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[FREE] Autoconhecimento na prática
com Joe Biden, o fundador do Netflix e mais
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Caso você seja uma das novas 4.035 pessoas que se inscreveram no the jobs desde a última segunda-feira, essas foram as nossas 3 últimas edições:
Fala, Jobs!
Chegou mais um momento para o nosso 1:1 favorito.
Se você não está em complexa desconexão das notícias do mundo, deve ter visto que, ontem, o atual presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou que vai desistir da corrida presidencial contra o Trump nas próximas eleições que estão por vir.
O the jobs nunca cruzou a linha do assunto política e não será hoje que o faremos. Mas nós vamos usar o exemplo de Biden e conectar com um belo aprendizado que todos podemos ter.
Ou um aprendizado que todos precisamos ter (mas aí você vai decidir em breve ao final dessa edição).
O melhor é que a edição de hoje foi inspirada, na verdade, pelo fundador do Netflix, Marc Randolph — você já vai entender a conexão de tudo isso.
Seus desafios no the jobs.
Se você está aqui há algum tempo, já sabe como funciona - e se você não está, é simples de entender: clique no botão abaixo para acessar o nosso Formulário e compartilhar seu maior desafio profissional atualmente.
Nosso time de mentores vai selecionar entre 3 a 6 desafios por semana para responder.
Antes de mergulharmos de cabeça na história do Biden, prepare o seu print, porque a frase de hoje já faz parte do nosso 1:1 😉
Essas analogias simples costumam marcar. Essa é uma frase que me marcou bastante desde o primeiro momento em que a ouvi há alguns anos.
E tem um ponto muito relevante a ser complementado por ela — e que vai conectar também com toda a edição de hoje:
“Não podemos evitar que os pássaros sobrevoem nossas cabeças”. Ou seja: pensamentos negativos sempre existiram e continuarão existindo. Eles fazem parte.
“Mas podemos evitar que eles façam ninhos”. Ou seja: eles vão existir, mas conseguimos reduzir seu impacto.
E o primeiro passo para “evitar que eles façam ninhos” é saber exatamente quais pássaros estão sobrevoando nossas cabeças, quando eles costumam aparecer e por aí vai. Ou seja: autoconhecimento.
O resumo é que o autoconhecimento precede a gestão emocional. É a base sólida para lidarmos bem com as frustrações, ansiedades etc. Você provavelmente já sabe disso, mas, hoje, vamos contar 3 histórias rápidas sobre esse mesmo assunto.
Antes de começarmos, aqui vai um produto e uma dica valiosa…
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Autoconhecimento na prática (e sem fantasia)
Há algumas edições, escrevemos um texto que contava com um depoimento de um empreendedor chamado Alex Lieberman falando sobre suas inseguranças. O feedback de vocês foi muito positivo — e hoje traremos uma edição parecida.
Joe Biden desistiu da sua candidatura à presidência dos EUA. Isso foi resultado de uma pressão enorme que vinha acontecendo sobre ele nos últimos dias.
Reitero: Essa edição não vai falar sobre política.
Coincidentemente (ou não), o fundador do Netflix, Marc Randolph, fez um post no seu LinkedIn falando sobre a pressão que Biden está sofrendo, comparando ela a uma história que ele viveu à frente da Netflix.
Não foi um post político. Você pode ver o post na íntegra clicando aqui, mas vou deixar a versão traduzida a seguir:
Como cofundador de cinco startups, sei quando é hora de abrir caminho. O presidente Biden, assim como eu fiz uma vez, agora enfrenta uma decisão monumental que definirá seu legado.
Há vinte e cinco anos, eu era o CEO da Netflix, a startup que cofundara alguns anos antes. E nesses primeiros anos emocionantes, minha combinação de paixão e criatividade era exatamente o que a empresa precisava.
Então, numa tarde de setembro, meu cofundador Reed Hastings entrou no meu escritório e disse simplesmente: “Precisamos conversar”.
Ele puxou uma cadeira e, pelos próximos dez minutos, fez uma avaliação clara de minhas realizações e meus fracassos. Sua análise abordou erros em contratações, contabilidade e comunicações corporativas. Ele notou os desafios à frente e apresentou um argumento meticuloso sobre por que a empresa estava em apuros comigo no comando.
Sua proposta era direta: ele se juntaria à empresa em tempo integral como CEO. Eu renunciaria ao cargo para me tornar COO e nós dois comandaríamos a empresa juntos. “Vou deixar você pensar sobre isso”, ele concluiu.
Quando ele saiu do meu escritório, fechando a porta silenciosamente atrás de si, o sol estava se pondo, mas eu não tinha forças para acender a luz. Fiquei lá sentado em choque, sozinho no escuro.
Era injusto. Esta era minha empresa. Eu tive a ideia, recrutei a equipe e lancei o site. Eu me dediquei à empresa, trabalhei semanas de cem horas, sofri noites sem dormir e longos períodos de ansiedade. Meu vínculo com a empresa era como a paternidade. Deixar tudo isso ir embora parecia uma perda enorme – até uma traição.
Sentado em meu escritório escuro, sentindo-me amargo e magoado, considerei duas coisas.
Primeiro, enquanto eu estava focado no passado, Reed estava preocupado com o futuro. As necessidades da empresa haviam mudado. E enquanto eu talvez fosse o melhor fundador, eu poderia não ser o melhor CEO para os desafios que enfrentaremos amanhã.
Em segundo lugar, como muitos empreendedores, eu sempre sonhei em ser o CEO de uma grande e bem-sucedida empresa. Mas naquela noite eu me perguntei se esse sonho poderia, de fato, ser dois sonhos diferentes. E se eu quisesse o sonho da “grande e bem-sucedida empresa” se tornando realidade, talvez tivesse que abrir mão do sonho de ser o CEO.
Eu estava em uma situação impossível. Meu trabalho mais importante como CEO era garantir que os funcionários certos estivessem nos lugares certos. E agora eu estava sendo forçado a aplicar isso a mim mesmo.
Eu costumava dizer às pessoas: “É a regra da selva: lidere, siga ou saia do caminho”. Mas nunca pensei que isso se aplicaria a mim.
Na época, minha decisão sobre se deveria abrir mão do cargo pelo bem da empresa parecia cosmicamente significativa. Mas, no caso do presidente Biden, realmente é.
Apesar de sua confiança exterior, tenho certeza de que o presidente Biden está lutando com essa decisão. Eu sei que ele teme pelo futuro da democracia e vê derrotar Donald Trump como um imperativo existencial. Sei que ele quer que os Estados Unidos continuem a ser seguros, prósperos e equitativos. Sei que ele acredita firmemente ser a melhor pessoa possível para cumprir essas promessas. E, há quatro anos, ele pode ter sido.
Mas está se tornando cada vez mais evidente – para nós, e provavelmente para ele – que isso pode não ser mais o caso. Enquanto ele consulta sua família e conselheiros de confiança, tenho certeza de que Biden está lutando, assim como eu fiz há 25 anos, perguntando-se se a melhor maneira de alcançar seus objetivos para a nação é aceitar que ele pode não ser a melhor pessoa para nos levar até lá.
Eu finalmente decidi que, se quisesse que a Netflix fosse bem-sucedida, deveria estar disposto a fazer o que fosse necessário – mesmo que isso significasse renunciar ao cargo de CEO.
E 25 anos – e 270 milhões de assinantes – depois, estou convencido de que permitir que Reed assumisse como CEO foi a melhor decisão que já tomei. Os anos em que Reed e eu comandamos a Netflix juntos foram o renascimento da empresa, lançando as bases para muito do que a Netflix se tornou. E trabalhar de perto com ele foi o auge da minha vida profissional.
Qualquer que seja a decisão de Joe Biden, espero que ele possa alcançar a mesma paz que eu encontrei. Porque, seja você um CEO em estágio inicial fazendo a transição para um estágio posterior, ou um presidente fazendo a transição para ex-presidente, a verdadeira liderança é mais do que reconhecer que uma mudança é necessária. O mais importante é ter coragem para agir sobre isso.
Esse texto é uma aula por si só. Mas o final dele é ainda mais importante:
“A verdadeira liderança é mais do que reconhecer que uma mudança é necessária. O mais importante é ter coragem para agir sobre isso.”
Perceba que não existe nesse post julgamento contra ou a favor de Biden — existe apenas o reconhecimento da pressão que ele está sentindo.
O curioso é que esse tipo de situação não se restringe somente às pessoas mais velhas. Vou contar rapidamente um capítulo importante da minha vida que se assimila à mesma situação.
Essa é uma situação recorrente na vida profissional. Estamos falando de autoconhecimento aplicado à prática.
Não estamos falando daquele autoconhecimento superficial que a turma fala nos perfis de Instagram. Não estamos falando de preencher seu Ikigai, Roda da Vida, fazer um teste de personalidade ou qualquer outra ferramenta simples que “é só preencher e ter suas respostas”.
E quero também te contar o meu caso aqui, que é um caso bastante recente:
Atualmente, eu sou sócio da Link School of Business, a primeira faculdade do mundo 100% focada em empreendedorismo, e lidero a aceleradora de startups de lá, chamada MI5 Ventures.
No último semestre, assumi um desafio enorme, que foi de construir praticamente um fundo de Venture Capital e levantar os primeiros 5 milhões de reais com investidores para investirmos nas nossas startups.
Nos últimos meses, esse foi o meu foco. Eu empreendo com educação desde 2018, mas nunca trabalhei com investimentos em startups. Foi uma novidade enorme pra mim — e um aprendizado ainda maior.
Eu topei o desafio e, hoje, estamos muito próximos de bater esse número. Me considero bem sucedido nesse desafio, porque sei que já deu certo.
Mas eu sou um iniciante nesse mundo de investimento em startups.
Existem executivos com 5, 10 ou 15 anos de experiências nessa área. Minha experiência é incomparável às dessas pessoas…
E eu sou sócio da Link, o que pressupõe que eu quero o melhor pra Link.
Há alguns meses, eu sinto a mesma pressão (obviamente em proporções universalmente menores) das situações acima do Marc Randolph e Joe Biden.
Insisto em tentar ser esse gestor de investimentos? Ou reconheço que outra pessoa pode fazer isso com muito mais propriedade que eu? O que devo fazer?
Essas são dúvidas normais que passam pela cabeça de todo mundo — mesmo que em ordens de magnitude diferentes.
No meu caso, eu retomei muito dos exercícios e reflexões de autoconhecimento que fiz e tomei a decisão de não seguir o caminho de gestor de investimentos.
“Se eu for essa pessoa, o desenvolvimento do fundo vai andar no meu ritmo, que estou aprendendo. Se eu for essa pessoa, o fundo não vai desempenhar tão bem como poderia desempenhar com outra pessoa mais experiente”, pensei.
Eu poderia olhar isso como um risco ou como oportunidade.
Enxerguei como oportunidade, conversei com o CEO, me posicionei e ainda trouxe uma série de sugestões e mudanças que foram bem aceitas e serão implementadas.
Eu não consigo te trazer aqui o que exatamente influenciou a decisão do Biden ou a decisão do Marc, mas consigo trazer o meu lado e como isso vem me ajudando cada vez mais a tomar melhores decisões na minha vida.
Quero ilustrar, a seguir, alguns pilares desse “autoconhecimento tático” para você. Não quero deixar essa edição tão extensa, então vou deixar aqui 2 exercícios práticos que me ajudam nessas decisões e bifurcações.
Mas, antes, uma enquete rápida (e importante):
Você gostaria de uma trilha ordenada de autoconhecimento com exercícios práticos?Imagine uma série de conteúdos com base em pesquisas, com exercícios práticos e direto ao ponto/sem enrolação, com depoimentos de líderes corporativos e empreendedores. |
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No meu caso, a minha decisão foi influenciada por alguns fatores. Vou abordá-los a seguir. Mas o restante dessa edição, incluindo as respostas dos mentores aos desafios dos leitores, é exclusiva para assinantes do the jobs.
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Ah, você também tem 7 dias para pedir o seu dinheiro de volta, caso não goste (o que não acreditamos que vá acontecer). Faça seu upgrade:
É mais barato que o Netflix ou os choppezinho do final de semana… Nos encontramos do outro lado! 😉
(Ok, aqui vai o primeiro dos três, de bônus pra você)
1) Conversas transparentes com mentores
Eu tenho algumas pessoas com quem costumo sempre me consultar. Elas não são necessariamente pessoas hierarquicamente acima de mim ou mais velhas, mas sim pessoas que me conhecem bem e — importante — que têm princípios alinhados aos meus.
3 das 4 conversas que tive com mentores (não coincidentemente) caminharam para o lado dessas pessoas “me enxergarem muito mais no caminho da educação, não do investimento” por uma série de fatores elencados.