pessoas incrivelmente incríveis

episódio 2: coragem

👋 Boas-vindas às novas 447 pessoas que se inscreveram no the jobs na última semana! Agora, somos 107.572 leitores na maior comunidade de futuros&novos líderes do Brasil.

Fala, Jobs!

Lá em outubro de 2024, mais especificamente no dia 14, nós escrevemos aqui uma edição chamada “pessoas incrivelmente incríveis, episódio 1: resiliência”.

Falamos sobre um cara incrível chamado Terry Fox. Se você não leu essa edição, recomendo. É só clicar aqui.

O feedback de vocês foi muito melhor do que eu esperava. 94,5% das pessoas acharam a edição ótima por isso que planejamos um 2º episódio.

Hoje, vamos falar sobre 2 outras pessoas incrivelmente incríveis — com histórias similares em uma época também similar (e tenebrosa) — e também sobre uma mensagem importante por trás de tudo isso.

Essa edição pode ser super útil para o seu momento — e no “pior” dos casos, será uma boa história pra fazer seu dia melhor. Nesse caso, deixe essa edição guardada, porque vai valer voltar pra ela em algum momento.

O nosso 1:1 de hoje:

Vamos falar, primeiro, sobre a importância da coragem no mundo profissional — e como ela não é o que a nossa impressão diz ser.

Vamos falar de coragem com a história de 2 pessoas incrivelmente incríveis e também com uma conversa que eu tive com um astronauta da Nasa (juro que foi realmente uma conversa, tem até foto pra provar).

Por que isso é importante:

Porque não existe carreira de alto crescimento sem coragem.

Porque coragem não é só sobre “atos heróicos em circunstâncias incomuns e super desafiadoras”.

Simples assim.

Essa é uma edição que deve te provocar com algumas perguntas.

As provocações serão boas — mas só se gerarem ações do seu lado.

Um update rápido sobre o jobs club: nós abrimos as inscrições 2 semanas atrás e falamos com algumas centenas de pessoas. Fechamos as inscrições do jobs club de comunicação, que começa hoje, segunda-feira. Ainda temos 4 vagas para o jobs club de produtividade, que começa na quinta-feira. Última chamada clique aqui se tiver interesse.

Até agora, já temos 70 novos membros que participarão da nossa comunidade, que já tem os 56 primeiros membros da turma de 2024.

De pouco em pouco, vamos construindo o que vai ser a maior comunidade de futuros&novos líderes do Brasil.

👀 Se você pudesse escolher…  

Se a gente fosse criar uma nova trilha ordenada, como um curso bem específico, sobre qualquer assunto útil pra você — o que seria esse assunto pra você?

Se você pudesse escolher o tema do próximo jobs club, qual seria?

(depois de selecionar uma opção, abre o campo pra você escrever o que quiser)

Faça Login ou Inscrever-se para participar de pesquisas.

Ao clicar em alguma opção, você consegue escrever o que quiser se alguma opção não te atender. Sua opinião vai guiar muito dos próximos passos daqui…

Estamos construindo em conjunto. 😉 

Prepare seu print…

O frio na barriga, o receio de dar errado, o medo de não conseguir… Todos nós sentimos.

Quando paramos em frente a eles, é só medo. Quando seguimos independente deles, é coragem.

A gente não pode se esquecer disso.

escrito por @digoplemos

Pessoas incrivelmente incríveis, episódio 2: coragem.

Rafael Infante Hipnose GIF by Porta Dos Fundos

O primeiro episódio do “pessoas incrivelmente incríveis” foi sobre o Terry Fox, e se você não leu, recomendo muito. Deixei o link no começo da edição, mas repito aqui.

São histórias que o mundo deveria ouvir mais.

Hoje, a ideia continua a mesma: não temos uma frequência diária, mas eventualmente você vai encontrar um novo episódio dessa série pra te trazer uma inspiração e repensar o que estamos fazendo com nossos dias.

Como falei no início da newsletter, uma das melhores maneiras de nos tornarmos pessoas e profissionais melhores é conhecendo histórias de pessoas incríveis.

Realmente acredito nisso.

Hoje, são duas histórias, porque simplesmente não consegui escolher entre elas — e também por se complementarem.

É sobre Irena Sendler e Witold Pilecki, essas duas pessoas aqui:

A Irena e o Witold eram poloneses comuns — é assim que qualquer um os classificaria — mas o que eles fizeram foi tudo, menos comum.

Vamos começar com a Irena:

Irena Sendler foi uma assistente social durante a Segunda Guerra Mundial. Quando os nazistas criaram o Gueto de Varsóvia, confinando centenas de milhares de judeus em condições desumanas, ela decidiu que não podia ficar parada.

Ela se infiltrou no gueto usando uma autorização para inspecionar condições sanitárias, mas o que ela fazia, de verdade, era contrabandear crianças para fora do gueto.

E não estou falando de uma ou duas crianças.

Ela salvou mais de 2.500 crianças.

Sim, 2.500 crianças.

Sob o risco constante de ser descoberta e executada.

Ela escondia as crianças em sacos de batatas, caixas de ferramentas, malas e até caixões. Diz a lenda que ela chegou a esconder uma criança em um saco que transportava um cachorro, treinado para latir e abafar qualquer som que a criança fizesse.

De novo: tudo isso correndo o risco de ser executada se alguém visse algo.

Irena foi capturada pelos nazistas, torturada, mas nunca revelou o paradeiro das crianças ou a identidade de seus colegas da resistência.

Sobreviveu, porque a resistência conseguiu suborná-los, mas ficou com sequelas para o resto da vida.

Agora, o Witold:

Witold Pilecki foi um oficial do exército polonês e fez algo que parece impossível até de imaginar:

Ele se infiltrou voluntariamente em Auschwitz.

Sim, você leu certo.

Voluntariamente.

Ele queria organizar uma resistência dentro do campo e coletar informações para o mundo exterior sobre o que realmente estava acontecendo ali. Foi preso de propósito e viveu o inferno por dentro.

Lá, formou meio que uma rede secreta de prisioneiros, documentando as atrocidades e enviando relatórios clandestinos sobre o Holocausto muito antes do mundo saber sua real extensão.

Depois de quase três anos em Auschwitz, ele conseguiu escapar — um feito quase tão incrível quanto ter entrado.

Pilecki continuou lutando, mesmo depois da guerra.

Infelizmente, foi preso pelo regime comunista da Polônia, considerado "inimigo do Estado" e executado em 1948.

Seu heroísmo só foi plenamente reconhecido décadas depois.

Se você chegou até aqui, talvez esteja com o mesmo nó na garganta que eu fiquei.

A seguir, algumas perguntas que ecoam na minha cabeça quando leio histórias como essas. Provavelmente vão te provocar um pouco — mas é isso que um bom amigo faria buscando seu desenvolvimento:

  • “Eu teria coragem de fazer algo assim se estivesse na mesma situação?”

  • “O que estou fazendo hoje que realmente exige coragem ou sacrifício? Estou me escondendo no conforto?”

  • “Pra quais causas eu estaria disposto a arriscar mais do que minha rotina confortável?”

  • “Será que eu uso minhas pequenas dificuldades diárias como desculpa para não agir com mais intencionalidade?”

  • "Qual foi a última decisão difícil que tomei no trabalho e que exigiu coragem? Ou qual deixei de tomar por não ter juntado a coragem necessária?"

  • "Em quais momentos deixo de defender o que acredito por receio de ser julgado ou de não agradar?"

  • "Será que estou priorizando a segurança da minha zona de conforto em vez de buscar desafios que realmente me façam crescer?"

  • "Como posso liderar pelo exemplo, mostrando coragem mesmo em situações que não envolvem grandes riscos, mas pequenas atitudes diárias?"

Se essas histórias também te inspiram, recomendo compartilhar com alguém — porque elas podem fazer a diferença no dia de alguém.

Talvez um amigo precise ler isso hoje.

E se você conhecer mais histórias de pessoas incrivelmente incríveis, me envie, porque eu quero continuar aprendendo com elas.

Mas espera aí, Digo: a newsletter é sobre carreira. Por que esse papo de coragem?

No mundo profissional, especialmente para futuros e novos líderes, a coragem não é só aquela virtude que admiramos quando vemos nos outros — é uma competência essencial que precisamos praticar.

A coragem não é só sobre atos heroicos em cenários extremos, mas também é a capacidade de tomar decisões difíceis, de questionar o status quo, de defender o que é certo mesmo quando é impopular, e de assumir riscos calculados para impulsionar mudanças significativas.

Coragem, às vezes, é simplesmente tentar de novo algo que não deu certo da primeira (ou da milésima) vez.

A coragem é o que diferencia profissionais que apenas "seguem o fluxo" daqueles que constroem legados — e não estou falando só de reconhecimento financeiro; estou falando do que importa pra você.

A coragem se manifesta em conversas difíceis, em feedbacks sinceros, na disposição de assumir responsabilidades e na iniciativa de liderar mesmo sem ter um título formal de liderança.

Deixa eu ilustrar isso melhor:

  • Quantos profissionais já deixaram de pedir uma promoção ou de negociar um aumento salarial por medo da rejeição?

  • Ou então, evitaram dar um feedback construtivo a um colega, mesmo sabendo que isso poderia melhorar o desempenho da equipe?

Essas são situações comuns em que a falta de coragem limita o crescimento profissional e a construção de relacionamentos autênticos.

  • Quantas pessoas realmente topam liderar um projeto desafiador, mesmo sem ter todas as respostas?

  • Quantos analistas apresentam uma ideia inovadora em uma reunião cheia de gestores experientes?

  • Quantos líderes admitem um erro publicamente, mostrando vulnerabilidade e fortalecendo a confiança do time?

Uai. Como, então, eu posso “praticar” mais coragem?

Vou deixar algumas sugestões que já vivi (e deixei de viver por não ter juntado a coragem necessária) aqui. Veja o que encaixa no seu dia a dia.

  1. Ter uma conversa difícil com alguém que está desalinhado com o ritmo do time.

  2. Pedir feedback direto para seu líder, mesmo correndo o risco de ouvir algo desconfortável.

  3. Defender uma ideia em uma reunião, mesmo que ela vá contra a opinião da maioria.

  4. Admitir um erro em público e compartilhar o que aprendeu com ele.

  5. Negociar um aumento ou promoção, mesmo com o receio de receber um "não".

  6. Dizer "não" a tarefas que não contribuem para suas prioridades, de forma assertiva.

  7. Tomar a iniciativa de liderar um projeto mesmo sem ter um cargo formal de liderança.

  8. Dar feedback construtivo para um colega ou até para seu gestor.

  9. Expressar suas ambições profissionais de forma transparente para seu líder.

  10. Sugerir mudanças em processos ineficientes, mesmo sabendo que pode gerar resistência.

Elas podem parecer ações bem pequenas perto das ações da Irena e do Witold, mas é a soma de atitudes diárias como essas que constrói a base da coragem necessária para desafios ainda maiores.

Aliás, a Irena e o Witold têm filmes. Esse é o da Irena e esse é o do Witold.

escrito por @digoplemos

O que eu aprendi com um astronauta da Nasa.

O Bruce Melnick é um astronauta incrível que foi para o espaço pela NASA em 2 missões diferentes.

Esse sou eu na foto acima com ele, fazendo o famoso “jóinha”. 😄👍️ 

Eu e uma turma fizemos uma série de perguntas pro Bruce - muitas delas até de curiosidade sobre o espaço.

Mas teve uma que se destacou…

Eu perguntei pra ele sobre como foi o preparo mental, disciplina e resiliência necessários para se comprometer a algo por décadas sem a certeza de que vai dar certo (que é exatamente o que ele fez: se preparou por quase 20 anos pra talvez não conseguir ir pro espaço).

Perguntei isso, porque é difícil de imaginar “gastar” quase 20 anos da sua vida em algo que tem chances altas de não acontecer.

A resposta do Bruce foi:

“O que mais me ajudou ao longo desse tempo - e o que eu mais aprendi na NASA - foi que precisamos ter a mentalidade de “como consigo fazer isso?” e não de “olha as maneiras como não dá pra fazer isso”.

Precisamos adaptar nosso jeito de pensar.

Isso impacta diretamente nossos resultados.

Menos justificativas e mais desempenho mental pra achar respostas.

Complementa bem o assunto de hoje sobre coragem, né?

Coragem de acreditar.

Aula.

1) Sempre falam que falta tempo de experiência e estou estagnado/a.

🗣️: “Desde que ingressei no mercado, aos meus 22 anos, tenho lidado com o seguinte cenário: Tenho uma rica autogestão, tenho perfil de líder, grande adaptabilidade e aprendendo muito, mas muito rápido. Mas a geração mais antiga não acredita no meu potencial para assumir cargos maiores, estou estagnada há pelo menos 2 anos como assistente, nem vaga de Analista assumo. A justificativa sempre é o tempo de experiência, sendo que é comum a minha geração aprender em tempo extraordinário e ser muito adaptável. Como destravar a minha carreira em meio a um cenário como esse? O que preciso fazer?“

📠 Thalita Jesus: Pela forma como você escreveu sua pergunta, preciso dizer que a sua principal dificuldade provavelmente não está na capacidade de aprender novas experiências ou na gestão do seu trabalho, mas sim na forma de se comunicar.

Se você reler o seu texto, perceberá que, em vários pontos, pode ser interpretada como uma pessoa arrogante. E aqui quero explicar o que é a arrogância: trata-se de uma atitude de prepotência, uma sensação de extrema autossuficiência e superioridade em relação aos outros. Isso é um veneno sutil que muitas pessoas acabam propagando sem perceber.

No mundo do trabalho e na vida em geral, tendemos a oferecer mais oportunidades para quem consegue construir relacionamentos saudáveis e sustentáveis. Manter uma postura de superioridade em relação às pessoas ao seu redor não é uma boa estratégia.

Por isso, reposicione a forma como você se expressa. Nunca insinue que pessoas mais velhas que você não têm a mesma habilidade que você possui. Em vez de focar no que você poderá entregar no futuro, concentre-se no que já está entregando. Aprenda a valorizar o que você já fez e a comunicar isso de forma clara, sem depender de promessas sobre o que ainda fará.

Esse ajuste na comunicação pode ser o ponto de virada que você está buscando.

📠 Rodrigo (Digo) Lemos: Concordo em gênero, número e grau com a Thalita.

Vou te falar uma coisa que aprendi no meu segundo trabalho: quando você não concordar com seus líderes mais experientes, assuma que tem algo na jogada que você não sabe.

Isso não significa que eles sempre estarão certos — só significa que você estará aberta a aprender e procurar diferentes pontos de vistas do seu.

Ao ler o que você está falando, a minha primeira impressão, sendo super transparente com você, é que você não tem uma boa visão de si mesmo/a. Se há 2 anos não te promovem, você provavelmente não entrega tanto resultado quanto acredita. Nenhum gestor quer deixar uma pessoa com essas habilidades ir embora.

E no caso de você estar completamente certa e nós errados em nossa leitura, minha opinião é de que você está no lugar errado, esperando algo acontecer há anos que já te demonstraram que não acontecerá.

Ah, e eu também não me contentaria com feedbacks genéricos e superficiais como “falta tempo de experiência”. Isso não é coisa de gente que tem rica autogestão e bom perfil de liderança. 😉 Você tem um mundo de detalhes pra entrar aí com seus gestores — basta saber perguntar melhor.

Adaptando essa resposta ao tema da edição de hoje: coragem, nesse caso, talvez seja enxergar sua versão “ainda não tão pronta”, cheia de possibilidades de aprendizados.

Chegamos ao final!

E, pra gente sempre melhorar, conta rapidinho o que achou dessa edição 😉 portas sempre abertas pra sugestões e feedbacks — é só clicar em uma opção abaixo e depois aparece um campo pra você escrever o que quiser.

O que você achou dessa edição?

Você pode explicar o motivo depois

Faça Login ou Inscrever-se para participar de pesquisas.

Nos encontramos na semana que vem — e espero que você consiga traduzir essa edição para o seu dia a dia.

Um grande abraço,

Digo @ the jobs

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