as últimas, deve dar uma clareza muito maior de tudo que estamos falando, como um panorama geral.
Essa newsletter daqui pra frente é exclusiva para assinantes. Se você ainda não se tornou um, junte-se a +1.219 futuros&novos líderes que já são assinantes.
Ao assinar, você terá acesso ao conteúdo completo, que traz 6 passos práticos para você deixar de ser a pessoa que quer agradar todo mundo — e são o complemento desse exercício de autoconhecimento que acabamos de fazer.
Você também terá acesso a todos os outros posts completos do the jobs, inclusive os passados, sem contar em benefícios em lançamentos e novidades que teremos, como foi o caso com o jobs club (sim, os assinantes obviamente têm um benefício).
Vem pro lado de cá! Você vai desejar ter vindo antes 😉