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Fala, Jobs!

Essa é a parte 2 de 3 do nosso manual de como comunicar melhor com o seu líder, que vai trazer mais uma série de conselhos práticos para fazer a sua rotina e relação com seus líderes ainda melhor.

Precisamos repetir (leia: reforçar) que a liderança está nas nossas atitudes, não no nosso cargo.

As 2 últimas edições inteiras foram sobre como podemos agir como líderes das nossas próprias carreiras, independente de ser um/a gestor/a e liderar outras pessoas.

Vamos para a parte 2?

O que está por vir no the jobs? 👀

Se você leu as últimas edições, você já sabe que estamos construindo uma novidade no the jobs.

E nós temos uma missão muito clara: facilitar a vida de quem quer crescer na carreira.

Nessa edição e nas próximas, vamos trazer algumas enquetes aqui que vão nos ajudar a construir - junto com vocês - essa novidade do the jobs.

Ah, e se você ainda não respondeu o formulário para ser um dos primeiros a receber as novidades do the jobs, é só clicar nesse link.

Chegou a hora (prepare o print).

escrito por @digoplemos

Mais detalhes sobre a “gestão reversa”.

Uma recapitulação rápida:

O texto de hoje é a continuação da última edição. Se você é um novo assinante (ou se ainda não leu a última edição), clique aqui para acessá-la.

A “gestão reversa” é como se você liderasse, também, o seu relacionamento com seu líder. É assumir uma postura de liderança para que ele/a não precise se preocupar com mais uma coisa na infinita lista de preocupações que ele/a tem...

Existe uma maneira de você tirar um peso grande das costas do seu líder e facilitar as coisas pra ele/a — e essa maneira é essa gestão reversa.

PS: Você não precisa necessariamente incorporar essa postura de “gestão reversa” que estamos falando aqui — mas as chances são muito maiores da sua carreira ir mais longe com isso.

Terminamos a última edição com 3 pontos que formam a base sólida desse manual de comunicação com seu líder.

Hoje, vamos complementar esses 3 pontos e compartilhar 5 pontos (e temos mais alguns na próxima edição também) sobre como comunicar, como abordar problemas, com qual frequência contatar seu líder e por aí vai…

1: Analisar situações de maneira proativa.

Sempre que possível, sugira os próximos passos — não espere ser instruído sobre o que fazer.

Se você levar uma informação ao seu líder, quase que instintivamente ele vai se perguntar (ou até te perguntar): "Ok, e daí? O que devemos fazer com essa informação?"

As pessoas não percebem isso sempre, mas, ao fazer uma recomendação, você naturalmente influencia a parte racional da tomada de decisão. Mesmo que você não seja o/a tomador/a da decisão final, essa proatividade ajuda a avançar e chegar a uma decisão mais sólida.

E eu te falo com tranquilidade: poucas são as pessoas que fazem isso — por mais óbvio que seja o conselho.

Ao sugerir os próximos passos, o ideal é seu gestor questionar, compartilhar uma perspectiva diferente (se houver) e levantar as áreas de risco. Isso vai ajudar a identificar problemas logo no início e evitar erros que podem ser evitados e que atrasariam seu progresso.

Simples: uma sugestão sua leva a uma orientação/redirecionamento ou confirmação do seu gestor. Pra ilustrar, fica assim:

Fazer uma recomendação não significa que ela será seguida à risca.

E, às vezes, a melhor ação pode ser não seguir adiante com a sua ideia, porque você não tem a visão completa para considerar todos os fatores como seu gestor provavelmente tem. Aceite isso 😉 

2: Compartilhe mais seu ponto de vista em vez de só ficar perguntando.

O problema de esperar sempre instruções sobre o que fazer é que você será sempre instruído sobre o que fazer (risos, mas não tanto).

Tem gente que prefere trabalhar, por exemplo, em uma startup e ter um ritmo mais acelerado, talvez até com mais autonomia. Em empresas maiores, você pode ser direcionado/a com maior frequência, mas a verdade é que, se você está em busca de crescimento, você não pode esperar direcionamentos a toda hora. As pessoas que mais crescem naturalmente têm uma curiosidade acima da média e gostam de resolver problemas não tão óbvios.

Outro ponto importante dessa história é que falam bastante por aí sobre a importância de fazer perguntas (e fazer boas perguntas é, realmente, uma habilidade incrível), mas eu acredito que falamos pouco sobre o outro lado dessa moeda: a importância de formar uma opinião e fazer afirmações, mesmo quando se trabalha com informações imperfeitas.

Uma ótima pergunta pode ser transformadora, mas às vezes acho que a turma espera que perguntar "por que" cinco vezes vai resolver tudo.

Sinto dizer, mas isso só funciona bem assim na teoria.

Na prática, você trabalha com pessoas inteligentes. Se fosse tão simples fazer uma pergunta que mudasse tudo, elas provavelmente já teriam pensado nisso.

Em vez de só perguntar o que você deve fazer, tente formular suas perguntas das seguintes maneiras:

• "Pensei em 3 ideias para melhorar X. Posso receber seu feedback?"

• "Investi um tempinho pensando nos possíveis cenários e acho que X é a melhor opção por causa de Y."

• "Minha intuição inicial está inclinada para X por conta dos fatores Y, mas não tenho tanta convicção sobre isso e gostaria de discutir com você."

• "Considerando o que estou percebendo com X e Y, acredito que Z está acontecendo com nossos clientes. Se você concordar, aqui está minha hipótese sobre o que podemos fazer."

Isso não quer dizer sair fazendo tudo sem alinhamento.

Você quer garantir que seu gestor esteja alinhado antes de investir recursos em um projeto que pode desviá-lo de outras prioridades.

E, para ser claro, isso não significa pular direto para a execução. Significa que seu trabalho é transformar ideias vagas em algo mais concreto e específico, permitindo uma conversa produtiva.

3: Antecipe perguntas.

Antecipar perguntas é uma habilidade que só vai te trazer benefícios — e quando você começar a tentar antecipar perguntas, lembre-se que seu objetivo não é “acertar as perguntas que vão te fazer”, mas sim “tornar seu raciocínio muito mais robusto”.

Essa habilidade te torna melhor em marketing, vendas, negociação, falar em público, ensinar e muito mais.

Se você conseguir prever o que seu gestor ou colegas vão perguntar, já responda antes mesmo que perguntem. Isso economiza pelo menos um ciclo de vai e vem, e no longo prazo, isso faz diferença.

Pode levar uns dez minutos a mais para encontrar os números que apoiam sua ideia, mas geralmente vale a pena.

Como gestor, te digo que algumas das respostas "sim" mais imediatas que já dei foram quando membros do meu time apresentaram a situação de forma clara e direta. A reação (óbvia) do seu gestor/a ao seu bom preparo quase sempre vai ser: "Sim, ótima ideia. Vamos fazer isso."

Para ilustrar melhor:

Ops! Para poder ler os pontos 4 e 5 e também ler as respostas dos nossos mentores aos desafios que os leitores enviaram, você precisa se tornar um assinante do the jobs.

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